Parte 3
Desculpe-me não te acordar. Mas você dormia tão tranquila, e o nascer do sol iluminava tanto sua pele, deixando-a ainda mais linda, que não quis interromper o momento.
A noite de ontem foi incrível. Atrevo-me a dizer que foi a noite mais especial de toda minha vida. Você é uma mulher linda. Maravilhosa. E apesar de não nos conhecermos direito ainda, sei que é especial.
Sinto muito por ir embora assim. Mas estamos em turnê, e tivemos que sair cedo. Temos ainda algumas cidades para ir. Acredito que em menos de dois meses estarei de volta.
Por favor, me espere!
Com amor,
Edward Cullen. “
Dois meses depois eu descobri que estava grávida. E Edward nunca voltou.
Tudo o que sei sobre ele, descobri por meio de revistas e sites na Internet.
Nos primeiros meses, ainda tinha esperanças de que ele voltasse.
Mas parei de nutrir esses sentimentos de esperança, assim que vi uma foto sua. Abraçado a uma loira estonteante, após um Show em NY.
Mesmo assim, ainda sonhava muito. Com a ilusão de que ele bateria em minha porta, dizendo me amava, assim como eu o amava.
Mas logo espantava esses pensamentos Uma vez que nem meu nome, ele teve a chance de saber. Ou se preocupou em saber quando foi embora daquela maneira.
Sim. Eu amava Edward. Apesar de ter sido apenas por uma única noite.
E por mais leviano que possa parecer, o momento havia sido mágico. Verdadeiro.
E apesar do bilhete frio, na manhã seguinte Duas certezas permaneceram comigo. Uma delas para sempre.
Eu meu amor por ele. Podia ser que algum dia esse amor, acabasse. Pois não era retribuído. Mas em contra partida, ele havia me deixado Anthony. Meu filho lindo. A lembrança viva, de que por algumas horas, eu o tive ao meu lado. E que não havia sido um sonho.
Anthony é a cópia fiel de Edward. Cabelos cobres, e enormes olhos verdes. Puxando a mim, apenas na cor de sua pele.
Meu branquinho!
– Shhh.. shhh.. Fique calma querida! Vai ficar tudo bem – Maggie tentava me acalmar.
Eu concordei. Eu sabia que ficaria. Eu tinha Anthony.
Eu sorri e a abracei. Maggie me conhecia como ninguém, sabia que nessas horas, o silêncio era o melhor remédio.
Ela era meu porto seguro. E durante minha gravidez conturbada, pela dor da solidão, foi meu alicerce.
– Cuidado com ele Maggie, agora que começou a andar, não para um minuto. –sorri lembrando-me de como ele já andava com desenvoltura.
– Pode deixa minha menina. Estou velha mais ainda posso correr atrás de um garotinho. – piscou olhando para berço – Ele está tão lindo!
– Está sim. Como o pai! – lembrei com pesar.
– Você vai contar a Anthony sobre ele algum dia?
– Claro que sim. Quando ele for mais velho. Ele pode querer conhecê-lo – respondi com sinceridade.
Eu contaria toda a verdade ao meu filho. Caberia a ele, decidir o que fazer. Eu o apoiaria em qualquer decisão. O que não podia nesse momento, era afligir Edward a uma situação como essa. De ter um filho com uma mulher que nem sabia o nome.
– Outro dia ele chamou Benjamim de “Papa” – ela ria
– Sério? Por que? – sorri junto
– Bem.. eu que chamo ele de “Papai” – piscou – Sabe como é ?
– Sim, Dona Maggie, eu imagino. Não vá ficar fazendo safadezas na frente do meu filhinho. Tenha modos velhota! – ralhei brincando. E ambas caímos na gargalhada.
Caminhei até o berço de Anthony, e beijando sua bochecha gorda e rosada.
– Estou com meu rádio. Qualquer coisa me chame que venho rápido – falei com Maggie e me despedi. Saindo para o trabalho.
Edward-POV
– Você é um idiota de merda! – xingou-me Jacob, chutando a garrafa de vodka da minha mão.
– Vai se fuder! – rosnei – tentando me levantar do chão do meu quarto.
– Isso aqui está um lixo! – falou olhando em volta – Quanto tempo essa merda não é limpa!
– Cai fora! Vai embora – eu rastejava de volta para cama. Já que andar era impossível.
Meu estado era lastimável.
– Droga! Edward. Você é meu melhor amigo cara!. Conversa comigo! Seus irmãos já tentaram conversar com você. Todo mundo. Você não se abre com ninguém. Eu não aguento te ver assim. Ninguém consegue. Está acabando com sua vida.
– Minha vida já está acabada. – respondi de voz embargada.
– Me diz cara! Se abra comigo. Faz um tempo que isso está acontecendo. Você abandonou a banda, antes de todo mundo. Logo que fez aquela música de sucesso. Depois houve aquele surto em NY, você piorou. Conta o que houve? – pediu se sentando em uma cadeira.
– Eu não dei surto nenhum – resmunguei
– Porra! Edward. Você quase bateu em uma mulher!
– Aquela vadia do caralho, estava se esfregando em mim. – rosnei
– Uma vadia que você já tinha traçado – riu – E desde quando isso é problema pra você? – perguntou cruzando os braços.
– Desde depois dela – sussurrei
– Dela quem?
– Da minha branquinha! - as lágrimas caíram
– Branquinha? – bufou – Edward para de beber, já não está falando coisa, com coisa.
– Minha Branquinha Porra! Eu não estou bêbado. Foi pesando nela que fiz aquela música. Ela é minha inspiração! – eu queria gritar.
– Ok! Você não esta bêbado. Então me conta essa história direito.
E eu contei. Contei tudo o que havia acontecido em Montana á um ano atrás. O bilhete. A promessa. Meu medo. Minha covardia.
– Você está me dizendo que nunca mais procurou essa mulher? Que nem se seu o trabalho de perguntar o nome dela? Que foi embora sem ela acordar, após ter tirado sua virgindade? – ele fervia
– Droga! Sim – respondi quase arrancando meus cabelos
– VOCÊ É UM FILHO.DA.PUTA! – ele gritou, se levantando. – É MAIS FUDIDO DO QUE EU IMAGINAVA!!!
Ele estava certo.
– Eu estava com medo! – confessei
– Medo? Medo do que porra! De ser feliz? – disse ainda exaltado.
– SIM! OK! ESSA É A MERDA DA VERDADE. – agora eu que gritava, andando de um lado para o outro – ELA ME ASSUSTOU. O QUE ACONTECEU ME ASSUSTOU. PORRA! EU ME APAIXONEI POR ELA EM UMA NOITE. PQP!
– Você é um imbecil! Uma coisa maravilhosa dessa acontece na sua vida, e você foge como um covarde – zombou!
– Pode me chamar de covarde mesmo. Sou mesmo. – meus olhos ardiam pelo choro.
– Você se apaixonou? – ele escondia um sorriso.
– Mais que isso – suspirei derrotado. Não adiantava mais esconder – Eu a amo mais que tudo!
Ele gargalhou!
– Eu nunca me imaginei vivo. Para escutar isso. – riu novamente – Vamos homem, vamos atrás da sua mulher.
– Você acha que eu devo? Passou tanto tempo. – perguntei temeroso - Eu já fui até Montana quatro vezes. E nunca tive coragem se seguir até Great Falls.
– Covarde de merda! – rosnou – Se eu fosse ela eu te daria um chute nas bolas depois de aparecer com mais de um ano de atraso, ainda por cima saindo com outras mulheres.
– Eu nunca estive com mais ninguém – sussurrei
– O quê? Você nunca esteve com outra mulher em mais de um ano?
– Não. Eu sentia nojo e repulsa. – respondi verdadeiro
– PQP! Você está mesmo amando cara! Isso é fantástico. – ele sorriu – Vai tomar um banho, que eu preciso fazer umas ligações – pediu me empurrando para o banheiro.
Quarenta minutos depois, Alice, Emmett, Jasper e Rose, invadiam meu apartamento com laptops em mãos e sorrisos nos lábios.
– Meu irmãozinho está apaixonado! – Alice pulava e batia palmas feliz.
– Até que enfim cara! Vai entrar para o clube – riu Emmett me abraçando.
– Parabéns Edward – disse Rose me abraçando também.
– Qual o nome da felizarda – pediu Jasper, me deixando mudo.
– Estou brincando seu idiota! – riu – Jacob já contou toda a história. Por isso estamos munidos de telecomunicação. Vamos descobrir o nome e o endereço da sua branquinha.
Uma hora depois ainda estávamos na mesma. Até que Alice fez um comentário em particular.
– Sabe a Isabella Swann de Great Falls, a nossa patrocinadora misteriosa? – falou sem interesse olhando o computador.
– Sim, o que tem ela? – perguntou Rose.
– Teve um bebê. O advogado me contou que foi um escândalo na cidade. Ela é muito conhecida por lá. E a noticia de sua gravidez foi um golpe. Ela não tinha nem namorado.
Um ano. Gravidez. Sem namorado.
–Alice você tem uma foto desta Isabella? – perguntei como um estalo.
– Não. Mas com certeza tem na internet. Ela é uma fazendeira – sorriu me encarando em compreensão. Acessando a Internet.
Bingo!
– É ela! – apontei a tela com um sorriso bobo nos lábios - Minha branquinha.
– E parece que você não deixou apenas seu coração para trás Mano. – disse Emmett sorrindo, apontando para outra foto, onde Isabella estava na entrada de sua fazenda com um lindo bebê no seu colo.
“Fazenda Swann, possui um novo herdeiro.” – Era o titulo da reportagem.
Meu filho. Impossível negar.
– Caralho! Ele é sua cara! – exclamou Jasper.
– OMG! Meu sobrinho – gritava Alice feliz.
– PQP! SOU TIO!! – gritou Emmett me girando.
– AH! Como é lindo! - Rose sorria feliz
– O que vai fazer agora cara? – perguntou Jacob receoso.
– Correr atrás do tempo perdido. Eu vou atrás da minha mulher e meu filho! - Meu sorriso era enorme.
Oito horas depois eu chegava a Great Falls.
E nesse exato momento, eu estava em frente á Fazenda Swann.
Vamos Edward! Sua mulher e seu filho estão ai dentro!
Respirei fundo e caminhei em direção ao meu destino.
Isabella – POV
– Maggie, você pode atender a campainha para mim? – gritei do quarto – Eu e Anthony tínhamos acabado de tomar banho, e eu colocava sua fralda. Uma tarefa difícil, pois ele engatinhava pela cama.
– Anthony bebê, fica quietinho – sorri puxando sua perninha..
– Adadadadaddad – ele respondeu me fazendo gargalhar, e fazer cocegas em sua barriguinha com a boca. Ele adorava.
– Bella – chamou Maggie parada na porta. Ela estava branca.
– O que foi? – perguntei assustada, segurando meu filho no colo, por impulso. Ainda sem fralda.
– Você tem visita – ela ainda me encarava de olhos arregalados. Depois olhou para Anthony – Deus! Eles são iguaizinhos!
Meu mundo parou
– Ed... Edward está aqui? – eu tremia
– Sim. Esta lá embaixo te aguardando
– Não posso atendê-lo! – respondi depressa – Não agora! Não assim de surpresa – eu estava em pânico. – Por favor! Maggie, mande-o embora!
– Bella. Quanto antes resolver isso melhor! - tentou argumentar.
– NÃO! – gritei – Por favor! Agora não.! – implorei, as lágrimas começaram a cair, e o bebê começou a chorar pelo grito.
– Ok! Tudo bem. Vou falar com ele – ela disse com pesar saindo do quarto.
– Sentei-me na cama com meu filho. Pois as pernas me faltavam. E o abracei apertado.
Foi quando uma linda canção começou a tocar, na janela do nosso quarto.
♫ Agarrada em Mim. ♫
Enquanto a cidade dorme
Eu aqui me lembro
Quanto tempo!
Quanto tempo!
A gente já não fica juntos
Mais nenhum momento
Quanto tempo!
Quanto tempo!
Eu aqui me lembro
Quanto tempo!
Quanto tempo!
A gente já não fica juntos
Mais nenhum momento
Quanto tempo!
Quanto tempo!
Eu sei que foi só uma transa
Mas sua lembrança
Me deixou assim
Querendo ter você de novo
Agarrada em mim
Desculpe se eu
Senti saudade
Se me deu vontade
Eu nao sei fingir
Faz tempo
Mas eu nunca
Te esqueci...
Me deixou assim
Querendo ter você de novo
Agarrada em mim
Desculpe se eu
Senti saudade
Se me deu vontade
Eu nao sei fingir
Faz tempo
Mas eu nunca
Te esqueci...
Vem!
Quero amar seu corpo inteiro
Namorar, sentir seu cheiro
Sem ter pressa de acabar
Oh, ohhhhhhhhhh!
Vem!
Que eu estou aqui sozinho
Precisando de carinho
Com vontade de te amar...
Quero amar seu corpo inteiro
Namorar, sentir seu cheiro
Sem ter pressa de acabar
Oh, ohhhhhhhhhh!
Vem!
Que eu estou aqui sozinho
Precisando de carinho
Com vontade de te amar...
Eu sei que foi só uma transa
Mas sua lembrança
Me deixou assim
Querendo ter você de novo
Agarrada em mim
Desculpe se eu
Senti saudade
Se me deu vontade
Eu nao sei fingir
Faz tempo
Mas eu nunca
Te esqueci...
Mas sua lembrança
Me deixou assim
Querendo ter você de novo
Agarrada em mim
Desculpe se eu
Senti saudade
Se me deu vontade
Eu nao sei fingir
Faz tempo
Mas eu nunca
Te esqueci...
Vem!
Quero amar seu corpo inteiro
Namorar, sentir seu cheiro
Sem ter pressa de acabar
Oh ohhhhhh!
Vem!
Que eu estou aqui sozinho
Precisando de carinho
Com vontade de te amar
Quero amar seu corpo inteiro
Namorar, sentir seu cheiro
Sem ter pressa de acabar
Oh ohhhhhh!
Vem!
Que eu estou aqui sozinho
Precisando de carinho
Com vontade de te amar
Minhas lágrimas jorravam pelo meu rosto. Sem controle. Caminhei até a janela com Anthony em meus braços, e abri. Saindo pela varanda.
Edward estava sentado em um banco no jardim. O violão na mão. E as lágrimas banhando seu rosto.
– Eu te amo Bella. Por favor! Me perdoe. Não consigo viver sem você! – ele chorava.
Olhei para o homem, que por tantas noites sonhei com saudade. O pai do meu filho. O homem que se declarava para mim, com tanta emoção.
– Eu sei que eu errei. Mas acredite em mim. Eu nunca te esqueci. Eu fui um covarde. Tive medo desse sentimento que me consome. Eu nunca amei ninguém. Só você. E agora nosso filho! – sorriu entre lágrimas.
E foi nesse momento que entendi.
Não tinha como negar. Eu ainda amava demais Edward. Ele errou. Eu errei. Mas Anthony era nosso maior acerto. E com a certeza que invadia meu coração, eu saí correndo pela escada lateral, de encontro a minha felicidade.
Edward percebeu o que eu fazia. E largando o violão, correu em minha direção. Nossos corpos se encontraram. E ficamos em frente um para outro. Nossos olhos se encarando.
– Eu te amo Bella. Me desculpe! – pediu entre lágrimas, sua mão acariciando minha bochecha. A eletricidade ainda estava lá.
– Eu também amo você Edward – respondi também entre lágrimas.
Ele sorriu feliz, puxando meu rosto próximo ao seu, selando nossos lábios, cheios de saudades.
– Adadadadadadada – reclamou Anthony , sendo esmagado no meio de nós dois.
Nós rimos, nos separando.
– Meu filho – sussurrou Edward, o admirando com amor.
– Papa – respondeu Anthony batendo palminhas.
Edward se desesperou chorando como criança.
– Eu sou um idiota! – ele soluçava.
– Edward. Pare! Vamos esquecer isso ok? – pedi tocando seu rosto com carinho. Nossa história começa agora.
Ele acenou sorrindo em compreensão.
– Posso pegá-lo? – pediu receoso
– Claro Papai! – respondi e seu sorriso se tornou maior.
Coloquei Anthony, em seu colo e Edward o beijou.
– Eu te amo meu filho. Muito.
Anthony sorriu batendo as mãozinhas em seu rosto.
De-repente Edward ergueu o bebê no alto, afastando-o do seu corpo.
Nosso filho fazia xixi, como uma mangueira. Molhando toda a roupa de Edward.
– Bem vindo ao meu mundo – gargalhei
– Boa maneira de recomeçar - ele fgargalhou feliz
– Vem vamos entrar - peguei sua mão ainda rindo.
Ele me abraçou pelos ombros beijando o topo da minha cabeça. Com nosso filho em sou outro braço.
– Hey! Você viu o tamanho do pinto dele? Puxou o pai até nisso! – falou todo orgulhoso.
Eu sorri revirando os olhos. Mais feliz do que nunca!
Novamente a Lua era nossa testemunha.
The End !!
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