quinta-feira, 8 de março de 2012

FANFIC O Sabor Da Vida por @KellyStephanies - Capítulo 11

O Sabor Da Vida.

Sem você
POV BELLA:
A essa hora Edward já sabe de toda verdade. E espero do fundo do meu coraçao que ele nao venha atras de mim. Uma coisa é eu sofrer por estar longe dele e de Sophia, e outra coisa bem diferente é ver os dois sofrendo por minha causa, me vendo doente, e isso é algo que eu nao quero nunca. Nao quero ve o rosto de anjo de Sophia derremando lágrimas por minha causa, e muito menos ver Edward sofrendo em silêncio, com medo de me perder.
–Querida, o que aconteceu em Forks que a fez mudar de ideia?-meu pai perguntou, assim que entramos em seu carro, indo em direçao a nossa casa.
–Encontrei pessoas que me fizeram feliz e por essas pessoas quero continuar vivendo.-disse simplesmente e o rosto de Edward e Sophia invadiram a minha mente.
–Aposto cem dólares que tem algum rapaz envolvido nisso, não é?-ele sorriu numa tentativa em vão de melhorar o clima.
–Sim, pai tem.
–Quer falar dele?-perguntou.
–Nao precisa se esforçar pai, sei muito bem que você nao se sente a vontade para conversar sobre garotos comigo.-forcei um sorriso.
–É tem razao.Sua mae está muito feliz com a sua volta e tambem telefonamos para o Dr.Black, amanha a tarde você tem uma consulta, para saber o grau da doença e se será necessario sessoes de quimioterapia.
–Pai, e se for necessario um transplante e nao encontrarem um doador?
–Nao vamos pensar nisso agora querida. Temos que acreditar, porque com certeza tudo vai dar certo.
–É o que eu mais quero.
Quando chegamos em casa, minha mãe se jogou em meus braços e cobriu meu rosto com beijos.
–É tao bom te ver em casa novamente meu amor, nao sabe como me sinto aliviada por te ter perto de mim e do seu pai.
–Também é muito bom estar aqui mae. Estou muito cansada, acho melhor eu ir para meu quarto.-disse, sem nenhuma animaçao em minha voz..
Meu quarto estava da mesma forma que eu havia deixado a quase 3 meses atras. Coloquei minha mala em um canto qualquer e fui em direçao ao meu banheiro e deixei que a agua quente relaxasse maus musculos, o que nao funcionou muito bem. Imagens de Edward e eu insistiam em invadir os meus pensamentos: nossa tarde em La Push, a gente fazendo amor, ele dizendo que me ama. Comecei a chorar novamente.
Fui covarde ao deixar apenas uma carta para ele, que merecia uma despedida de verdade. Ele tinha o direito de saber, eu devia ter contado sobre minha doença a partir do momento em que começamos a nos aproximar, assim ele nao se apaixonaria por mim. E o que é mais engraçado e tragico de tudo, que é graças a essa maldita doença que eu o conheci, foi a minha vontade de aproveitar o tempo que me resta que me levou até ele. Eu acreditando que irei morrer, e talvez isso aconteça mesmo, que encontrei um sentido para minha vida.
Me joguei na cama e peguei meu celular. Havia 15 ligaçoes nao atendidas, e todas eram dele. Senti meu coraçao acelerado e desabei em lagrimas novamente. Eu preciso ouvir sua voz, ver seu sorriso, o seu cabelo desgrenhado cor de bronze, sentir seu toque, seu beijos. Preciso dele como um cego sonha em ver a luz do sol, como uma mae necessita do sorriso de um filho, e como um viciado precisa de sua droga favorita.
Dormi bem aquela noite, completamente dominada pelo cansaço. Nem tive sonhos, fui tomada pela escuridão do cansaço, o que em certa parte foi bom já que nao corri o risco de sonhar com Edward. Só de lembrar dele, sinto um aperto enorme em meu peito, como se faltasse o ar para respirar. Olhei o meu relógio na parede e já passava da hora de levantar. Hoje meu dia seria bem longo: consulta com o Dr. Jacob Black, um dos melhores oncologistas do país. Como sempre, meus pais querem que eu tenha o melhor tratamento que o dinheiro possa pagar, mas será que eles nao percebem que o dinheiro não compra uma nova vida? Droga, minhas oscilações de humor me deixam cada vez mais irritadas. Tem horas que eu tenho certeza de que vou sair dessa, me transformo na pessoa mais otimista desse mundo, mas como num passe de magica, minha fé vai embora e deixo que o medo e a incerteza do futuro me ceguem fazendo que eu fique totalmente pessimista.
–Bom dia.-disse, ao chegar na sala de jantar,e encontrando meus pais tomando café da manha.
–Bom dia querida, dormiu bem?-perguntou minha mãe.
–Sim, praticamente desmaiei de tanto cansaço. E então que horas será minha consulta?-perguntei, dando uma mordida no bolo de chocolate.
–Será as 16:00. Se você quiser fazer alguma coisa antes, talvez dar uma passada no shopping podemos ir agora mesmo.
–Pai, a ultima coisa que quero agora é dar uma passada no shopping. Tenho que resolver varias coisas , e ir ao shopping gastar dinheiro com futilidades é a ultima coisa que irei fazer nesse momento.-meus pais me olhavam com uma expressao incrédula. Agora eles estão conhecendo a nova Bella Swan.-Vocês devem estar estranhando o que eu disse nao é mesmo? Mas que sentido faz, eu desperdiçar o meu tempo fazendo compras? A vida é muito mais do que isso, do que coisas materiais, pena que eu descobri tarde demais que outras coisas sao mais importantes do que aquilo que o dinheiro pode comprar.
–Bella, eu te entendo. Sei que as vezes falhamos com você, sei que eu e sua mãe nao somos os melhores pais do mundo, mas tentamos dar o melhor a você. Sempre te demos o melhor, nunca deixamos que te faltasse nada, e hoje, ouvindo o que você disse, percebo que não era disso que você precisava.
–Pai, você e a mamãe fizeram um ótimo trabalho me educando, e agora, por causa da doença e do medo que tenho da morte, passei a ver o mundo de outra maneira. Nao um mundo movido por dinheiro, classe social e muito menos sobrenome, mas sim, um mundo movido por sentimentos e por aquilo que mais desejamos.-desabafei, e percebi que minha mae estava com os olhos cheios de lagrimas e meu pai, uma expressão de pai orgulhoso em seu rosto.
–Você se tornou uma mulher maravilhosa, Isabella.-meu pai disse sorrindo.
–Obrigada pai. Obrigada a vocês dois, por me amarem.
Nao havia mais nada a ser dito naquele momento, apenas me levantei e os abracei. Mesmo sendo como sao: super-protetores, instaveis, e as vezes um pouco infantis, sao os melhores pais desse mundo e de qualquer outro que possa existir. Nunca me imaginei sendo filha de outras pessoas tendo Charlie e Renee em minha vida.
A campainha tocou, interrompendo o nosso momento pais e filhos. E quem eu menos queria ver nesse momento, estava bem ali na minha frente.
–Que bom que você está de volta, Bella.-disse ele, com um sorriso sarcástico no rosto.
Apos tanto tempo, ele estava ali bem na minha frente. James Gigandet, filho de Campbell Gigandet, sócio e amigo do meu pai. Eu ja fui interessada nele, e foi com ele que dei meu primeiro beijo, quando eu tinha 14 anos. Mas ele queria muito mais do que beijos. Segundo ele, não se prende a nenhuma mulher e não fica com a mesma por mais de uma noite. Um verdadeiro verme.
–Oi, James.-disse friamente.
–James, é tao bom vê-lo.-disse meu pai.
–Tambem é muito ver vocês.-disse olhando para mim.-E entao Bella, pretende voltar para a faculdade? Eu e minha irma sentimos muita falta de você.
–Pena que eu nao posso dizer o mesmo. Pelo amor de Deus, vamos parar com esse teatro. Meus pais sabem muito bem que eu detesto você e sua querida irmã Jessica, e tenho certeza que esse sentimento é reciproco.-sorri ironicamente.
–Bella.-minha mae, me repreendeu.
–Com licença.-fui para o meu quarto.
Será que James sabe que estou doente? O que será que ele está fazendo aqui? Fui apaixonada por ele, uma paixao infantil, afinal crescemos juntos. Eramos amigos, mas com o passar do tempo, acabamos nos afastando, e quando soube do meu interesse por ele, ridicularizou os meus sentimentos. Agora percebo que o que senti por James, nao é nenhum milesimo do que sinto por Edward. So de lembrar do seu nome, sinto meu coração acelerado. Queria tanto que tudo fosse diferente. Mas, se os caminhos da vida tivessem me levado em outra direçao, eu nunca teria o conhecido, e consequentemente, nunca teria descoberto o que é o amor.
POV EDWARD:
Essa foi a pior noite de toda minha vida. Revivi toda a dor que senti quando ouvi os médicos dizendo que Kristen havia morrido, saber que Bella está doente é algo que vai corroendo o meu peito aos poucos, como se uma faca estivesse sendo enfiada em meu coração. Estava sentado em minha cama vendo a chuva cair e no mesmo instante, lagrimas surgiram em meus olhos mais uma vez. Nao vi Sophia entrando em meu quarto, apenas senti suas maozinhas tocarem o meu rosto.
–Papai, onde está a Isa?-perguntou com o rostinho mais triste que eu ja havia visto.
–Meu amor, a Isa está em casa, junto com os pais dela.
–Ela vai voltar, ou ela vai me abandonar como a mamae?-ela já chorava
–Eu vou trazê-la de volta, eu prometo, querida.-a puxei para o meu colo.
–Nao chora papai, a Isa vai voltar e vamos tomar sorvete na casa da vovó Esme que nem antes.-ela limpava as minhas lagrimas.
–Sophia, o que você acha de irmos visitar a Isa?
–Viajar vai ser bom papai, eu quero muuuuuuuuuuiiitoooooooo ver a Isa.
Eu e Sophia iremos para Nova York, amanha de manha irei contar tudo que está acontecendo ao meu pai, e pelo que eu sei ele conheceu os Swan na época da faculdade e devem saber mais ou menos onde eles moram. Mesmo que a familia de Bella morasse na Antartida ainda assim eu iria atras dela.
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Acordei e Sophia ainda dormia em meus braços. Depositei um beijo em sua testa e fui preparar o nosso café da manha. Hoje o meu dia seria longo: iria até a casa dos meus pais e contar para eles tudo que estou sentindo. Peguei o meu celular e tentei telefonar para minha pequena, mais uma vez nao obtive nenhum sucesso.O que será que ela está fazendo agora? Será que está bem? Será que está pensando em mim da mesma maneira que penso nela? Meu Deus, agora que eu estou completamente apaixonado por ela, isso tinha que acontecer? Nao a tire de mim, eu preciso dela para ser feliz.Agora que reencontrei a felicidade, nao quero que ela se vá novamente.
Alguns minutos se passaram e eu e Sophia estavamos na casa dos meus pais.
–Edward, filho, é tao bom vê-lo por aqui.-disse minha mae.-Onde esta Bella?
–A Isa foi embora.-disse Sophia.
–O que aconteceu Edward?Tudo parecia tao bem entre vocês.-falou minha mae, sentando-se no sofá.
–Sophia, por que você nao vai até a cozinha ver Nikki?-disse para minha filha.
–Tá.-ela se foi.
–O que aconteceu foi muito sério?
Fiz que sim com a cabeça.
–Mas vocês pareciam tao felizes, apaixonados.-ela sorriu.-Eu nao acredito que deixou que os fantasmas do passado atrapalhassem a sua rela‎çao.
–Antes fosse isso mae. É algo muito mais grave.
–Fale logo, está me deixando muito assustada.
–Bella está doente mae, tem leucemia. E foi por isso que ela foi embora.
–Meu Deus.-ela segurou minhas maos-E como você está, meu filho?
–Mal, mae.Muito mal mesmo,pode parecer estranho, mas nem quando Kristen morreu eu senti a dor que eu estou sentindo agora ao pensar que posso perder minha Bella para sempre.
–Eu sei por que. Isso se chama amor. E você a ama de verdade.
–Amo, como nunca amei ninguem mae. E nos conhecemos a tao pouco tempo, é algo inexplicavel.
–Edward, o amor nao se explica, apenas se sente. Uma alma solitaria reconhece quando encontra sua alma gêmea. Você a encontrou, Bella é a sua alma gemea. E vocês finalmente estao juntos e vao permanecer assim.
–Eu preciso muito dela. Sinto-me incompleto longe dela, mesmo que estejamos separados a menos de 24 horas.
Alice chegou na sala, como sempre acompanhda de sua amiga Tania.
–Oi Eddie, pelo visto sua Bella nao veio hoje.-disse bagunçando meus cabelos.
–Alice, se nao for pedir muito, nao fale de Bella. Ok?
–Vocês dois brigaram? Aposto que é por que ela nao quis ir para a cama com você.-Alice sorria.
–CHEGA ALICE!!!-minha mae gritou.-Você nao faz a minima ideia do que está acontecendo com o seu irmao, entao mantenha essa boca calada e nem pense em falar mal da Bella. Estamos entendidas?
Minha irmã nao falou mais nada. Apenas subiu as escadas correndo, sendo seguida por aquela loira.
Esperei meu pai chegar do escritorio, e quando isso aconteceu fui logo contando tudo a ele, como estava me sentindo, exatamente como eu havia feito com minha mae.
–Pai, você conheceu os pais de Bella na faculdade. Pode parecer loucura, mas você sabe o endereço deles, pelo menos quando vocês estavam na faculdade?-perguntei, mesmo com medo da resposta ser nao.
–Edward, Renne era da minha turma de arquitetura. Ela e Charlie já eram namorados naquela época, e nos tornamos bons colegas de turma. Passei um final de semana no apartamento de Charlie em Nova York, ainda tenho o endereço, mas nao sei se ele mora lá até hoje. Afinal ele e Renne se casaram e devem ter se mudado de lá.
Uma pontada de esperança surgiu em meu peito ao ouvir as palavras de meu pai.
–Mesmo assim pai, já é alguma coisa. Enquanto você procura o endereço, vou telefonar para a companhia aerea reservando duas passagens para amanha mesmo, se possivel.
Conversei com uma atendente e consegui as passagens para o primeiro vôo para Nova York amanha. Em menos de 24 horas estarei em Nova York, procurando minha Bella, se necessario, em cada centimetro daquela cidade.
POV BELLA:
Eu estava na recepçao do hospital, aguardando ser atendida pelo Dr. Black. Estou no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, um dos maiores hospitais contra o câncer dos Estados Unidos. Ao meu lado está uma linda garotinha, de aproximadamente 5 ou 6 anos. Ela sorria para mim e eu retribui.
–Oi, meu nome é Samantha e o seu?-perguntou curiosa
–Isabella, mas pode me chamar de Bella.-sorri mais uma vez.
–Bella, você tem a mesma doença que eu nao é?
–Sim, tenho. Mas quer saber de uma coisa?-ela fez que sim com a cabeça-Eu andei conversando com o meu anjinho da guarda e ele disse que ficaremos bem.
–Vou conversar com o meu também, e vou pedir que ele cuide de nós duas.
Uma enfermeira veio e levou Samantha, provavelmente para a sala de quimioterapia.
–Isabella Swan-um homem de mais ou menos 27 anos, pele bronzeada e cabelos negros me chamou.
–Sou eu.-caminhei até ele.
–Muito prazer, sou o Dr.Black.
Entrei em seu consultorio.
–Bella, andei dando uma olhada em seus exames e cheguei a conclusao que o melhor a ser feito é começarmos com as sessoes de quimioterapia ainda essa semana. Seu nome já está na fila do transplante e tenho certeza de que tudo dará certo, se começarmos o quanto antes.
–Dr. Black, eu gostaria de saber, o que eu poderei sentir com a quimioterapia?
–Os efeiios colaterais mais comuns sao: náuseas, vômitos, diarreia, prisao de ventre, alopecia, que é a queda dos cabelos, e em casos mais graves, hemorragias e infecçoes por causa de sua baixa imunidade. Tem mais alguma dúvida Isabella?
–Nao, Dr.Black, quero começar o tratamento o mais rápido possivel.
Agora minha guerra contra o câncer havia começado de verdade, e eu nao irei desitir até que saia vencedora.

Sempre que os capítulos tiverem vários comentários postaremos capítulos mais.

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