quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Escolhas - Capítulo 7


Capítulo 7

Bella P.O. V

Assim que adentrei a casa segui direto para o quarto sem ao menos fitar seu rosto. Enquanto Alice pegava as malas eu tirava as roupas do closet, o que ficasse pegaria depois.
 Quando olhei pra porta vi Jacob encostado de braços cruzados observando tudo curioso.
 - Posso falar com você Bella? - ele tenta esboçar um tom mais cordial, mas a raiva fluía em seus olhos.
 - O que ainda quer, Jacob? Já falamos tudo que tínhamos pra falar.
 Alice parou de fazer as malas e esperou ele falar.
 - É particular!
 Vi a cara de raiva de Alice mesmo assim pedi que saísse para acabar logo com essa tortura.
 - Pode ir Lice, não tem problema.
 - Qualquer coisa grita, o Jass está lá fora!
 -Puts! E o que ele poderá fazer sua intrometida, me processar? - falou o Jacob sorrindo.
 - Intrometida é a sua avó seu grosso!
 - Chega! Vá Lice, por favor. - gritei para ver se a discussão terminava .
 Assim que Alice saiu, Jacob fechou a porta e nessa atitude vi que tirar Jacob da minha vida iria dar mais trabalho que eu imaginava.
 Fiquei esperando o ele falar e ele só me olhava e ria, já estava ficando impaciente.

 - O que você quer Jacob? Não acha que está na hora de seguirmos com nossas vidas?
 - Isso é o que você está dizendo. Realmente você acha que vou te deixar em paz? Pode esquecer meu amor, eu não vou perder você, ainda vai ouvir falar muito de mim!
 - Acabou? Agora me dê licença que preciso terminar minhas malas. - falei fechando uma das malas, mas logo fui impedida quando ele segurou em meus ombros fazendo com que eu olhasse pra ele.
 - Você é minha Isabella, vou te mostrar o quanto!
 Nessa hora eu fiquei em pânico, ele me pegou pelos cabelos me fazendo gemer de dor e aproveitou para me beijar, foi tão violento que senti o gosto de sangue na boca e senti minha cabeça rodar e meu estômago revirar. Comecei a me debater e nada! Ele é muito forte e quanto mais eu me debatia mais ele apertava meus cabelos.
 Eu já estava desesperada e sentindo as lágrimas rolarem quando vi a porta sendo aberta com violência e uma voz conhecida mandando com que ele me soltasse, fiquei aliviada quando ele atendeu e saiu me jogando na parede.
 Sé depois de respirar algumas vezes é que eu vi que a voz era do Jasper, e ele estava furioso, como nunca tinha visto . Ele se aproximou de mim e eu me joguei em seus braços vendo sobre os ombros dele, Alice chorando e assustada.
 - Ele te machucou, Bella?- perguntou Alice.
 O Jasper me soltou e corri para os braços de Alice.
 - Não, Lice, estou bem- enxuguei algumas lágrimas e toquei em minha boca que escorria um fio de sangue.
 - Você está sangrando Bella vamos ver isso! - falou Jasper me sentando na cama e indo ao banheiro pegar uma toalha pra limpar o corte.
 - Não foi nada Jazz, não tá doendo. Meu orgulho tá mais machucado do que minha boca!- estava envergonhada por toda essa situação, nunca imaginei passar por isso, não foi isso que sonhei para mim e não erai isso que eu esperava do homem que compartilhei tantos anos da minha vida.
 - Aquele cachorro! Vamos dar uma queixa dele agora Bella, isso não pode ficar assim, ele vai ver só com quem se meteu- falou uma Alice não mais assustada mais sim furiosa andando pelo quarto.
 - Você quer isso, Bella? Posso te acompanhar como advogado.
 Parei pra pensar um pouco e decidi que não queria me expor mais, sabia que tinha sido agredida, mas queria colocar uma pedra em cima de meu casamento e em cima de Jacob Black!
 - Não precisa Jazz, muito obrigada, mas eu prefiro pegar minhas coisas, ir pra casa de Alice tomar um banho e esquecer esse episódio da minha vida.
 _Tem certeza Bella?E se ele voltar a te atacar- perguntou Alice preocupada.
 _Ele não vai fazer mais isso, e ainda mais não vou ficar sozinha e as chances de nos encontrarmos a sós é mínima, então vamos logo que estou querendo um banho e cama!
 _Vamos!- Jasper falou pegando a mala que conseguimos arrumar, depois voltaria pra pegar o restante das minhas coisas.
 Sai daquela casa que foi meu lar por 5 anos sem ao menos olhar pra trás, queria esquecer de todo sofrimento que passei nela.
 Chegamos á casa de Alice fui direto pro banheiro, tirei a roupa e entrei em baixo do chuveiro, estava me sentindo suja, não sei quanto tempo fiquei lá, e foi assim que Alice me encontrou. Sentada no chão do banheiro, com a água caindo em minha cabeça como se assim tudo que passei iria descer pelo ralo com a água e tremendo muito.
 Alice me chamava mais eu não conseguia responder...
 _Bella! Jasper me ajuda aqui!
 Não conseguia falar, levantar, nada... Senti Alice me puxando e me enrolando no roupão depois daí tudo ficou escuro...

Edward P.O. V
  
Estava na casa de meus pais quando o telefone tocou e Giana foi falar com meu pai.
 - D. Carlisle, a senhorita Alice no telefone. Deseja falar com o senhor.
 Meu pai foi atender no escritório e eu fui atrás pra saber o que tinha acontecido, Alice não ligaria pro meu pai no início da noite por nada.
 - Alô!
 Meu pai ficou ouvindo por um minuto e interrompeu Alice.
 - Fale mais devagar Alice, não estou entendendo. - Alice nem respirava para falar.a
 Ficou ouvindo mais um tempo e mandou que levasse para o hospital que ele estava a caminho e desligou.
 - O que aconteceu pai?  –perguntei preocupado
 - A Bella não está bem, Alice vai levá-la ao hospital.
 - O que aconteceu com a ela? - eu já estava em pânico.
 - Eu ainda não sei Edward, estou indo para o hospital.
 - Vou com você- falei já pegando o meu celular e as chaves do carro.
 Chegamos ao hospital, Alice estava na sala de espera com o Jasper e tinha uma expressão tensa.
 - O que aconteceu Alice?- perguntei aflito.
 - A Bella desmaiou e está com febre e tremendo muito... - não consegui mais falar, começou a chorar.
 - Dr° Carlisle ela foi levada para emergência - falou Jasper abraçado ao corpo de Alice.
 Vi meu pai se dirigir a emergência e fui atrás, chegamos lá encontramos a Bella numa maca pálida e molhada, meu pai segurou seu pulso e depois aferiu sua pressão.
 - Como ela está, Roberta?
 - Os sinais vitais estáveis, a febre não cedeu e ainda não acordou desde que deu entrada.
 Meu pai fez os procedimentos de praxe e pediu que a colocassem no soro, nesse momento ela gemeu.
 - Bella? Está me ouvindo?- perguntou meu pai colocando a mão em sua testa.
 - Dói, minha cabeça dói... - gemeu e fechou os olhos novamente.
 - Pai, ela vai ficar bem?
 - Você é médico, Edward, sabe que quando ela estiver pronta ela vai acordar, o estado clínico dela é estável, só nos resta esperar. Vou mandar transferi-la para o quarto.
 Minha experiência médica nessa hora tinha se apagado da minha mente, não conseguia pensar com clareza só pensava no que a Bella tinha e se iria ficar bem.
 Saímos da emergência e fomos falar com Jasper e Alice.
 - Então Carlisle, como ela está?- perguntou Alice torcendo as mãos.
 - Vai ficar bem Alice, ela já está indo pro quarto e você poderá vê-la, agora fique calma que eu vou ajeitar a papelada da internação.
 - Obrigada Carlisle.
 - Por nada meu anjo, já volto.
 Enquanto meu pai ia ao balcão para tratar da papelada da Bella, fiquei pensando no que tinha acontecido. Deixei a Bella na loja de manhã e ela estava bem, resolvi matar minha curiosidade.
 - O que aconteceu, Alice? Por que ela está daquele jeito?- fui perguntando de chofre sem ao menos me importar com seu sofrimento.
 _Vamos sentar, Edward, que eu te conto tudo.
 Sentamos na sala de espera e Alice começou a falar.
 _Quando cheguei à loja hoje de manhã o Jacob já estava lá, insistiu para entrar e não pude negar mesmo depois de saber o que ele fez com a Bella na festa.
 Não demorou muito ela chegou e conversaram e ela terminou tudo, me pediu ajuda para ir buscar suas coisas e chamei o Jass por que não sabia o que íamos encontrar. Dito e certo ele estava em casa e parecia esperar por ela, quis conversar e ela me pediu que os deixassem sozinhos, como ela estava demorando e pedi ao Jazz para entrar, ele arrombou a porta e ele estava segurando seus cabelos e a beijando a força.
 _Maldito! Eu mato aquele cão! - falei fechando os punhos.
 _Calma Ed, isso não vai resolver nada! - falou Jazz.
 Alice continuou a falar, agora com lágrimas nos olhos.
 - O Jazz se ofereceu para irmos a uma delegacia, mas ela não quis disse que queria ir pra casa e tomar um banho. Chegamos em casa e ela foi direto pro banheiro, estranhei sua demora e fui ver se estava bem e a encontrei sentada no chão do banheiro embaixo do chuveiro, ela tremia tanto que não conseguia falar nem levantar, a tirei da água e logo depois ela desmaiou o resto você já sabe... Posso vê-la agora?- perguntou se levantando e indo em direção a recepção para saber o número do quarto em que a Bella estava.
 Assim que ela saiu perguntei a Jasper se tudo que Alice tinha contado era verdade, tinha minhas dúvidas por saber que Alice não contaria tudo com medo do que a Bella fosse pensar.
 - Foi isso mesmo que aconteceu Edward, ele machucou a Bella de propósito e se eu não tivesse chegado não sei o que teria acontecido.
 Fiquei calado por tanto tempo que ele me perguntou se estava tudo bem.
 _Sim, Jazz. Eu estou bem. - mas no fundo eu sabia que não estava nada bem, odiava vê-la vulnerável, sofrendo e tudo isso porá causa daquele miserável.
 Levantamos e fomos para o quarto em que ela estava, Alice estava ao lado da cama, mas a Bella ainda dormia.
 - Como ela está, meu amor? - perguntou Jasper beijando seus cabelos.
 - Carlisle teve aqui e disse que ela ficará bem.
 Fiquei olhando pra ela um tempo e senti um nó na garganta e meus olhos arderam, resolvi sair ante que me desmanchasse.
 - Eu vou falar com meu pai e já volto! - sai apressado e no caminho parei e respirei fundo.
 Encontrei meu pai em seu consultório e fui direto ao ponto.
- O que ela teve de verdade, pai?
- Nada de muito grave. Quadro de estresse e estafa metal. O corpo e a mente não agüentaram tantas preções e se defendeu, não se preocupe quando ela estiver preparada ela vai acordar. Ela vai sair dessa ela é forte.
Fiquei olhando para meu pai e falei sem perceber
_Eu a amo, pai!
Admitir que a amava para meu pai só serviu para confirmar o que eu já sabia e sentia todos esses anos, por isso fugi para não vê-la com outro e imaginar que poderia ser eu.
E agora ela estava livre, mas também estava vulnerável, frágil e machucada, tinha tomado a minha decisão iria reconquistá-la e teria que ter paciência, não iria correr o risco de perdê-la novamente, isso já era uma certeza, só faltava definir os meios que eu iria usar.

                                                                        Continua...

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