terça-feira, 22 de novembro de 2011

Sol e Chuva - Capítulo 14


<script>var Anelise = prompt("Qual seu nome, flor?","")</script>
<script>var Ane = prompt("Seu apelido?","")</script>

<center><b><span style="color: darkslateblue; font-family: verdana;">Capítulo 14</span></b></center>


Abri os olhos e foquei fitando as manchas do forro do meu quarto escuro. Minha visão era muito melhor agora. Me concentrei e pude ouvir o som do jogo na televisão da sala, o coração de John acelerando quando algum dos jogadores do seu time acertavam a bola. A goteira da pia da cozinha.  As ondas quebrando na praia. Os carros passando na auto estrada. <i>É!Impressionante!</i>, pensei desanimada. Grande coisa que me serviam super-poderes agora, se o único super-poder que eu queria era o da invisibilidade.

Virei para o lado jogando meus braços no travesseiro e olhei para a janela. Nem a luz da lua iluminava lá fora, escondida pelas nuvens de chuva como estava. Busquei meu celular que estava atirado no chão ao lado da cama para ver as horas. Eu tinha o desligado quando voltei pra casa a tarde. Ele ligou o visor ruidosamente. <b>14 CHAMADAS PERDIDAS. Jake. 8:45 PM. </b> Suspirei e desliguei de novo.<i> Só me dá um tempo, Jake! </i>Joguei os pés pra fora da cama, já estava quase na hora, eu teria que enfrentá-lo. Coloquei uma camiseta e uma calça jeans, meus tênis. Fui no banheiro escovar os dentes e tentar domar os cachos e desci as escadas. Me despedi rapidamente de meu pai. Peguei minha bolsa e sai.

Ainda faltava algum tempo para o meu turno, mas eu precisava pensar. Me transformei e tratei de construir um enorme “espelho”, seja lá como se chamava essa estranha proteção eu minha mente criava, em torno do meu cérebro. Concentrei toda a minha raiva e tristeza nele, em poucos segundos eu não ”ouvia” nada, só meus pensamentos.

Sabia que o grupo do Paul ainda estava em patrulha, então fui até a clareira e me deitei lá, deixando a chuva fina encharcar meu pêlo. Tinha que me concentrar em "pensar" somente em português, mas já estava difícil, comecei a repassar musicas e acordes, para tentar me distrair.

Senti as ondulações no ar. Sinal que havia alguém se transformando, mas não me dei ao trabalho de tentar descobrir quem era. Continuei com meu teste mental, passando e repassando os acordes das músicas que eu gostava, quando meus ouvidos captaram a aproximação a aproximação lenta de um grupo de lobos. Um. Dois. Três lobos. Levantei a cabeça e olhei em direção de onde o som vinha. Alguns minutos depois os três lobos entraram na clareira. Jacob, Embry e Quil pararam de imediato quando me viram. Levantei de onde eu estava, dando uma rápida sacudida, para tirar o excesso de água dos meus pêlos e sentei sobre as patas traseiras, esperando que eles se aproximassem para dividirmos a rota.

<i> “Qualé”? Vão ficar parados ai a noite toda?</i> perguntei impaciente.

Eles não reagiram a minha pergunta, então retirei o escudo para ouvir o que estava acontecendo. Eles se olhavam desconfiados.

<i> Qual é o problema de vocês?</i> perguntei novamente. Eles se aproximaram devagar.

<i>A gente não tinha te ouvido aqui.</i> Embry disse.

<i> Como não? Eu estava cantando.

O que você fez, <script>document.write(Ane)</script>? </i> Jacob perguntou.

<i>Eu não fiz nada, só estava cantando. Por quê?

Porque nós não podíamos te ouvir. </i> Quil repetiu as palavras de Embry.

<i>Talvez o meu truque seja mais do que nós pensávamos.</i> falei sem um pingo de empolgação na “voz”. Apesar que aquilo me fazia sentir melhor, agora que descobrir que poderia bloquear os meus pensamentos também. Eles assentiram. <i> Vamos logo?</i> pedi. O tempo todo da conversa eu evitava olhar para Jacob.

<i>Quil e Embry perímetro interno. Eu e a <script>document.write(Ane)</script> perímetro externo. </i> Jacob disse rapidamente.

Revirei os olhos. <i>Merda!</i> os outros lobos me encararam surpresos, mas eu não liguei e comecei a correr, fazendo o perímetro.

<i> <script>document.write(Ane)</script> nós temos que conversar. </i> Jake disse enquanto corríamos.

<i>Não agora, Jacob. E eu não sei se...</i> Antes que eu pudesse terminar o pensamento um cheiro forte queimou meu nariz. <i> Você sentiu isso?

É ela, a vampira ruiva! </i> Jacob disse. No mesmo instante os outros dois lobos estavam ao nosso lado. <i> Quil dê o sinal!</i> Jacob ordenou e um uivo alto e agudo saiu da garganta de Quil.

Logo estávamos correndo atrás do cheiro insuportável.

<i>Jacob, nós já estamos quase aí! Espera a gente chegar!</i> a voz de Sam invadiu nossas mentes.

<i>Não dá Sam!</i> A imagem de uma garota de longos cabelos castanhos passou pelo meus “olhos” vindo dos pensamentos de Jacob. E junto a áurea de proteção sobre ela, como se fosse uma jóia rara a ser preservada.

Era Bella, eu tinha certeza. Aquilo fez com que eu reconstruísse o “espelho” em minha mente. Não queria que ninguém visse a dor rasgante que eu sentia. Cravei as unhas no chão, buscando por mais impulso e me lancei pra frente. O cheiro nauseante mais forte, mostrando que estávamos no limite entre as nossas terras e as dos Cullens. Ela havia atravessado a fronteira.

Sam e os outros nos alcançaram e nós corremos para o sul esperando que ela voltasse. Os Cullens corriam atrás dela até a linha. Quando ela saltou de volta. Recomeçamos a perseguição pelas nossas terras, agora em direção ao Norte. Os Cullens corriam do lado deles da fronteira. Ela dançava pela fronteira, passando de um lado para o outro. A intenção dela estava clara. Ela queria jogar um grupo contra o outro. E foi aí que o que ela queria aconteceu. O vampiro grande saltou tentando alcançá-la e acabou ultrapassando a linha, mas a vampira foi muito mais rápida fazendo com que ele quase se chocasse com Paul. Paul perdeu o foco e partiu pra cima do vampiro. Mas ele voltou a tempo para o seu lado.

A fêmea loira dos Cullens se posicionou na forma de ataque ao lado do grandão, fazendo com que Jacob e Sam  parassem a perseguição e se posicionassem ao lado de Paul. Todo o bando parou, me fazendo quase gritar de frustração, já que a vampira estava escapando. Voltei contrariada para junto deles, deixando a vampira fugir.

- O nosso problema não é com vocês. – disse o vampiro loiro, líder dos Cullens. – Nós estamos atrás é da Victória! – ele afirmou.

<i>Como se nós nos importássemos!</i> Paul praticamente cuspiu os pensamentos, mostrando os dentes. Não precisava de tradutor, para os Cullens perceberem qual era a resposta.

<i>Foco Paul</i> Sam ordenou.

Uma onda estranha de paz abraçou o bando fazendo que todos nós relaxássemos. Todos se olhavam estranhando aquilo.

<i>É o vampiro loiro. Ele tem esse poder.</i> Jacob falou.

- Victória é a prioridade de nós todos. Sugiro que deixemos nossas diferenças de lado por um instante, para podermos ir em sua perseguição. – o vampiro líder falou novamente. Sam assentiu.

Começamos novamente a perseguição correndo em direção a costa. Os Cullens de um lado da fronteira e nós de outro. Mas a vampira era rápida e chegou aos penhascos ao norte da costa. E saltou no mar, escapando pela água. O vampiro grandão e o loiro calmante pediram para poder ultrapassar a fronteira e continuar a perseguição, mas Sam não permitiu. A frustração era geral do grupo.


oOo


Acabei meu turno exausta, frustrada e mais irritada ainda com a imbecilidade masculina. Sim por que se não fosse pela disputa estúpida entre Paul e o Drácula grandão, nós tínhamos acabado com aquela parasita fedorenta. Me vesti rapidamente, louca pra me atirar em minha cama. Já estava quase no estacionamento vazio do centro comercial.

- <script>document.write(Ane)</script>! – uma voz rouca me alcançou.

<i>Ai. Meu. Deus!</i> Me virei devagar. – Que é agora, Jacob?

-Nós temos que conversar. – ele vinha devagar, com as mãos nos bolsos da bermuda. Sem camisa.

<i>PQP! Jacob era demais para minha sanidade mental!</i> - Agora? Eu estou exausta.

- Agora! – ele disse.- Eu te acompanho até em casa.

Era a hora! Me virei e comecei a caminhar pelo estacionamento cortando caminho para minha casa,com Jacob ao meu lado. Foi então que uma caixa de papelão me chamou a atenção, largada em uma das vagas de carro do estacionamento vazio. O que era normal em uma manhã de domingo. Apertei os olhos tentando decifrar o que poderia ter dentro e me aproximei mais.

- O que será aquilo? – mas não esperei a resposta e cheguei mais perto. Dentro da caixa tinha uma bolinha cinza de pêlos, que me olhou com seus grandes olhos castanhos. – Own! *.*

-O que tem ai? – Jacob perguntou.

Me agachei e peguei o cachorrinho no colo. – Um bebê! – respondi sorrindo.

<center><img height="400" src="http://snowlion.org/pics/announcement_pup.jpg" width="302" /></center>

Jacob juntou as sobrancelhas e se aproximou mais para ver de perto, então sorriu. – Vai ficar com ele?

- Claro! – respondi aproximando mais o cachorrinho do rosto. Jacob me observou por alguns instantes – Que foi?

- Embry tem tanta sorte!

- O que? – perguntei estranhando a afirmação dele.

Ele respirou fundo.  - <script>document.write(Ane)</script> eu queria que você desse uma chance para o Embry!

Eu não acreditava no que estava ouvindo. Segurei o filhote mais forte em minhas mãos, como se eu pudesse me apoiar nele para me manter em pé. <i>Realmente era a hora!</i>

-Por que... – engoli para que minha voz perdesse o tom choroso. – Porque, você está me dizendo isso agora?

- Ele é um cara muito legal! E ele te ama!

- O amor é uma grande merda, Jacob!

Ele riu sem humor. – Você tem razão. – ele disse entristecido.

- Tudo bem! Eu entendi o recado! – falei.

- Não, você não entendeu! Mas é melhor assim. – Ele me puxou para um abraço. Apertei meus braços em torno do filhote, para impedir que me abraçasse a Jacob e implorasse para que ele não me deixasse.

- Jacob eu preciso ir. – eu precisava sair de lá, antes que desmoronasse na frente dele. Coloquei um sorriso forçado nos lábios.

- Ainda amigos? – ele me perguntou antes de me soltar.

- Sim! – respondi apertando os olhos para não chorar. Jacob me deu um beijo demorado na testa e com um suspiro me deixou ir.

Me virei  e comecei a caminhar para casa. O choro preso na garganta. – Se você quiser pode por o nome dele de Jacob! – Jake disse ao longe, parado ainda no mesmo lugar.

- Tadinho, ele não merece isso! – falei sem me virar. Jacob riu, mas eu não conseguia rir com a faca que ele cravou ainda fincada no meu peito.

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