Capítulo 14
Notas do capítulo
Algumas meninas pediram um capítulo doce. o.O
Então ouçam a música. Combina. vídeo
Bella POV
Estiquei meus braços, uma preguiça de levantar,
mesmo sabendo que em pouco tempo eu estaria com Edward. Ultimamente passávamos
quase todas as horas dos finais de semana juntos. Mais grudados do que nunca.
Parte disso é porque não suportávamos mesmo ficar longe um do outro. Mas em
parte estávamos afoitos correndo atrás dos preparativos para o nosso casamento.
É isso mesmo... eu acabei aceitando a loucura dele e iríamos nos casar logo
após minha formatura que aconteceria em menos de um mês. Já tínhamos olhado
convites, buffet, igreja e meu vestido. Fazíamos tudo juntos, com exceção, é
claro, do vestido. Eu não acreditava muito nessa bobeira de que o noivo não
pode ver o vestido antes do grande dia. Pra mim não passava de superstição
boba, mas Edward preferiu assim. Rose e Tanya foram comigo e felizmente não
perdemos muito tempo. Tínhamos gostos bem parecidos e concordei imediatamente
com a opinião das duas.
Faltava apenas o mais importante: o apartamento.
Ainda não tínhamos encontrado um que Edward achasse adequado as minhas
necessidades. Todos os que tínhamos visto não tinham portas suficientemente largas
para mim, ou então não estavam no primeiro andar. Hoje iríamos ver o último e
caso não nos agradasse ficaríamos com um dos primeiros que vimos. Era bem
bonitinho e combinava conosco. As portas estreitas eram mero detalhe.
Estiquei meu braço e peguei o celular conferindo as
horas. Edward combinou que viria me buscar às oito. Ainda eram seis e quinze
então eu tinha um bom tempo. Poderia ficar aqui, sonhando com ele. Sorri e
suspirei. Depois da primeira vez que dormimos juntos repetimos a dose mais uma
vez, na casa dele mesmo. Vou dizer a verdade: eu estava cada vez mais admirada
com Edward. Nossas carícias, nossos beijos estavam cada vez mais ousados, mas
ele estava se segurando bem. Sinceramente não sei como ele conseguia se
segurar, porque eu já não estava mais conseguindo. Não era safadeza de minha
parte, mas Edward é lindo e meu corpo não ficava imune a isso. Entretanto ele
seguia firme em seu propósito de só fazer amor comigo depois que nos
casássemos. Minhas irmãs riam de mim. Rose costumava dizer que Edward iria me
dar problema em nossa lua de mel. E secretamente eu torcia para que sim.
Como se não bastasse tudo isso, ainda tinham os
preparativos para minha formatura. Uma correria para entrega de trabalhos, sem
contar que eu, como oradora, deveria preparar o discurso. Ou seja... eu estava
um caco. Cansada demais. Mas estar com Edward o dia inteiro já era motivo para
eu querer saltar da cama, quase me esquecendo que não ando sem as muletas e
correr para o banho.
Engraçado como realmente as vezes eu quase me
esquecia disso. Edward, apesar de todo cuidado comigo, nunca me tratou como uma
inválida qualquer. Principalmente quando estávamos a sós, eu me esquecia das
minhas limitações.
–Bom dia.
Tanya colocou o rosto para dentro do quarto após
dar uma leve batida na porta.
–Bom dia.
–Curtindo preguiça ainda? Daqui a pouco Edward está
chegando.
–Estava aqui pensando na vida.
Ela se sentou na cama ao meu lado.
–Coisas ótimas, eu espero.
–Sempre.
–E os exames? Quando vai buscar?
–Na terça.
Edward e eu fizemos o famoso exame pré-nupcial. Ele
apenas me levou e Tanya entrou comigo na clínica. Enquanto me aguardava ele foi
até outra clínica fazer os dele.
–Ótimo. Então agora desgrude dessa cama e vamos
tomar banho. E vamos escolher uma roupa bem quente. O dia está tão frio lá
fora... não tem noção.
–Já fez sua caminhada?
–Sim. Cheguei há uma meia hora. Milagrosamente a
Jess foi comigo hoje. Ai Bella.. as vezes eu me sinto tão... incompetente, sei
lá.
–Mas por quê?
–O que eu faço da vida? Nada. E nem tenho vontade
de fazer. Queria tanto ser modelo sabe? Mas parece que não sou boa o bastante.
–Deixe de ser boba. Você é linda. Só acho que você
deveria voltar a procurar fora. Em Port Angeles, Seattle. Forks é um ovo,
Tanya. Cidade atrasada.
–Talvez. Mas vamos lá. Não quero aborrecê-la com
meus problemas.
Tanya me ajudou no banho e logo depois a me vestir.
Estranhei quando ela pegou uma mochila no meu armário, já parecendo cheia.
–O que tem ai?
–Roupas. Mas acho que colocarei mais algumas blusas
de frio.
–mas pra que? Que mochila é essa?
–Sua.
Rolei os olhos.
–Eu sei que é minha. Eu quis dizer por que está
colocando roupas minhas numa mochila?
Ela sorriu.
–Edward pediu. Pelo jeito hoje vocês não voltam pra
casa.
Meu coração disparou e um sorriso brotou em meus
lábios sem que eu pudesse impedir. Pelo jeito iríamos passar o final de semana
na casa dele. A segunda e última vez que dormimos juntos foi há duas semanas.
Eu já estava sentindo falta.
–Safada... olha a cara dela.
–Deixa de bobagem Tanya. Sabe que nunca fizemos
nada. Só gosto de estar com ele.
–Bobinha, eu sei. E sinceramente não sei como
Edward está conseguindo. Ele te olha como se quisesse devorar você a qualquer
momento.
Senti meu rosto queimando mas não disse nada.
Apenas balancei a cabeça, algumas mechas do meu cabelo caindo em meu rosto.
–Bella... o Mike anda sumido não é? Reparou nisso?
–Desde o esfrega que Edward e Jake deram nele.
–Estranho. Mas deixe pra lá. Quer prender o cabelo?
–Acho melhor. Está frio e ele fica gelado em minhas
costas. Quer dizer... você disse que está frio.
–E está mesmo. Vamos lá na cozinha. Vou fazer um
café pra gente. Final de semana só você e eu acordamos cedo mesmo.
Segui Tanya até a cozinha e me sentei. Eu amo
Edward mais do que tudo nessa vida, mas sinceramente, eu irei sentir muita
falta da minha casa quando a gente se casar. Todos eram tão atenciosos e
carinhosos comigo. Claro que Edward também é, mas é bem diferente.
Rapidamente Tanya preparou o café e algumas
torradas. Tomamos o café enquanto conversávamos a respeito do Jasper. Ele já
não conseguia disfarçar seu interesse por Alice. Mas eu digo que ele estava
sendo frouxo demais. Não terminava com Maryah, sempre com medo do que ela
pudesse fazer. Às vezes dava vontade de dar uns tapas. Umas muletadas, como diz
o Jake. Maryah também deveria ter um pouco de dignidade. Estava estampado para
quem quisesse ver que Jasper não gostava dela.
Estávamos terminando o café quando ouvi a buzina.
Sorri e Tanya riu também.
–Você avisa a mamãe pra mim? De qualquer forma eu ligo
pra ela mais tarde avisando.
–Não se preocupe. Se eu disser que estará com
Edward ela nem falará nada.
–mesmo assim gosto de avisar.
Levantei-me e fui até a porta. Tanya correu até meu
quarto para buscar minha mochila. Quando abri a porta eu senti minhas pernas
mais bambas que o normal. Edward estava com os braços apoiados um de cada lado
no batente da porta e sorriu ao me ver. Usava uma calça jeans escuro e uma
camisa verde escuro também. Os cabelos estavam levemente úmidos, a barba feita,
ou seja... de tirar o fôlego como sempre. Às vezes meu cérebro demorava a
processar que eu tinha aquele homem inteiro pra mim.
–Bom dia.
Falei sorrindo e logo após responder ele segurou em
minha cintura, puxando-me para um beijo. Como sempre minhas mãos adquiriram vida
própria e voaram até seus cabelos, enroscando meus dedos neles. Só nos
afastamos quando ouvimos os passos de Tanya, mas ainda assim estávamos arfando
e com os lábios vermelhos. Os olhos dele estavam quentes, brilhantes.
–Bom dia Edward.
–Bom dia Tanya.
–Aqui está a mochila.
–Você não me disse nada sobre isso Edward.
–Era uma surpresa amor. Ficou chateada?
–Claro que não. Eu só não esperava por isso. Faz
tempo que passamos a noite juntos.
–Senti vontade de agradá-la.
–Hum... que amor.
Tanya interferiu entregando a mochila para Edward.
–Vão se divertir seus putinhos. Esqueçam do resto
do mundo. É a melhor coisa que fazem. Lembrem-se que daqui a poucos dias serão
respeitáveis senhor e senhora casados.
Edward sorriu largamente assim como eu.
–Não vejo a hora de isso acontecer.
Despedi-me de Tanya e segui até o carro com Edward
sempre ao meu lado. Era sempre assim. Mesmo eu estando com as muletas ele nunca
seguia à minha frente ou atrás de mim. Sempre ao meu lado.
Colocou a mochila no porta malas logo após ter
aberto a porta pra mim. Voltou-se e me ajudou a acomodar no banco.
–Não está muito cedo para irmos até uma
imobiliária?
–Claro que não. Oito horas em ponto.
–Eu ainda acho que deveríamos ficar com aquele que
você gostou.
–E as portas?
–Isso é o de menos, já disse. O problema seria só
quando eu quisesse descansar do aparelho e usar a cadeira de rodas. Mas eu não
faço isso sempre. E se fizer...tenho você pra me levar nos braços.
Falei brincando mas ele sorriu com gosto.
–E faço isso com o maior prazer. Adoro ter você em
meus braços.
Não respondi. Às vezes ele dizia certas coisas com
tanta intensidade que me deixava completamente sem graça. Eu gostaria muito de
retribuir a altura, mas era o jeito dele. Edward era intenso em tudo. Ninguém
jamais poderia ser comparado a ele.
–Ainda há algum convite a ser entregue Bella?
–Os meus já foram todos entregue.
–Eu coloquei os últimos no correio ontem. Alguns
primos. Minha mãe já tinha telefonado, mas eu achei elegante mandar o convite.
–Com certeza.
–Chegamos. Vamos começar nossa maratona.
[…]
Edward tinha mais paciência que eu. Agora eu tinha
certeza. Eu já não aguentava mais olhar portas, quartos e banheiros. Por fim
ele cismou de olhar até mesmo uma casa pequena. Mas como a expressão no meu
rosto não foi das melhores ele acabou desistindo. Quase quatro horas depois
finalmente saíamos com a chave do “nosso” novo apartamento. Não tinha as portas
tão mais largas quanto Edward queria, mas ainda assim era melhor do que os outros.
Um prédio pequeno de apenas quatro andares, com apenas um apartamento por
andar. Ótimo... eu não teria vizinhos de frente, nem de lado para poderem ficar
secando meu marido.
Somente quando Edward gargalhou eu percebi que meus
pensamentos foram altos demais.
–Você está me saindo uma ciumenta de mão cheia.
–Tenho que cuidar do que é meu.
–Deixe a parte do cuidar por minha conta ok?
Ele sempre dizia isso. Como se a obrigação fosse
apenas dele e não de nós dois.
–Quem ama cuida Edward. Já ouviu falar isso?
–Várias vezes. Isso quer dizer que me ama?
–Mas é um bobo mesmo. Como se existisse maneira de
não amar você.
De repente eu olhei pela janela notando que não
seguíamos com destino a casa dos pais dele.
–Vamos passar em algum lugar antes de irmos para a
casa dos seus pais?
–E quem disse que iremos para a casa dos meus pais?
–Mas...mas Tanya fez minha mochila... colocou
roupas. Pensei que quisesse ficar comigo.
–E quero. Mas não ficaremos na casa dos meus pais.
Quero um tempo sozinho com você.
–Edward! O que está aprontando?
–Nada. Ficaremos o fim de semana juntos longe de
toda e qualquer agitação. Será nossa despedida de solteiro.
–Não to acreditando nisso.
–Ah... deixa eu mimar você um pouco vai? Deixa de
ser chata.
–Mais mimada do que já sou? E não sou chata.
–Realmente não é chata. Mas eu quero fazer um
agrado pra você... pra nós dois aliás.
Seu sorriso era tão arteiro que desconfiei das suas
intenções. Algo me dizia que ele planejava me fazer agrados bem acima dos que
eu já estava acostumada.
–Diga o que está aprontando.
–Só vou dizer para onde iremos.
–Quase na saída de Port Angeles... há um lugar bem
tranquilo. Vários chalés...
Meu coração deu um solavanco estranho, forte,
disparou e voltou a bater mais acelerado. Fiquei olhando para o rosto tranquilo
dele, os lábios entreabertos, quase sem acreditar no que ouvia.
–Ficaremos juntos...num chalé... apenas você e eu?
–Eu e você já é muita gente. Deveríamos ser um só.
Céus... Edward iria acabar comigo. Derrubava
qualquer defesa, qualquer muralha que eu erguia, mesmo que inconsciente. Como
alguém tinha o poder de ser tão perfeito? E mais... como eu poderia dizer não a
ele?
–E então? O que me diz?
–Eu... acho que será incrível.
Ele segurou minha mão e levou aos lábios,
beijando-a.
–Eu já sabia disso. Mas antes de chegarmos lá vamos
parar em Port Angeles e almoçar. Vamos hibernar.
Eu ri ajeitando minha cabeça em seu ombro.
–Não acha melhor continuarmos? Parece que vai
chover forte.
–Vai, mas não agora.
–Tudo bem então senhor do tempo.
–Bella se eu fosse senhor do tempo com toda a
certeza a essa hora estaríamos casados, sentados na varanda da nossa casa,
fazendo qualquer coisa.
Estou dizendo... sempre me deixando sem palavras e
como se possível... mais apaixonada por ele. Em alguns momentos eu me pegava
pensando se isso era algo normal. O que eu sentia por ele as vezes chegava a
doer. Não era uma dor ruim, de sofrimento. Incrivelmente era uma dor gostosa,
nem sei explicar ao certo como é. Dor por querer algo demais, mesmo sabendo que
já é meu.
Vinte minutos depois parávamos num restaurante
pequeno, mas bastante acolhedor. Eu não estava com tanta fome por isso uma
salada e um salmão grelhado foram suficientes. Edward escolheu o mesmo que eu,
mas também quase não tocou na comida.
–Está preocupado com alguma coisa?
–Só com minha sanidade.
Ok. Talvez eu estivesse ficando lenta demais.
Confesso que não entendi o que ele quis dizer com isso. Logo após sairmos do
restaurante Edward passou em um supermercado. Disse que não iria se demorar e
eu poderia ficar no carro. Realmente não demorou. Voltou quinze minutos depois
com várias sacolas.
–Quanto tempo até lá?
–Menos de meia hora.
–Então vou aproveitar para dormir um pouquinho.
–Faça isso. Vai ficar a noite inteira acordada.
Ergui rapidamente a cabeça e o encarei.
–Sem pensamentos tolos. Vamos assistir filme, ouvir
música... coisas de casais bregas.
–Ei... eu não sou brega.
–Todo apaixonado é um pouco brega. Agora durma.
Recostei-me de novo em seu ombro e em pouco tempo
eu ressonava. Acordei com os lábios dele em meus cabelos.
–Chegamos princesa.
Forcei meus olhos olhando ao redor e sorri ao ver o
chalé. Eu não via melhor maneira de fechar meus dias de solteira.
Edward POV
Doido, maluco, apaixonado, obsessivo. Eu estava
pouco me importando com os adjetivos que minha família usava para se referir a
mim. Todo mundo ficou meio assustado quando disse que iria me casar com Bella
logo depois da formatura. Que se dane... eu não consigo mais viver longe dela e
ponto final.
Sei que às vezes isso é meio tenso mesmo. A falta
que eu sentia dela após me afastar por míseros quinze minutos chegava a me
assustar. E meu medo maior era de assustá-la também. Só faltava ela me achar um
maluco e querer fugir de mim. Não... isso não. Ela sabe que sou apenas um homem
apaixonado. Absurdamente, intensamente, malucamente apaixonado.
Somente algumas horas com ela não eram suficientes.
Eu precisava de mais, eu precisava de tudo. Depois de passarmos duas noites
inteiras juntos, posso dizer que a coisa piorou de vez. Eu praticamente sentia
seu cheiro a noite inteira. Sentia sua pele na minha. Meu Deus... eu estava
ficando louco.
A única saída que encontrei foi levá-la para um
chalé. Precisava ficar a sós com ele, sem ninguém perturbando, sem família...
só nós dois. Nem mesmo o som do vento.
Enquanto dirigia até lá Bella dormia com a cabeça
em meu ombro. Nem se mexeu quando parei o carro apenas para olhar pra ela.
Sim... eu estava mesmo virando um maluco obsessivo.
Mas eu não estava nem ai. Só não dizia que a amava
vinte e quatro horas por dia porque ai sim, ela iria me chutar porta afora. E
eu iria morrer, sem dúvida alguma.
Passei uma noite quase em claro revirando o Google
a procura de um lugar legal para levá-la. A previsão de muita chuva e frio no
final de semana me levou a decidir pelo chalé.
Conferi tudo antes de sairmos, inclusive o presente
que comprei pra ela.
Estacionei o carro e beijei seus cabelos.
–Chegamos princesa.
Ela abriu os olhos feito uma gata preguiçosa e
olhou ao redor. Arregalou os olhos ao olhar o chalé.
–Que coisa mais linda Edward... parece... de contos
de fada.
–Então está tudo certo. Só falta a princesa beijar
o sapo para que ele se transforme.
Ela se virou, balançando a cabeça negativamente mas
me enlaçou o pescoço, oferecendo os lábios que logo tratei de aceitar.
Adorava a forma como nossos lábios se moldavam
perfeitamente, quase em sintonia. E quando eu começava a beijá-la... era
difícil parar.
–Quietinha ai.
Sai do carro, dei a volta e abri a porta pra ela.
–Pegue a chave no porta luvas, por favor.
Assim que estava com ela em mãos eu peguei Bella no
colo.
–São só alguns degraus Edward.
–Nem pensei neles. Só pensei que é assim que devo
entrar com minha futura esposa.
Olhei em seu rosto sorridente, olhando para o
chalé. Dei sorte de não ser um bagulho. Geralmente eu não confiava muito nesses
imóveis pela internet, mas tive que arriscar. Bella se inclinou para frente e
destrancou a porta. Seu olhar caloroso se encontrou com o meu quando olhou o
interior do chalé. Era até bem romântico. Tudo que eu precisava agora.
–Estou dizendo que você fica mimando demais. Desse
jeito não vou querer ir embora.
–Seria ótimo pra mim.
Coloquei-a sentada no sofá em frente a lareira e
voltei ao carro para pegar nossas coisas. Tive que me apressar. Bastou colocar
o pé pra fora e uma chuva fraca começou a cair. Por via das dúvidas peguei as
muletas também, embora eu não tivesse intenção alguma de deixá-la andando por ali.
–Chegamos bem na hora hein?
–Eu disse que ia chover.
Guardei tudo e depois me ajoelhei a frente dela.
–Quer tirar o aparelho? Descansar um pouco a perna?
–Estava justamente pensando nisso.
–Deixe comigo então.
Rapidamente retirei o aparelho, afinal eu já estava
acostumado.
–Está bem frio aqui.
–Sim. Eu vou acender a lareira e depois poderíamos
tomar um banho. O que você acha?
–Juntos?
Ela perguntou com os olhos arregalados.
–Pode parar com pensamentos libidinosos. Não vamos
ficar nus, ou irei precisar de um psiquiatra. Vou ficar maluco, eu sei.
–Bobo. E vamos tomar banho de roupa? É isso?
–Eu uso uma sunga e você coloca um biquíni.
–Biquíni?
–Eu pedi a Tanya para que colocasse um ai.
–Você é incrível Edward... pensou em tudo não é?
–Quase tudo. Vamos lá...só vou acender isso aqui.
Como sempre fazíamos, eu me afastei enquanto Bella
se despia para em seguida vestir o biquíni. Vou admitir que sou meio canalha.
Não olhei, é claro. Mas a imagem vinha com uma nitidez impressionante em minha
mente.
Quando ela terminou eu tirei minha roupa e fiquei
apenas com a sunga. É... não ia ser fácil. Seria melhor Bella parar de me olhar
daquele jeito.
Fui até a banheira e abri a torneira, despejando
alguns sais dentro dela.
–Venha...
Me aproximei e cuidadosamente eu tirei sua toalha.
Nem tinha percebido que minha respiração estava suspensa. Só me dei conta
quando eu arfei ao ver o biquíni azul... minúsculo. Tanya fez de caso pensando.
Tenho certeza disso.
Tentei disfarçar e a beijei rapidamente, pegando-a
no colo em seguida.
–Cuidado para não escorregar.
–Deixe de ser medrosa Bella.
Eu me sentei na banheira e depois ajeitei-a em meu
colo, meio de lado para que eu tivesse acesso aos seus lábios, que
imediatamente se encontraram com os meus. Comecei a pensar nesse mesmo instante
se eu fiz a coisa certa ao querer esse banho. Meu sangue ferveu e meu coração
disparou no momento em que a beijei. Forcei minha língua para dentro de sua
boca, sendo acolhido rapidamente. Bella gemeu baixo e se agarrou quase com fúria
em meus cabelos. Parecia que estávamos separados há anos e agora finalmente nos
encontrávamos, tamanho desespero com que nos beijávamos.
Não havia jeito de disfarçar a atração, o desejo
que ameaçava explodir entre nós. Meu corpo pulsava sob o de Bella e ela descia
a mão pelo meu peito, apertando com a ponta dos dedos. Eu me afastei um pouco,
os olhos quase se fechando pelo desejo que já tomava cada célula do meu corpo.
–Eu te quero Edward.
–Droga... eu também quero você. Mas... não posso.
Eu preciso...
Bella não me deixou falar. Devorou minha boca
novamente e girou um pouco o corpo sobre o meu. Apertei meus braços com firmeza
a sua volta, arfando em sua boca ao sentir seu peito colado ao meu.
–Vamos parar, por favor.
–Edward...
–Eu serei forte Bella... vamos falar de outras
coisas.
Ela se afastou e cruzou os braços em frente ao
peito.
–Tudo bem então. Mas você sabia que isso acabaria
acontecendo.
Pior que ela tinha razão.
Ajeitei seu corpo, dessa vez deixando-a de costas
pra mim e a abracei. Coloquei meu rosto em seu pescoço.
–Eu te amo. Só não se esqueça disso.
Ela sorriu.
–Esta ai uma coisa que nunca me esquecerei.
Felizmente a água morna ajudou a acalmar nossos
ânimos... pelo menos por enquanto.
[…]
A temperatura caiu vertiginosamente e eu estava
adorando isso. Bella estava sentada na cama, as pernas sob os cobertores, vendo
um filme enquanto eu remexia no réchaud.
–Não sabia que gostava disso.
–Quer coisa melhor que um fondue e vinho num frio
desses?
–Mas você não está com frio. Está até sem camisa.
–Você me deixa quente, Bella. Essa é a verdade. E
eu sei que lá fora tá frio.
Realmente dentro do chalé estava um calor
agradável. Tanto que eu estava sem camisa e Bella apenas com camiseta e short.
Ela estendeu a taça para mim novamente e a enchi
com vinho tinto.
–Não vai ficar bêbada e me deixar sozinho hein?
–JA estou acostumada ouviu? E nem bebi tanto assim.
Empurrei a mesinha até a beirada da cama e me
sentei perto de Bella.
–Hum... mas o cheiro tá muito bom. Adoro cheiro de
chocolate.
Ela pegou o espeto, passou pelo chocolate e
assoprou levemente.
–Aqui está princesa... seu manjar: morangos, uvas,
queijo...
–E Edward.
Dizendo isso ela passou o espeto em meu peito, se
inclinou para frente e passou a língua. O gemido alto definitivamente não
estava nos meus planos. Mas foi inevitável ao sentir a língua úmida em minha
pele.
–Tão bom...
Reunindo toda força eu fechei meus olhos e voltei a
abri-los.
–Irei ignorar a provocação... pelo seu bem.
Espetei um morango, passei pela calda e levei à
boca de Bella. Não sei se foi a provocação de minutos atrás ou se aquela imagem
era realmente sexy demais. Os lábios carnudos abrindo-se e mordendo o morango,
a língua passando suavemente pelos lábios e limpando o chocolate. Observei tudo
hipnotizado, sem perceber que o chocolate escorria pela minha mão.
Eu só sentia que respirava com dificuldade, o peito
subindo e descendo rápido demais. E isso só piorou quando ela retirou o espeto
da minha mão e levou meu dedo sujo de chocolate à boca.
Não pensava em mais nada, a única coisa que sentia
era o prazer de ver meus dedos sugados pela boca pequena e quente.
Completamente fora de mim, e arriscando até mesmo machucá-la eu segurei sua
cintura e puxei seu corpo para baixo deixando-a deitada na cama. Subi deixando
pernas e braços ao lado do seu corpo. Apoiava-me em minha mãos para não pesar
sobre ela. Olhei em seus olhos e então me vi envolvido em seu calor, em seu
desejo mais profundo, tão intenso como o meu de ir mais além.
–Eu quero tudo com você. Tudo que você imaginar...
tudo o que nem eu mesmo imaginei.
–Eu também quero Edward... de você e com você eu
quero tudo.
Quero amar você
De todas as maneiras
Que eu puder viver você
Por todos os caminhos
Que eu puder sentir você
Em todos os sentidos do prazer
Fechei meus olhos enquanto aproximava meu rosto e
tomava seus lábios. Eu juro... queria beijá-la com todo amor que eu sentia. Mas
parecia que nosso corpo era um fio desencapado. Assim que nossas línguas se
encontraram o desejo explodiu novamente. Bella se agarrou ao meu pescoço como
se tivesse medo que eu me afastasse. Mas milagrosamente eu não me afastei.
Apertei sua cintura enquanto enfiava minha língua mais profundamente em sua
boca.
Sua mão pequena deslizou pelo meu corpo, empurrando
meus quadris de encontro a ela. Já sem nenhum controle sobre mim mesmo, eu me
remexi sobre ela, roçando nossas intimidades.
Nossos gemidos aumentavam de intensidade assim como
a fricção de nossos corpos. Bella agarrou meus cabelos, afastando minha cabeça
para olhar em meus olhos.
–Eu te amo. Eu quero você Edward... por favor...
Sua boca desceu faminta pelo meu pescoço até chegar
ao meu peito, beijando e mordendo, deixando-me completamente mole, sem forças.
Eu me deixava levar pelo toque suave e possessivo das suas mãos, pelo cheiro e
pelo sabor da sua pele.
Subi uma das mãos e envolvi seu seio, baixando a
camiseta em seguida. Não sei o que me incentivou ir mais além: seu gemido, sua
maciez, seu tremor sob minha mão... ou tudo ao mesmo tempo.
Ah... que fel
Mamão com mel
E eu nem preciso asas pra voar
Melhor é bem difícil de sonhar
Afastei-me um pouco e pude admirá-la pela primeira
vez. Não conseguia desviar meu olhar... a beleza de Bella me deixava
completamente sem rumo. Passei os dedos delicadamente pelo seu seio, sentindo-o
se excitar e fazer com que meu corpo também fervesse, pulsasse mais fortemente.
E como um servo diante de sua rainha eu me inclinei novamente até sentir o
gosto de sua pele. Eu gemi alto demais, juntamente com Bella. Minha mão grande
demais para a cintura delgada sentiu necessidade de apertá-la e puxá-la mais
para perto de mim enquanto minha boca tomava seu seio. Seus dedos acariciaram
meus cabelos mais suavemente e eu tive certeza que ela simplesmente não
encontrava mais forças para me apertar tanto.
–Eu quero ser sua... me faça sua mulher...
Subi minha boca, deixando beijos em sua pele até
encontrar seu olhar.
–Eu farei Bella. Eu farei de você a minha mulher.
Estiquei minha mão e peguei a caixa que deixei ao
lado do réchaud e Bella nem percebeu.
–O que...
Retirei o cordão de dentro dela e passando a mão atrás
do seu pescoço eu o prendi. Vi seu olhar brilhar ao olhar para baixo e ver o
símbolo do infinito brilhando em seu colo.
Não sei se era o amor demais que sentia por ela que
me levava a agir assim. A única coisa que eu sabia é que com ela tinha que ser
perfeito. Meu corpo ainda trêmulo e pulsando não negava meu desejo. Entretanto
não sei de onde veio essa força, mas eu apenas deitei mais um pouco meu corpo
sobre o dela e a envolvi completamente em meus braços, sussurrando em seu
ouvido.
–Eu terei o maior prazer em fazê-la minha mulher...
literalmente. Mas depois que nos casarmos.
Amar, viver, sentir a vida com você
Amar, sentir você... mas que prazer
3 comentários:
aguardando novos capitulos.
bjs ta linda essa finc..
OMG! Não acredito que encontrei essa fic O.O Quando terá mais capitulos? A Elly terminou ela? Quanta saudades eu sinto dessa fic ):
oi! to passando aqui para saber se a finc terá continuação, pois já tem meses que não há progresso da mesma. obrigado espero esclarecimento....
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