Capítulo Único
As luzes piscantes nos mais variados e diversos tons de neon cintilavam pela pista de dança. O objetivo era causar um certo furor, uma emoção que levava as pessoas ao delírio de seus corpos.
O espaço pequeno da pista da boate estava abarrotado.
Edward fitava seu relógio de pulso a cada segundo. Seu desejo era sair correndo dessa situação claustrofóbica. Só não fizera isso por consideração ao casal de amigos que estava com ele, Rosalie e Emmett.
Eles encontravam-se compenetrados ao ritmo hilário da música “Bonita e gostosa – As frenéticas”.
“Sei que eu sou
Bonita e gostosa
E sei que você
Me olha e me quer
Eu sou uma fera
De pele macia
Cuidado garoto!
Eu sou perigosa...
Bonita e gostosa
E sei que você
Me olha e me quer
Eu sou uma fera
De pele macia
Cuidado garoto!
Eu sou perigosa...
Eu tenho um veneno
No Tm da boca
Eu tenho um demônio
Guardado no peito
Eu tenho uma faca
No brilho dos olhos
Eu tenho uma louca
Dentro de mim...”
No Tm da boca
Eu tenho um demônio
Guardado no peito
Eu tenho uma faca
No brilho dos olhos
Eu tenho uma louca
Dentro de mim...”
Edward sentia falta desse entusiasmo. Fazia anos... Na verdade exatos quatro anos que não ria ou dava um sorriso sincero.
Ele comprimiu as pálpebras impedindo as lembranças de fluírem...
“Um belo e gracioso corpo fluía em passos agradáveis entornados em um vestido branco. A barra ornamentada em delicadas flores. O corpo da doce bailarina ganhava um brilho exuberante, os movimentos que ela fazia com as mãos eram como línguas próprias.
O reflexo nos vários espelhos do estúdio. A sapatilha de ponta deslizando como se tivesse vida própria.
A coreografia sincronizada ao som da caixinha de música que Edward trazia em mãos...”
“- Alice...”, Edward disse ao mesmo tempo em que sentia o sabor amargo de suas próprias lágrimas escorrendo pelo rosto.
Foi então que sentiu o toque quente da mão de Emmett em seu ombro, o chamando de volta.
- Edward, o que foi? – pelo tom em sua voz, Emmett flagrou as lágrimas solitárias escorrendo pelo rosto.
- Hora de ir para casa, Emmett! – Edward levantou apressado e sem jeito do bar. – Mande um beijo á Rose. Preciso ir!
Edward não deu tempo para Emmett começar seus discursos de superação. Saindo rapidamente da boate.
Fora do ar quente e carregado da boate. O vento frio e cortante que agitava os cabelos acobreados totalmente desalinhados de Edward, também afugentava os vestígios das lembranças de Alice. Sua falecida noiva.
I was a heavy heart to carry (Eu era um coração pesado para transportar)
my beloved was weighed down,( meu amado foi pesado,)
my arms around his neck(meus braços em volta do pescoço)
my fingers laced a crown(meus dedos ataram uma coroa.)
A solidão e a recorrente escuridão das ruas de Nova York não assustavam Edward, afinal eram seus fiéis companheiros.
I was a heavy heart to carry(Eu era um coração pesado para transportar)
my feet dragged across the ground,( Meus pés se arrastaram pelo chão,)
and T took me to the river(e ele me levou até o rio)
where T slowly let me drown.( onde lentamente ele deixou eu me afogar)
[...]
A próxima rua a direita já era sua casa. Ele enfiou as mãos no bolso tateando até encontrar as chaves. No silêncio da noite, um som agoniado se sobressaltou a qualquer outro.
Edward semicerrou os olhos, uma agitação em um beco adiante chamou sua atenção. Com passos largos chegou no exato momento de impelir um homem corpulento de atingir uma jovem.
A natureza tranqüila de Edward era avessa a qualquer tipo de violência, porém logo se viu acertando um golpe nos flancos do agressor. Em sua surpresa, ele urrou de dor, tempo suficiente para que Edward acertasse um soco em sua face. Pela potência do golpe Edward sentiu o nariz dele deslocando, o osso estalando em seu punho.
No instante em que Edward olhou para a jovem vítima que caía inconsciente no chão do beco. O agressor corria acuado.
Senão estivesse mais preocupado com o estado da jovem, Edward o teria perseguido. No entanto alojou o corpo dela no círculo de seus braços, se surpreendendo com a silhueta tão pequena.
Edward a carregou sem esforço algum até sua casa. Assim que adentrou no apartamento, levou o pequeno corpo na majestosa cama em seu quarto.
O vasto cabelo no tom exuberante marrom-avermelhado se enroscava em um emaranhado de fios impedindo a visão de Edward. A curiosidade venceu por fim, ele delicadamente afastou os fios de seu rosto. O toque sedoso de seus cabelos entrelaçados em sua mão distraiu Edward.
Ao passar o efeito do torpor, Edward suspira surpreso com as feições da jovem. Apesar da face levemente inchada pelo golpe que devia ter recebido, ela era sem dúvida uma beldade.
Fazia tempo que Edward não se demorava analisando os traços de uma mulher. Sua pele era leitosa, sem qualquer viço ou rugas, perfeitamente lisa. Os lábios carnudos e róseos como uma pétala de rosa, embora um pequeno corte no lábio inferior. O nariz pequenino e levemente arrebitado, todos os demais traços era entalhados por um artista renascentista.
Edward continuou a fitando, e não contente em ter o rosto de um anjo. Ela era dona de um corpo curvilíneo. O vestido azul destacava seus atributos, seios pequenos, porém fartos, uma cintura delgada e o quadril envolvente.
Com o desejo ardendo em suas veias, ele sentiu culpa ao recordar de sua pequena Alice.
A voz melodiosa do belo anjo deitado em sua cama requereu sua atenção.
- Onde estou? – ela abriu os olhos, Edward ficou sem palavra ao fitar o chocolate derretido em seus olhos. – O que aconteceu?
Edward se recompôs, pois precisava acalmá-la, inspirou profundamente retendo o ar em seus pulmões.
- Em meu apartamento. Um homem a agrediu e eu passava pela rua a caminho de minha casa, ouvi seu grito. E cheguei a tempo de evitar algo pior... – Edward interrompeu o esclarecimento ao notar seu tom revoltado. A lembrança daquele homem a agredindo exigiu muito de seu auto-controle.
Ela começou a chorar, e até mesmo seu choro era delicado. Tudo em seu ser gritava frágil, Edward desejava tê-la nos braços.
- Eu me lembro, agora. Ele vinha espreitando meus passos, então decidi correr, mas ele me alcançou. Estava apavorada então você apareceu... Obrigada! – seu sorriso girou o mundo de Edward em 360° graus. – Me chamo Bella.
Sem ao menos pensar, Edward disse.
- Combina perfeitamente. – Bella ruborizou em um tom apetitoso. – Meu nome é Edward.
Os dois trocaram olhares, a atmosfera carregada de uma descarga que os atraía.
- Vou fazer um curativo em seu rosto... – fora a desculpa para Edward não agarrá-la.
Em instantes ele voltou com uma pequena maleta de primeiro socorros em mãos. Bella aguardava em silêncio enquanto seu herói lhe fazia o curativo. O perfume másculo e amadeirado a deixava fraca, e queimando de desejo. Ela tentou concentrar-se em outra coisa rapidamente, notando que Edward fazia o procedimento com uma perícia nata.
- Você realmente sabe o que está fazendo. – constatou Bella em voz alta.
- Eu fui médico. – Edward disse simplesmente, não entrando em detalhes.
- Foi? – Bella mordia os lábios refreando a curiosidade. – Me desculpa! Não quero lhe incomodar com minhas perguntas.
- Suas perguntas não incomodam. Eu gosto... – Edward lançou um sorriso torto.
- Edward, eu queria te agradecer. – Bella aproximou-se de Edward. Notando o corpo quente.
- Bella... – ele gemeu quando a mão delicada dela acariciava a sua pele pela camisa entreaberta.
Os olhos verdes de Edward fitando-a tão intensamente levaram Bella ao limite. Em segundos que duraram uma eternidade, os lábios dos dois roçaram um no outro. Então aconteceu o beijo.
Edward gemeu contra os lábios dela, a puxando para mais perto de si.
Suas reações irreconhecíveis. Se alegrando que as formas delas encaixaram perfeitamente contra seus músculos.
- Me peça para parar, Bella... – ele deslizou a língua úmida pela clavícula de Bella. Os pêlos por todo o corpo arrepiando com o contato.
- Não posso. Eu te quero... – ela gemeu alto. O som da entrega de Bella fez com que Edward desistisse de ser gentil.
Ele atacou a boca de Bella. As mãos tomando os montes brancos sobre o tecido delicado de seu vestido, por sob as mãos Edward sentiu os bicos de Bella enrijecerem. Rapidamente Bella desabotou os botões da camisa de Edward.
Ambos sentiam que as peças de roupas atrapalhavam o desejo latente em seus corpos. Edward ergueu o vestido dela, olhando as formas suaves e sensuais de Bella.
Edward lambeu os lábios, os quadris dela lhe trouxeram um desejo intenso de vê-la cavalgando sob seu membro.
Bella agachou na cama e sobre os olhos cobiçosos de Edward deslizou lentamente as alças de seu sutiã, chamando sedutoramente ele com os dedos. Edward não resistiu ao convite, suas mãos formaram conchas nos seios de Bella. O círculo lascivo de seus mamilos bem pronunciado, ele os trouxe até sua boca.
Bella arqueou o corpo, Edward suspirou satisfeito com as reações do corpo dela.
A intimidade de Bella roçava levemente na perna de Edward, mesmo assim ele sentiu a excitação dela escorrendo pelas pernas.
Bella abriu o zíper de Edward com movimentos sinuosos, à ereção era evidente na boxer branca. Com o polegar Edward retirou a calcinha de Bella.
A intimidade dela era perfeita, os lábios rosados e depilada.
Bella pegou entre as mãos o membro pulsante dele, em seguida iniciou movimentos frenéticos. Edward revirava os olhos.
- Bella... Eu preciso de você. – a voz rouca de Edward arrepiou o corpo de Bella.
Ele pegou as coxas de Bella, entrelaçando ao seu redor. O membro roçando a fenda dela, Bella movimentou o quadril para recebê-lo.
- Edward... – ela gemeu.
Os dois iniciaram uma dança entre seus corpos. Bella se sentiu plena ao receber Edward, era como se ele a preenche-se, não somente no sentido erótico. Era muito mais que isso...
Edward não recordava de fazer amor tão intensamente nem com Alice. Nesse momento se viu apaixonado por essa mulher.
Logo os dois gozavam em sincronia. Caindo exaustos na cama, Bella dormiu tranquilamente no peito de Edward.
[...]
Bella girava graciosamente pelo estúdio, os espelhos refletindo seus movimentos sinuosos. A perna esticada á frente, ao lado de seu corpo e depois atrás de seu quadril executando assim um Tendi 1 perfeito. Sua silhueta esbelta e elegante dava várias piruetas pelo ar.
As sapatilhas de ponta salpicando pelo carpete, ela mal pareciam tocar o chão, tamanha era a delicadeza e precisão com que Bella executava os passos.
A mente bem longe, apenas recordando o toque quente das mãos másculas dele em seu corpo. A forma como ele cobria-lhe os seios, eles foram feitos um para o outro. Não havia dúvidas na forma como eles se encaixaram.
Não havia uma nota amarga naquela noite, exceto pelo amanhecer do outro dia. Edward era casado. Era a única explicação para as dezenas de fotos com uma bela mulher, espalhadas pelo apartamento. Bella foi embora ao mesmo instante, suportaria tudo menos ser a outra.
Preferia ser uma lembrança. Além do mais nunca se perdoará por aquela noite.
A cada vez que via Jasper se culpava pela traição. Seu noivo não merecia isso.
Terminou sua coreografia com um Sissone2, as pernas caindo lentamente ao chão após o salto.
Do lado de fora do estúdio ouviu uma salva de palmas. Era Rosalie, sua colega e melhor amiga. Elas estudavam juntas na NYAD (New York Academy Dance).
- Não sei como a Renée permitiu tamanha atrocidade como essa! – Rosalie gesticulava tamanha era a sua raiva. – Está me ouvindo, Bella?
- Sobre o quê, Rose? – Bella simplesmente desligava quando a amiga dava pitis.
- Que o tema do recital seja estilo livre. Como o Twi Contest será estilo livre? Estou até prevendo aqueles passos de hip hop! Vai parecer àquela novela cafona... Dance, dance, dance!
- Qual o problema?
- O problema minha amiga. É que como solista deveria estar mais preocupada que os holofotes brilhem sob você. – discursou acidamente Rosalie.
- Se eu sou suficientemente talentosa não preciso temer. E você também. – Bella beijou o rosto contrariado da amiga e correu para sua próxima aula de música clássica.
Bella vivia e respirava em função do NYAD, sua mãe Renée era diretora. A paixão pela dança vinha de berço, Bella suspirou.
Daqui a poucos meses tudo mudaria, apesar de que muitos chamariam de conseqüência para Bella era um pequeno pedaço daquela noite mágica.
Enquanto cruzava o corredor, ela observou Jessica e Mike colados sensualmente acompanhando uma coreografia de tango.
When marimba rhythms start to play
(Quando o Tmo de marimba começar a tocar)
Dance with me, make me sway
(Dance comigo, me faça balançar)
Like a lazy ocean hugs the shore
(Como um oceano preguiçoso abraça a praia)
Hold me close, sway me more
(Me segure apertado, me balance mais)
Jessica enganchou sua perna no quadril de Mike. Era instigante ver os passos, eles tinham muita química. Às vezes, Bella até corava ao ver os dois no ritmo sensual do tango.
Like a flower bending in the breeze
(Como uma flor se curvando na brisa)
Bend with me, sway with ease
(Curve-se comigo, balance com sutileza)
When we dance you have a way with me
(Quando dançamos você tem um jeito comigo)
Stay with me, sway with me
(Fique comigo, balance comigo)
Como um sinal de posse típico do tango, Mike puxou o corpo de Jessica contra seu peito. Bella olhou para o relógio se atrasaria... Saiu em disparada pelos corredores, o casal de amigos sem dúvidas eram impossíveis de não chamar a atenção.
Finalmente chegou a sua aula, suspirando aliviada.
O novo professor ainda não iniciará a aula. Ele esta tocando uma sinfonia muito familiar á Bella, algo que marcou sua infância.
Essa melodia era a marcha final do musical Quebra-Nozes, Bella quando criança a história do soldadinho de chumbo apaixonado pela bela bailarina. Toda a noite, seu falecido pai contava a historinha até o dia em que levou Bella para seu primeiro concerto de ballet.
Bella balançou a cabeça para dissipar os pensamentos.
Ao ouvir a aproximação de Bella, o jovem professor virou-se. Em seguida as partituras em suas mãos caíram ao chão “Era ela”, pensou Edward.
- Edward... – Bella disse entre um gemido caindo na completa inconsciência.
[...]
- Bella... – Rose acariciava o rosto da amiga. Estava muito preocupada, indagava se Bella se sentia muito pressionada a ponto de não se alimentar.
- Rose... O que aconteceu? – Bella sentia a cabeça pesada. E sabia que sua situação atual juntamente com o reencontro inesperado com Edward causou esse desmaio.
- Você desmaiou aos pés do Deus grego do novo professor! – Bella franziu o cenho para Rose. – o que eu disse de errado?
- Nada, desculpa é minha culpa. É que eu o conheço... – não havia sentido esconder de Rosalie, de qualquer maneira precisava desabafar.
- Como assim? – Rose fitou as bochechas de Bella corarem, um leve brilho nos olhos. – Não me diga que ele é...
- Sim, é ele. Foi com Edward que passei aquela noite.
- Oh my Gosh! Mas, espera! Ele não era casado?
- Ele é casado. – Bella corrigiu Rose.
- Não, ele é viúvo. Eu ouvi sua mãe comentando, ele foi noivo com uma grande bailarina Alice Cullen. No entanto, ela morreu em um acidente de carro há três anos. Não acredito...
- Bella, meu amor... – Jasper entrou na enfermaria da escola. – Como você está?
- Rose, pode me deixar a sós com Jasper? – Rose assentiu saindo em seguida.
- Você mentiu para mim! – Bella gritou para Jasper.
- O que está acontecendo, Bella? – ele foi em direção de Bella pegando em suas delicadas mãos.
- Sabia que ele está aqui? – Jasper olhou confuso para Bella. – Edward! Você mentiu esse tempo todo! Ele não era casado como me disse aquela manhã...
- O que queria que eu dissesse? Você iria me deixar! Não iria agüentar ser trocado por ele novamente...
- Do que está falando? Chega de mentiras...
- Eu menti! Eu não conhecia Edward apenas por ele tocar em concertos, nós estudamos juntos. Eu era apaixonado pela noiva dele, Alice. Ela me amava também, mas decidiu pelo dinheiro de Edward.
- Eu quero você fora da minha vida! – Bella pensou que havia perdido a chance de ficar com seu verdadeiro amor. Por um capricho de Jasper, afinal ele não a amava.
- Eu te amo!
- Eu não te amo e estou grávida de Edward!
Jasper olhou furioso para Bella. Levantou a mão em direção á Bella.
- Não vai tocá-la, Jasper! – Edward irrompeu pela enfermaria. Jogando Jasper para fora do quarto.
- Ela é a mãe de meu filho! Você e Alice se merecem... Quanto tempo passei me sentindo culpado por aquele acidente. Agora sei que ela fugia para se encontrar com você! – Jasper avançou contra Edward.
Bella olhou para os dois se atracando. Por fim, Edward golpeou Jasper no estômago. Ele saiu com o rabo entre as pernas.
Edward virou em sua direção. Bella não resistiu e jogou-se nos braços de Edward.
- Bella... Eu ouvi tudo! – Edward afagava os cabelos de Bella, inspirando seu perfume de frésias e morango.
Por quantas noites passou insone pensando o que teria feito de errado para Bella ter saído escondida de seu apartamento. Agora, tudo estava esclarecido.
- Me desculpa, eu devia ter esclarecido desde o começo. – ele beijava todo o rosto de Bella.
- Me perdoe... Eu confessei tudo ao Jasper, e por ironia ele te conhecia. Eu acreditei nas mentiras dele!
- Fica calma, meu amor. Vai fazer mal para o nosso bebê. – Bella olhou confusa para as duas esmeraldas.
- Nosso filho? – Bella experimentou dizer. As palavras aqueceram seu coração.
- Eu te amo, Bella. Parece surreal, mas te amo desde a primeira vez que ti! E quero formar a nossa família. Sem mentiras e traições.
- Eu te amo, Edward! – os dois se beijaram selando o amor que transbordava pelos poros dos dois.
[...]
Sob os holofotes do palco, Bella realizava vários Chenes3. A melodia que Edward compôs para a apresentação da amada inspirava o melhor de Bella. Sentia-se plena em ver Edward na platéia a observando.
O terceiro mês de gravidez de Bella não atrapalhou sua apresentação. Com o pequeno em seu ventre foi como se suas forças duplicassem.
As mãos subiam ao ar em movimentos graciosos de vai-e-vem. Os jurados que avaliam os movimentos de Bella, não conseguiam desviar os olhos por um segundo sequer. Surpresos com a emoção que transparecia em cada passo dela. Bella encerrou a apresentação com um Colle4. Aplausos ressoaram em cada canto do teatro.
Foi nesse momento em meio às lágrimas que ela percebeu que não precisava de vitória alguma, já tinha os mais belos motivos para ser a mulher mais afortunada do mundo.
Edward murmurou um leve e intenso, “Eu te amo...”, em direção a noiva no palco.
Tendu1 – Um dos passos básicos de ballet. (pronuncia-se "demipliê")
Sissone2 - É um Salto em que as duas pernas ficam abertas no ar.
Chenes3 - Uma série de voltas rápidas em metade ou cheio ponto com as pernas em uma apertada primeira posição, girando na meia ponta dos pés ou nas pontas.
Colle4 - Ambas as pernas são mantidas bem em conjunto, em meados de ar em um tempo de sauté.
1 comentários:
NEM PRESCISO DIZER Q EU AMEI NÉ....
BJKSSSS.
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