Capítulo 13
Edward POV
Eu me
perguntava até quando iria posar de bom moço. Até quando iria manter a “classe”
e não partir logo para a porrada como minha raiva ordenava. Raiva
principalmente daqueles dois seres horrorosos que se achavam no direito de se
enfiar na vida das pessoas, como se fossem os donos do mundo.
Por que as
pessoas simplesmente não cuidavam da própria vida e deixava a dos outros em
paz? Será que tinham uma vida tão medíocre e desprovida de emoções que
precisavam tentar atrapalhar a dos outros para poderem ser felizes? Acho que
algumas pessoas são assim. Não conseguem ser felizes e só ficam bem quando os
outros também não estão.
Estou
falando obviamente de Mike e Lauren. Tinha a tal Victória, mas ela ainda não me
deu motivos para direcionar meu ódio a ela.
O episódio
de Lauren em meu consultório eu fazia questão de esquecer. Estava bem claro pra
mim que sua intenção era unicamente atingir Bella. Lógico que se de quebra eu
tivesse um caso com ela seria bem melhor, pelo menos na cabeça perturbada dela.
Entretanto
quem realmente me enfurecia era Mike. Na verdade eu cheguei a pensar que ele
tivesse empurrado Bella da escada. Mas ele não chegou a tanto. Só irritou Bella
o bastante para que ela se distraísse e acabasse caindo da escada. Portanto ele
era culpado da mesma forma.
Como se
não bastasse isso ele ainda insinuou que eu tive um caso com Jéssica. Só
poderia rir. Como se eu tivesse sequer olhado para outra mulher desde que
conheci Bella.
Pelo menos
isso foi um incentivo para que Bella contasse toda a verdade a Jéssica. Acho
que ela merecia saber.
Eu não
sabia o que se passava com essas pessoas: era inveja? Raiva? Ou apenas o
maldito preconceito? Por que aquelas garotas estúpidas se achavam melhores do
que Bella? Só por que conseguiam andar com as próprias pernas? Ridículas. Eu
ficava bem satisfeito por andar com Bella em meus braços.
Entretanto
eu não me deixei desanimar com tudo isso, afinal eu prometi que não a deixaria
“cair” nunca não é? Por isso insisti em nossa pequena comemoração com os
amigos. Na boa, eu não queria aprontar nada. Mas vi a chance de deixar meu
recadinho quando vi Mike no pub. Felizmente eu contava com um aliado: Jake.
Ele estava
tão puto quanto eu, louco para se vingar. Há nossa hora surgiu quando vimos
Mike se encaminhando para a saída. Inventamos a desculpa mais esfarrapada do
mundo: iríamos ao banheiro. Obviamente Bella não acreditou, mas também não
tentou nos impedir.
Saímos
apressadamente atrás de Mike e já do lado de fora do pub, ao nos ver ele
apressou o passo. Jake correu e se colocou à frente dele.
–Está indo
para algum lugar?
–O que
quer?
Eu falei
me aproximando.
–Ora... Quanta
falta de educação. Nem foi à nossa mesa nos cumprimentar. Nem foi felicitar a
mim e a Bella pelo nosso noivado.
–Você é um
estúpido Cullen. Acha mesmo que irá conseguir viver eternamente ao lado de uma
inválida?
Eu o
empurrei, as duas mãos em seu peito e seu corpo foi de encontro ao do Jake.
–Oba...
ping pong.... adoro. Agora repete o que falou seu viado.
Jake o
jogou de volta pra mim e seu corpo desequilibrado veio tropeçando até trombar
em meu peito, bem mais forte que o dele.
–Repete o
que falou, franga.
–Dois
contra um é covardia.
Eu ri alto
e o empurrei de volta ao Jake. Seu olhar começava a ficar assustado e ele
visivelmente suava.
–E
encurralar alguém portadora de necessidades como Bella é o que hein?
Seu corpo
rodopiou antes de chegar a Jake que se aproveitou da posição e lhe enfiou o pé
na bunda. Tropeçando novamente ele caiu de joelhos aos meus pés.
–Eu vou
gritar. Vou chamar os seguranças.
–Não vai
precisar tanto seu frouxo. Eu não vou arrebentar sua cara como você merece.
Puxei-o
pela camisa e joguei de volta ao Jake. Ficamos nessa, jogando-o de um lado a
outro enquanto falávamos. O medo estava estampado em seu rosto.
–Fique
longe da minha amiga seu animal. Eu só não te arrebentei antes por causa dela e
da Jéssica.
–E avise a
sua amiguinha Lauren também. Eu não estou pra brincadeira Mike.
Vociferei
jogando-o para o Jake. Ele se agarrou a camisa dele quando caiu aos seus pés,
quase rasgando-a. Furioso, Jake o empurrou com tanta força, mas não em minha
direção e sim em direção à parede. Suas costas bateram com um baque surdo e eu
fui até ele. Peguei-o pela camisa novamente e ele tentou segurar em meus
cabelos. Desviei-me e joguei-o sobre uma montanha de sacos de lixo que estavam
a um canto. Jake e eu nos aproximamos e eu apertei seu pescoço.
–Eu
poderia muito bem quebrar você inteiro agora. Jake ficaria só olhando. Mas eu
quero ver você inteiro. Eu quero que você esteja em boas condições, se é que
isso é possível, visto que você é doente. Quero que você me veja casando com
Bella. Quero que você a veja feliz. Um dia, apesar do seu preconceito... você
verá o que perdeu. Pessoas da sua laia tem seu castigo, mais cedo ou mais
tarde. Escreva o que estou dizendo: você ainda irá sofrer na pele tudo o que
Bella já sofreu. Só que você irá sofrer ainda mais, sabe por quê?
Ele apenas
arfava e olhava de mim para Jake, com medo que um de nós perdesse a calma e o
arrebentasse de vez.
–Porque
Bella tem amigos e alguém que a ama demais. E você nunca terá isso Mike. Quem
não oferece coisas boas também não recebe. É a lei da vida.
Forcei
minhas mãos contra ele, empurrando-o ainda mais contra o lixo.
–Está
avisado. Fique longe da Bella.
Jake riu
olhando para a cara de borra botas dele.
–Vai ficar
com um perfume gostoso.
–Vamos
Jake. Minha mulher me espera.
Nós rimos
enquanto nos afastávamos. Claro que eu queria ter batido... batido muito quando
me lembrei de Bella e da dor que ela deve ter sentido quando rolou as escadas.
–Acha que
ele toma jeito?
–Duvido.
Mas eu queria apenas dar um aviso. Porque se ele aprontar de novo Jake... eu
não vou dar tempo para que ele diga: pare.
–Maldito.
Ódio que tenho desse cara.
–Mas vamos
curtir a noite não é? Pelo menos ele se assustou um pouco.
–E como.
Deve ter se mijado todo.
Gargalhamos
de novo enquanto voltávamos para o pub.
–Arrume
sua roupa... está um molambo.
–E você
arrume esse cabelo. Bella vai achar que estávamos nos pegando.
–Sai fora.
Ajeitei
meus cabelos e Jake arrumou a camisa enquanto nos aproximávamos da mesa. O
olhar de Bella sobre nós foi apenas uma forma de dizer: nem tente me enganar.
–Adianta
se eu perguntar por que demoraram?
Sorri.
Como se ela não soubesse!
–Não.
–Você
nunca esconde nada de mim.
–E não
mesmo. Mas outra hora falaremos sobre isso.
Peguei-a
no colo e Bella me abraçou.
–Sei que
está só cuidando de mim.
Falou
baixinho. Eu a encarei... não sei bem, mas sentia algo no ar.
–Eu queria
te dizer uma coisa.
Engraçado
como são as coisas. Ha poucos minutos eu enfrentava um homem com fúria,
defendendo a minha mulher. Não temia nada e não era porque Jake estava comigo.
Eu jamais bateria em um homem em desigualdade de condições. Eu simplesmente
sabia ser forte por Bella. Mas agora... ouvindo o que ela me dizia... nunca me
senti tão frágil em toda minha vida. Nunca esperei ouvir de Bella tudo o que
ela me dizia agora. Ela não precisava nem ao menos me dizer claramente um eu te
amo, embora já tenha dito várias vezes. As palavras dela tocavam fundo e se eu
tinha alguma dúvida de que algum dia poderia amá-la ainda mais... essa
incerteza acabou.
Como
alguém que já sofreu tanto e ainda iria sofrer, porque eu não poderia evitar
sempre, conseguia ser tão forte? Tão senhora de si mesma? Aquele homem bravo de
instantes atrás agora não passava de um garotinho entregue às lágrimas, com o
coração disparado. Eu precisava sair dali... precisava estar a sós com ela e
estreitá-la em meus braços. Nada mais era suficiente pra mim. Eu queria
mostrá-la a todo instante o quanto eu amava e como adorava cuidar dela. Mas o
que mais eu poderia fazer? Minha mente já não conseguia pensar nada que
estivesse à altura dela.
Uma coisa
era certa: se eu não me casasse com Bella rápido... eu iria enlouquecer. Era
como se ela fosse um órgão vital do meu corpo. Sem ela eu não conseguia viver.
Simplesmente isso.
Não
falamos nada para nossos amigos. Apenas deixei o dinheiro sobre a mesa, sem nem
ter ideia de quanto coloquei ali. Eu acertaria com o Jake depois. Peguei Bella
no colo e saímos.
Já dentro
do carro, eu nem sabia o que dizer. Meus olhos ardiam pelas lágrimas recentes.
E eu nem tinha palavras! Dizer o que? Que ela me desarmou completamente?
–Pra onde
estamos indo?
Dei de
ombros e passei a manga da camisa nos olhos.
–Não sei.
Qualquer lugar. Eu só precisava ficar a sós com você. Preciso te abraçar, te
beijar... te amar. Ah... eu já nem sei mais o que faço.
–Está
falando na questão... sexual? Está muito difícil pra você?
–Também,
mas não é só isso. Vai muito além do sexo, Bella. Eu simplesmente não consigo
ficar longe de você. É uma coisa meio louca porque vamos nos casar, eu quero
fazer as coisas certas, mas está ficando impossível. É como se me faltasse ar
quando estou longe de você.
–Você sabe
que não é diferente pra mim. Eu também me sinto assim.
Parei o
carro sem nem perceber que estávamos próximos à La Push. Travei as portas e
passei meu corpo sobre a marcha, sentando-me ao lado dela no banco. Obviamente
ficamos espremidos ali e era isso mesmo que eu queria. Girei um pouco de lado e
abraçando seu corpo, fiz o mesmo com ela. Seus braços me envolveram e nossos
lábios se encontraram no mesmo instante. Mordisquei seus lábios e depois passei
a língua neles antes de pedir espaço em sua boca. Bella aumentou seu aperto em
mim quando nossas línguas se enroscaram, se acariciaram. Subi uma das mãos até
seus cabelos, erguendo-os um pouco e acariciando sua cabeça com a ponta dos
dedos. Bella passou a mão pelas minhas costas e passou sob a camisa, deslizando
as unhas em minha pele. Eu suspirei em sua boca, sentindo meu corpo arrepiado
assim como o de Bella.
–Edward...
Ela gemeu
quando deslizei a boca pelo seu pescoço, beijando e mordendo.
–Eu te
quero tanto.
Afastei-me
para olhar em seu rosto. Eu via desejo em seus olhos, em seus lábios
entreabertos. Minha situação não era melhor do que a dela. Mas eu tinha que ser
forte, caramba!
–Não faça
assim comigo Bella.
–Eu não
tenho culpa se desejo você.
–Mas tem
culpa por me dizer.
–Desculpe.
–Não tem
desculpa. Isso é muito feio, mocinha.
Ela riu e
me beijou. Era apenas uma tentativa estúpida de desviar minha atenção de
pensamentos nada adequados.
–Amo você
Edward.
–Eu também
te amo. Case-se comigo.
–Mas eu já
aceitei. Está louco?
–Eu quis
dizer amanhã.
Ela riu
alto balançando a cabeça. Meu Deus... eu perdia o fôlego somente com esse
gesto. Será que era possível morrer de amor? Porque eu estava bem perto disso.
–Você é
louco.
–Não sei
se sou, mas estou próximo.
Bella
ficou me olhando, com aqueles olhos que eu amava e depois tocou meu rosto.
–Você quer
experimentar como é cuidar de uma pessoa deficiente?
–como
assim?
–Hum...
será que seus pais iriam ficar chateados... se eu dormisse lá hoje?
Minha
respiração ficou suspensa por uns segundos. Eu estava entendendo bem?
–Está
querendo me dizer... que quer dormir... em minha casa? É isso?
–Será
muito ruim pra você?
–Eu não
posso dizer que será ruim, já que estarei com você. Será... um desafio.
–Isso é um
sim?
–Isso é um
com certeza.
Falei
antes de beijá-la. Desafio era pouco para o que eu iria passar essa noite.
***********
Eu tentava
segurar meu riso vendo a expressão envergonhada de Bella. Com certeza ela não
estava assim por causa da presença da minha mãe em meu quarto e sim pelo que
ela poderia estar pensando a respeito de nós dois.
Ela já
tinha ligado para Renné e dito que iria dormir em minha casa. Obviamente ela
não foi contra. Sem querer me gabar, todos sabiam que eu cuidaria bem de Bella.
–Tem
certeza que não precisa da minha ajuda?
–Obrigada
Esme. Mas acho que Edward vai precisar treinar.
–E ele nem
está adorando isso não é? Bom... vou deixá-los porque Carlisle está me
esperando.
Deu um
beijo na testa de Bella.
–Boa noite
querida. Durma bem.
–Boa noite
Esme.
Deu-me um
beijo também, bagunçando meus cabelos.
–Durma bem
filho.
–Boa noite
mãe.
Bella
tomou um banho assim que chegamos. Eu a ajudei, claro, como já tinha feito uma
vez. Envolvi seu gesso num plástico e coloquei a mesma cadeira sob a ducha.
Enquanto ela se lavava eu tomei meu banho no quarto de hóspedes e vesti meu
calção de pijama e uma camiseta. Agora Bella estava apenas com o roupão.
–Tenho uma
coisa pra te dar.
Falei
enquanto remexia em meu armário e pegava uma sacola dourada.
–O que é
isso?
–Abra.
Bella
abriu a sacola, colocou a mão lá dentro e retirou à fina e longa camisola
preta. Ela me olhou divertida admirando a bela peça.
–Já tinha
tudo planejado?
–Hei...
você que se ofereceu para me fazer companhia. Claro que adorei. Mas
sinceramente...
Sentei-me
ao seu lado e segurei sua mão.
–Eu sempre
sonhei com o dia em que você viria passar a noite comigo. Então eu a vi numa
vitrine e comprei. A vendedora disse que é bastante confortável.
–Ah...a
vendedora disse? Espero que ela não tenha experimentado para você ver.
–Ciúmes?
–E não era
para estar?
–Claro que
não. Porque se ela tivesse experimentado eu não teria comprado, afinal você é
muito mais bonita que ela.
–Se eu sou
mais bonita quer dizer que ela também era bonita.
Rolei meus
olhos e me deitei, os braços atrás da cabeça.
–É bom
saber que você sente ciúmes... assim para de me enrolar e se casa logo comigo.
–Mas eu
aceitei me casar. Não tenho culpa se vamos esperar nossa casa ficar pronta.
Posso vesti-la agora?
–Sim. Vou
esperar lá fora.
Enquanto
esperava uma ideia muito maluca me passou pela cabeça. Aliás maluca nada. Tanta
gente fazia isso, por que eu não poderia fazer? Felizmente eu nunca fui
esbanjador e tinha um bom dinheiro guardado. Nada que fosse me fazer falta.
Voltei ao
quarto assim que ela me chamou e fiquei parado à sua frente, uma coisa estranha
remexendo em meu estômago ao ver a camisola ajustada perfeitamente ao seu
corpo. Desviei meu olhar do seu decote e me sentei na cama.
–Está
linda.
–Obrigada.
–Voltando
ao assunto casamento...
–O que
tem?
– E se tivéssemos
já um lugar onde morar?
Ela
sorriu.
–Já
estaríamos casados.
–E se eu
alugasse algo pra gente?
–Como?
–Ah sei
lá... um apartamento, um flat, qualquer coisa pequena e já mobiliada. A gente
se casaria, moraria lá enquanto nossa casa não estivesse pronta... e você
acabaria de vez com minha loucura.
–Você não
está falando sério!
Eu me
levantei e me ajoelhei à frente dela.
–Estou
falando sim. Olhe... daqui a dois meses você se forma... então a gente se casa.
Quando nossa casa estiver pronta à gente se muda.
–Edward...
mas...já está gastando dinheiro para construir e ainda vai pagar um aluguel?
–Que se
dane o dinheiro. Tudo o que me importa é ficar com você.
–Meu
Deus... isso é loucura.
–Loucura é
não te ver todo dia. É não ouvir sua voz, sentir seu cheiro. Diz que sim vai?
Ela ficou
em silêncio, me olhando, como se tentasse acreditar que aquilo tudo que eu
dizia era verdade.... ou se não era realmente muito louco. Mas não dizem que
sempre há um pouco de loucura no amor? Então... essa era minha justificativa.
–O que as
pessoas vão dizer?
–Estou me
fodendo para o que as pessoas vão dizer. Eu só quero a sua resposta: Aceita se
casar comigo logo, imediatamente após sua formatura?
Ela sorriu
lindamente.
–Aceito.
Eu sou um
idiota mesmo. Tive vontade de sair com os braços pra cima, vibrando feito um
jogador que acabara de marcar um gol em final de copa do mundo. Nem acreditava.
Em dois meses estaria casado!
–Você
acaba de tirar uma alma do purgatório.
Segurei
seu rosto em minhas mãos e a beijei, passando minha língua em seu lábio
inferior antes de me enroscar na dela. Seu gosto era tão bom que só fazia
aumentar minha vontade de beijá-la o resto da noite. Às vezes ela mordia
levemente e repuxava meus lábios com seus dentes provocando arrepios em meu
corpo.
–Não vai
voltar atrás não é?
–Nunca.
Levantei-me
e pegando-a com delicadeza coloquei-a deitada na cama. Em seguida tranquei a
porta e apaguei a luz, deixando apenas a luminária acesa. Deitei-me ao seu
lado, puxando o edredom sobre nós e me virei de lado na cama e de frente pra
ela. Segurei em sua cintura e puxei-a para mais perto.
–O pé está
legal?
–Sim. Não
doí.
–Nem
acredito que você está aqui comigo.
–Nem eu. É
tão bom ficar com o corpo colado no seu, sentindo seu cheiro gostoso.
Sua mão
enfiou-se sob minha camisa, raspando suas unhas em minha barriga. Não consegui
segurar um gemido e fechei meus olhos fortemente.
–Bella...
Segurou na
ponta da camisa e começou a subi-la fazendo minha respiração disparar feito
flecha. Quase sem perceber eu a ajudei a me livrar da peça, jogando-a a um
canto qualquer.
Gemi
novamente quando seus lábios entreabertos roçaram meu peito, depositando beijos
em minha pele. A boca quente e ao mesmo tempo úmida, chupava, lambia e mordia
meu corpo acendendo-me imediatamente. Primeiramente eu fiquei estático,
ofegante, sem acreditar que Bella havia tomado à iniciativa. Mas eu sai do meu
estado catatônico quando ela mordeu meu mamilo provocando reações nada castas
em meu corpo. Praguejei baixinho e segurei em sua cintura, apertando-a ainda
mais junto ao meu corpo. Desci minha mão encontrando a anatomia perfeitamente
redonda e empinada logo abaixo da cintura. Meu pelos eriçaram-se ao ouvi-la
gemendo com a boca ainda colada em meu peito.
Já não era
possível mais disfarçar o fogo que se alastrava pelo nosso corpo, tanto que
roçávamos um no outro, buscando uma forma de aliviar o desejo que a cada toque
se tornava mais intenso e urgente. Deixei uma das mãos em seus quadris e Bella
fez o mesmo comigo. Eu a puxava contra mim e ela também me puxava contra ela,
nosso sexo colado numa carícia luxuriante. Subi a outra mão e ao fechá-la sobre
seu monte macio e farto Bella devorou minha boca. Deixei minha língua percorrer
sua boca, esquivando-se da dela. Queria percorrer cada canto, sentir seu sabor
que já estava me deixando alucinado.
Eu tremia
e sentia o corpo de Bella igualmente trêmulo. O calor se alastrava cada vez
mais e chutei o edredom, passando as mãos pelo corpo dela, meu olhar
acompanhando o percurso, quase ensandecido.
Eu tentava
parar ou pelo menos me controlar, mas uma força ainda maior dominava meu corpo.
Essa mesma força que me fez descer a alça fina da camisola e segurar seu seio
novamente dessa vez desnudo. Evitei olhar pois sabia que se fizesse isso... eu
não sei onde iria parar. Eu tinha que ser forte... eu iria resistir. Mas
percebi que eu poderia perder quando apertei levemente seu mamilo e em resposta
Bella escorregou a mão pelo meu corpo e me tocou onde meu corpo mais gritava
por ela. Aprofundei ainda mais nosso beijo, de forma quase violenta, mas nem
assim segurei outros gemidos. Bella também não se segurava e gemia contra minha
boca, apertando-me cada vez mais.
Sem
esquecer meus cuidados eu segurei em sua cintura delicada e girei-a na cama, deitando-a
de costas e me coloquei sobre ela, apoiando-me nos cotovelos para não pesar
sobre ela. Continuei beijando-a e acariciando seu seio. A outra mão subia sua
camisola, alisando sua coxa macia. E Bella... ah... Bella me levando a loucura.
Segurou com força em minhas nádegas, forçando minha ereção contra seu sexo.
–Eu te
quero Edward... te quero agora.
Foi como
um estalo em meu cérebro. Que merda eu estava pensando? Eu prometi, não é?
Afastei-me imediatamente e me deitei de costas, ambos arfando e Bella me
olhando sem entender.
–Não... eu
disse que não seria assim.
–Você
também me quer Edward.
–Não com
vários quartos ocupados ao lado. E somente quando minha aliança estiver em sua
mão esquerda.
–Seu
chato.
Eu a olhei
de lado, sorrindo levemente.
–Eu não
sabia que me desejava tanto assim.
–Pois
agora sabe.
–E estou
me sentindo poderoso por isso.
–Você
sempre soube disso. Eu só... tentava me conter, mas...
–Assim
como eu você não está conseguindo mais se segurar não é?
–Exatamente.
Girei na
cama ficando de bruços e apoiando meu queixo nas mãos.
–Isso é
excelente pra mim. Sei que não irá desistir da minha proposta.
–Já disse
que nunca faria isso. Mas tem certeza que vai levar mesmo adiante essa ideia de
só depois do casamento?
Eu ri
alto.
–Sim. Não
vai me levar para o mau caminho.
Ela fez um
biquinho que eu tratei de beijar.
–Então me
deixe dormir, seu malvado.
–Deixo...
–Vou me
virar tá? É melhor pra mim.
–Tudo bem.
Ajudei-a a
se virar de lado na cama e de costas pra mim. Abracei-a por trás colando meu
corpo ao dela.
–Hum...
mas se você continuar nesse estado...
–Eu sei...
vou me afastar um pouco ate acalmar as coisas aqui.
Beijei seu
pescoço e afastei um pouco, mas sem deixar de abraçá-la.
–Boa noite
princesa.
–Boa noite
Edward.
–Sonhe
comigo.
–Com você
eu sonho sempre, mas agora eu quero a realidade.
–Eu
também.
Beijei seu
pescoço novamente e fechei meus olhos. Não sei como eu consegui me segurar.
Agora eu teria uma bela e longa noite em claro. Meu corpo simplesmente não se
desligava do corpo a frente do meu. Mas eu iria resistir bravamente.
Seguiríamos todo um ritual, era assim que tinha que ser. Mesmo que meu corpo
dolorido em determinadas partes me dissesse que era loucura. Afinal, o que eram
dois meses? Bom... poderia ser uma eternidade se fosse pensar no meu louco amor
e desejo pela mulher ao meu lado.
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