domingo, 17 de junho de 2012

A NOVA VIDA POR @OHYEAHROB #FANFIC #CAPÍTULO14



Capítulo 14

POV_EDWARD

Ter Bella em meus braços naquela manha fria era a melhor coisa que eu poderia ter. Sua barriga estava com um formato redondo quase imperceptível, mas eu já podia sentir a presença dos meus dois bebês lá dentro. Não consegui entender o que se passava dentro de mim, havia uma sensação estranha, era como se eu precisasse provar aos meus filhos que eu seria o melhor pai do mundo. Eu os amaria incondicionalmente, nunca seria capaz de levantar uma mão para eles, nunca seria capaz de brigar, e em nenhum momento eu deixaria de amá-los. Eles junto com Bella eram o bem mais precioso que eu tenho. Eu imaginava o futuro. Talvez eu não me lembrasse do meu passado. Era como se minha mente estivesse bloqueando as lembranças desagradáveis. O que será que havia acontecido de ruim no meu passado? Será que eu era uma pessoa mal? Não, provavelmente não. Se eu fosse mal, eu não teria o amor dessa menina, e muito menos com dois pequenos seres a caminho. Talvez algo trágico houvesse acontecido comigo antes do acidente. E minha mãe, ainda era viva? Eu tinha uma família fora meu pai? Porque eu não me lembrava das coisas, mas de Bella eu tinha lembranças, mesmo que mínimas. Bom, acho que isso seria fácil de explicar. A intensidade do meu sentimento era a explicação. Não havia outro motivo lógico para eu ter algumas lembranças dela. Nem poderia ser constatada como lembrança, e sim como uma essência do meu passado. Ela era a essência da minha vida, minha alegria, meu amor. Eu tinha tantas perguntas a fazer para Bella, mas não queria importuná-la com minhas dúvidas e medos. Eu não tinha confiança o suficiente para falar com meu... Pai? Não, eu não me sentia confortável o suficiente para ir lhe falar sobre antes. Eu sentia em meu coração um estranho sentimento de amor por ele. Meu coração o reconhecia como pai, mas minha mente não processava isso corretamente. Eu queria fazer as coisas devagar, sem pressão. O futuro que importava para mim agora. O futuro com Bella e os bebês. Como seria quando ele nascesse, iríamos morar em outra casa? Será que eu tinha um trabalho, como eu iria manté-los? Será que eu deveria pedi-la em casamento. Casamento. Será que seria correto? Será que ela aceitaria se casar com uma pessoa que mal sabe sobre o próprio passado? Fui afastado de meus pensamentos quando o carro de Carlisle parou na frente. Um sentimento estranho tomou conta do meu coração quando eu vi uma mulher muito bonita e com feição doce desceu do carro acompanhada de um homem grandão com feições de menino. Havia também uma pequenina de cabelos loiros e encaracolados junto com eles. Eu sentia um estranho aperto em meu coração, era como se eu estivesse em casa novamente, como se essas pessoas fossem importantes para mim, de alguma forma. Flashes de algumas lembranças passaram por minha mente. Os meus amigos da escola. Meus irmãos de coração. Corri até a mulher que tinha o mesmo rosto da menininha de anos atrás, mas não sabia o que fazer. Se eu a abraçasse, eu a assustaria? Mas ela parecia feliz em me ver, então, sem me conter, corri até ela e a abracei apertado. Eu sentia meu coração explodir em felicidade e amor. Era um amor tão intenso e doce, não era nada parecido com o amor louco que eu sentia por Bella, mas era realmente agradável me sentir querido por aquelas pessoas. O grandão também me puxou para um abraço que eu poderia classificar com um abraço de urso. Olhei de relance para Carlisle, que sorria ternamente com a cena. Eu queria ir até ele o abraçá-lo também. Agradecer por estar me ajudando dessa forma. Mas achei que seria melhor conversar com ele mais tarde. Fomos para dentro de casa, eu me sentia feliz completo com eles ali, e queria dividir minha alegria com Bella também, pois ela era parte maior em meu sentimento. Ela me olhava ternamente e quando me aproximei, sussurrou em meu ouvido.
-Se lembra deles? Perguntou confusa. Todos pareciam esperar minha resposta, eu não sabia o que dizer, eu não consegui fazer minha voz sair. Mas com muito esforço, falei a verdade.
-Eu... Eu não sei o nome... Mas me lembro da escola, dos valentões, de tudo. Disse rindo feito um idiota.
-Isso é bom. Muito bom. Disse minha menina em meu ouvido. Estávamos todos reunidos na sala, mas eu não sabia o que fazer ou falar. Eu não me lembrava de muita coisa, e não tinha muito que dizer depois que acordei. Queria falar para eles sobre Bella, sobre meus filhos, a minha maior alegria. O clima estava um pouco tenso, mas Bella com sua voz doce deixou o ar mais leve.
-Então, Edward me falou de vocês. Disse ela olhando carinhosamente o rosto da mulher.
-Oh, sim. Espero que bem? Brincou o homem com cara de menino.
-Sim, muito bem. Disse ela sorrindo ternamente para mim. Eu me esforçava para lembrar o dia que estava com eles, minha cabeça doía um pouco quando eu tentava-me lembrar de algo, mas as coisas viam quase que naturalmente. O dia em que os valentões tentaram me pegar. A loira estava comigo, e logo ele chegou. Lembrei-me da voz debochada dos outros meninos quando ele se colocou ao meu lado.
-Emmet. Disse com a voz baixa, temendo ter errado.
-Sim brother, sou eu. Disse ele feliz. -E essa é minha esposa Rosalie.
-E quem é a menininha linda? Perguntou Bella sempre carinhosa.
-Ah, é a Clair, nossa filha. Disse Rose com orgulho nos olhos. Eu me sentia assim também, e vi que era a oportunidade perfeita para dizer-lhes que eu também teria filhos.
-Oh, ela não vai ser muito mais velha que os bebês, podem ser amigos não é Bella? Perguntei tentando não parecer óbvio como eu queria falar sobre esse assunto.
-Sim, realmente. Respondeu ela feliz.
-Que bebês?
- A Bella está grávida de gêmeos. Disse sentindo com peito inflar, meu ego ser massageado e meu coração bater fortemente. Eu teria dois filhos da mulher mais linda e perfeita de todo o mundo.
-Isso é ótimo. Parabéns papai. Parabenizou Rose.
-Que força em Edward? Brincou Emmet. Sim, realmente ele ainda era uma criança. A campainha tocou, fazendo nossas atenções se voltar à porta. Carlisle, que até então se mantinha calado, foi abri-la. Uma loira estranhamente vulgar apareceu na porta e logo se pendurou no pescoço de Carlisle. Pela sua forma vulgar de abordar ele, provavelmente não seria uma parenta e sim alguma namorada. Mas o que mais me chocou, foi quando ela veio até mim e se sentou em meu colo. Minha mente processava tudo rápido, quem ela era e o que ela representava para mim? Pude ver de relance Bella vermelha, soltando fumaça de raiva. Quando a mulher se pronunciou fiquei realmente com medo do que ela poderia causar a mim a partir de agora. Merda será que eu traia Bella? Impossível, qual idiota iria olhar para essa mulher vulgar, quando se tem a criatura mais doce e perfeita ao lado? Estava tão distraído em forçar minha mente a se lembrar de alguma coisa, que nem havia notado que a campainha tocou novamente.
-Mãe? Sussurrou Bella. Mas quando vi Bella despencar no chão, empurrei a loira com mais força que necessário, e corri até ela. Não havia notado que a loira tinha caído, apenas vi Carlisle nervoso, puxá-la para longe. Após alguns minutos desacordada, Bella abriu os olhos lentamente.
-Amor, você está bem? Perguntei preocupado. Ela olhou para a porta e a mulher continuava lá, com o rosto banhado em lágrimas. Mas a tristeza que ela transmitia não chegava aos seus olhos.
-Oh, meu bebê, que bom te encontrar novamente. Disse ela ao se aproximar. Bella estremeceu em meus braços e eu a apertei mais contra mim. Eu sentia uma estranha vontade de proteger Bella daquela mulher, meu corpo não queria permitir a ela se aproximasse mais de minha menina. Ela se agachou em nossa frente e tentou tocar o roto dela, mas Bella de escondeu em meu peito. A sensação de protegê-la tornou-se mais intensa e quando a mulher tentou tocar os cabelos de minha menina eu interferi.
-Não toque nela. Disse nervoso. Sua máscara de tristeza caiu, dando lugar a uma ira intensa.
-Quem você pensa que é para me proibir de tocar em minha filha? Perguntou irada.
-Eu posso não ser ninguém, mas está claro que ela não está preparada para isso. Deixe-me conversar com ela alguns instantes a sós, depois você fala com ela.
-Tudo bem. Disse a contragosto.
-Fique aqui. Falei rude.
-Edward, nós vamos para casa, mas depois voltamos para conversarmos mais. Disse Rose carinhosa.
-Claro, desculpe por isso. Sussurrei. Ela apenas deu de ombros e deixou um beijo nos cabelos de Bella e em minha testa. Emmet também se despediu e saiu pela porta, após pegar Clair.
-Eu já volto. Disse educadamente e subi para o quarto com Bella em meu colo. Deitei-a na cama, mas quando me afastei um pouco, ela agarrou minha camiseta.
-Não, fica aqui pertinho. Seu cheiro me acalma. Fiquei feliz com suas palavras e voltei à pega-la em meu colo.
-Desculpe não poder te ajudar completamente, mas eu não faço ideia do que essa mulher fez para você.  Disse baixinho afagando suas costas.
-Ela traia meu pai com o vizinho. Meu pai também se tornou portador do vírus por causa dela e morreu. Ela nos abandonou para ficar com o amante. Eu fiquei em choque por alguns minutos. Merda, eu tinha que lembrar pelo menos disso, fazer ela falar sobre suas lembranças tristes não ajudou em nada no momento.
-Desculpe por não ser útil.  Disse com tom amargurado.
-Você é mais útil do que imagina Edward, eu iria desmoronar muito mais se não tivesse com você. Disse ela com o rosto enterrado em meu peito. Ficamos por alguns minutos em silêncio. Alisei seus cabelos ternamente, dei-lhe o tempo que ela precisava.
-Eu não quero falar com ela. Disse firme, olhando em meus olhos.
-Olha Bella, eu vou apoiar sua decisão, mas pensa bem. Se você falar com ela agora será melhor, assim ela vai embora de uma vez. Você não vai ficar com a cabeça pesada, pensando sobre o que ela poderia querer falar com você.
-É esse o problema Edward, o que ela quer comigo logo agora? Tudo está tão certo, tão correto, ai ela chega e desmorona tudo. O que ela pode querer comigo, se ela já estragou minha vida antes?
-Tudo bem amor, se você não quer falar com ela, eu vou lá e dispenso. Não precisa ficar nervosa. Disse ternamente, alisando seu rosto contorcido em angustia.
-Não. Você tem razão, é melhor eu ir de uma vez por todas. Ela parecia firme e decidida, mas eu sabia que por dentro ela estava assustada, nervosa. Descemos as escadas lentamente. Eu segurava sua mão e ela repousada a cabeça em meu peito. Havia concordado que era melhor eu estar presente também. A mulher conversava aos sussurros no telefone. Achei isso suspeito e pedi para Bella fazer silêncio. Ficamos a espreita, tentando ouvir o que ela dizia. Pouca coisa eu consegui captar, e Bella pareceu entender também, pois sua face triste estava agora muito nervosa.
-Eu sei o que faço, Wallace.. Ela é uma menina inocente, traduzindo, idiota... Eu vou fazer tudo certo... Vou ficar rica à custa dela... Bella olhou para mim, mas dessa vez não tinha o semblante triste, e sim maquiavélico. Ela andou até  a sala e eu fui atrás.

POV_BELLA

Eu não esperava reencontrar minha mãe. Eu não estava pronta para isso. Principalmente agora. Eu estava muito fragilizada com sua presença, mas Edward percebeu que eu precisava respirar alguns minutos antes de ouvir o que ela tem a dizer. Eu fiquei o tempo todo nos braços de Edward, seu cheiro próprio me acalmava. Eu ficava mais tranqüila e com a cabeça mais leve para pensar. Ele ficaria do meu lado o tempo todo, era isso que importa. Quando finalmente me achava pronta para ir falar com ela desci, mas não estava pronta para ouvir o que ouvi. Eu sabia que ela não tinha sentimento por mim, mas ela queria me usar para conseguir dinheiro? Ela havia chegado ao fundo do poço, eu não iria permitir que ela se aproveitasse de mim, ela iria ver só que era a inocente da historia. Edward ficou preocupado, pois no lugar da tristeza, eu vesti a máscara de uma pessoa fria e calculista. Era assim que ela merecia ser tratada, com frieza, sem sentimentos. Pois ela não tinha sentimentos por ninguém e também não merecia ser querida por ninguém.
-Então Renné, o que você quer comigo? Perguntei friamente.
-Oh, minha menina, eu vim pedir por seu perdão. Eu sei que eu errei muito querida, mas agora, mais do que nunca eu preciso estar de bem com você, para poder partir tranqüila. - Disse ela com falsas lágrimas no rosto. Ao meu lado Edward bufou e eu quase tinha vontade de rir, se não fosse pelo vazio que eu sentia dentro de mim. Sua máscara era de falsa tristeza e a minha era de falsa frieza, pois na verdade eu queria chorar e dizer que ela não tinha o direito de fazer isso comigo, ela não tinha o direito de me machucar novamente. Mas eu não riria dar esse gostinho a ela, eu iria enfrentá-la, depois, quando estivesse apenas com Edward, eu choraria pela morte de minha mãe. Sim, morte, pois depois de hoje eu não seria capaz de perdoá-la mais. Se ao menos ela fosse como Carlisle, e quisesse sinceramente meu perdão, eu poderia até pensar. Mas era tudo parte de uma mentira, ela não estava nem se importado comigo, diferente de Carlisle que estava fazendo de tudo para recuperar o amor de seu filho.
-E porque você quer meu perdão? Para eu poder passar todo o meu tempo cuidando de você, te sustentando com um dinheiro que não é meu? Perguntei rudemente. Sua máscara deslizou por alguns instantes, ela ficou chocada com minhas palavras.
-Claro que não é isso menina. O médico não me deu muito tempo de vida, e eu queria fazer certo dessa vez. Eu preciso do seu perdão para partir tranqüila.
-Por mim você pode queimar no inferno sem o meu perdão, pois eu nunca vou perdoar o que você fez para mim e principalmente para meu pai. Não tem vergonha de ser tão falsa Renné? Você viveu como uma vagabunda, uma verdadeira vagabunda. E sabe o que é o mais engraçado disso tudo? O engraçado é saber que você vai morrer sozinha. Você já fez mal para tanta gente, nunca amou ninguém e agora vai morrer sozinha.
-Olha com você fala comigo garota. Disse ela, sem máscara nenhuma, com sua feição fria e calculista de sempre. -Quem você pensa que é hein? Ela estava muito nervosa, segurava meus braços. Edward já estava pronto para afastá-la, mas eu o olhei ele logo entendeu que não era necessário. Olhei friamente para a mulher a minha frente. Quem a visse, nunca diria que ela era portadora do vírus HIV. Uma mulher bonita, mas frívola, fria e vazia por dentro. De que adiantava a beleza exterior, sendo que por dentro é tudo negro e podre?
-Você é vazia Renné, não ama ninguém a não ser a si mesmo, da mesma forma que ninguém te ama. Você vai ficar sozinha sim. Quem eu penso que sou? Deixe-me pensar? Hummn... Eu até tenho muito a te agradecer sabia, se não fosse por você, eu não teria tudo o que eu tenho agora. Obrigado Renné, muito obrigado. Ela me olhava confusa, talvez não entendesse que eu tinha tudo. Tudo o que ela nunca teria.
-Você só pode estar louca. Agradecer por passar parte do seu tempo cuidando de um aidético? Ficar sem mãe, morando de favor na casa da amante do seu pai?
-Não sua idiota. Falei sorrindo, eu estava assustada com minha própria frieza. -Por ter conhecido a mulher que provavelmente era para ser minha mãe, conhecer minha irmã, e principalmente por conhecer Edward. Sabe o que ele me dar Renné? Ele me dá amor, carinho, uma coisa que você nunca vai receber de ninguém, como eu já disse antes, você vai morrer sozinha, sem saber o que é sentir a alegria que eu sinto por você estar caindo. E sabe o que ele me deu recentemente? Duas crianças, dois bebês. Sim, eu estou grávida, eu vou amar meus filhos da forma que você nunca me amou e eles vão me amar da forma que eu nunca te amei. Ela me olhava chocada agora. As lágrimas que havia em seu rosto, poderiam dizer que era de dor verdadeira. A dor de ver a verdade tão clara. Ninguém nunca teve peito para colocar a verdade na cara dela, mas eu não poderia deixar essa oportunidade passar. Quem sabe agora ela não toma jeito e muda o rumo da sua vida. Ela soltou meus braços, que ardiam por conta do aperto. Secou as lágrimas e me olhou com um sorriso de debocha.
-Sabe o que eu desejo que aconteça? Eu queria muito que seu namoradinho que você tanto diz te amar, ache alguém menos idiota que você. E sobre os pirralhos que você carrega ai. Disse apontando para minha barriga. -Eu quero que eles morram. Melhor, eu quero que eles cresçam saudáveis dentro de você, mas na hora de nascerem, eles podiam nascer mortos. Ai, você também iria morrer de tristeza e sozinha da mesma forma que você quer que eu morra. Sem seu namoradinho e sem seus filhos. Dessa vez era eu que estava mais que chocada.
-E se seus pirralhos infelizmente não nascerem mortos, cuidado, alguém pode fazer alguma coisa contra eles. Eu sabia muito bem o que ela queria dizer. Era uma ameaça. Não controlei minha raiva a dei um tapa na sua cara. Seu rosto ficou manchado com a marca vermelha de meus dedos e um pequeno corte no lábio.
-Dá o fora da minha casa, some da minha vida. Falei baixo tentando controlar a raiva. Isso não faria bem para os bebês. -Se você pensar em fazer alguma coisa contra meus filhos, eu acabo com sua raça, não tenha dúvida do que eu sou capaz... Mãe!
-Isso não é um adeus querida, eu volto antes do que você espera. Ela andou lentamente para a porta, e eu sentia meu corpo tremer. Vi também que Carlisle puxava a loira pelos braços e sem esperar Renné saiu, empurrou-a porta a fora. Sua expressão era nervosa, mas ele não parou para falar conosco, passou direto e foi para seu escritório. Edward me abraçou apertado e eu deixei as lágrimas descerem lentamente por meus olhos. Eu me sentia tão... Mal. Sentia-me igual a ela. Eu me sentia suja, assim como ela era.
-Edward... Eu preciso tomar um banho... Eu... Eu... Sinto-me mal. Sinto-me como ela.
-Calma amor, não se sinta assim. Não se compare a ela. Você é muito mais pura e doce, não a deixe te abalar. Edward me puxou pelas escadas para o nosso quarto, tirou minha roupa com cuidado. Eu não tinha forças para nada, eu me sentia vazia, sem vida. Sem muita dificuldade, Edward me deixou nua na cama e foi até o banheiro. Quando voltou, me pegou em seu colo e me levou até a banheira, que estava cheia. Deixou meu corpo repousar na água morna e relaxante. Suas mãos quentes massageavam meus pés tranquilamente, enquanto eu passava o sabonete por meu corpo. Quando finalmente senti-me limpa, Edward não me deixou fazer as coisas, simplesmente me tirou da banheira, secou meu corpo e apenas me vestiu com uma de suas camisas. Eu me sentia pesada, o sono quase me dominava, meus olhos não abriam mais. Sentia a cama embaixo de mim e com as últimas forças que tinha, enrolei meus dedos na camisa de Edward, com medo dele se afastar de mim. Seu cheiro me dominou completamente, e percebi que estava com o rosto enterrado em seu peito.
-Durma anjo, eu te amo e nunca vou deixar essa mulher te fazer mal. Essa foi às únicas palavras que eu ouvi, antes de cair na escuridão profunda do sono.

POV_CARLISLE

Definitivamente trazer os amigos de Edward para vê-lo foi à melhor decisão. Eles conversavam animadamente, e eu apenas observava, me sentindo sobrando ali, mas não queria sai, não poderia deixar de ver a expressão de alegria em seus olhos. Mas eu não esperava tantas surpresas em um dia só. Nem me lembrava de mais da existência de Tânia.  Fiquei ainda mais chocado ao ver a mulher que Bella dizia ser sua mãe. Não compreendi sua reação, não sabia qual era sua história de vida com a mãe, mas de uma coisa eu tinha certeza, a presença de Tânia e da mãe ao mesmo tempo não faria bem a ela. E isso não faria bem a Edward e principalmente aos bebês. Puxei Tânia pelo braço e a levei para meu escritório. Será que ela não entendeu que eu não a queria mais perto de mim?
-O que veio fazer aqui? Perguntei rudemente.
-Nossa Carl, isso e maneira de me tratar? Perguntou fazendo manha.
-Não enrola garota, fala logo o que você quer.
-Simples, se você não me der um bom dinheiro, vou à polícia e conto tudo o que sei sobre você. Eu senti uma vontade louca de estapear a cara daquela vagabunda, mas quem era eu para julgá-la? Eu também não tinha um passado que me desse orgulho.
-Certo quanto você quer? Eu teria que aceitar isso. Se ela me entregasse à polícia logo agora, eu não poderia ajudar Edward em nada, ele não iria entender o motivo da minha prisão e todo meu esforço iria pelos ares. Eu sabia que na hora correta eu iria pagar pelos meus erros, mas não poderia ser antes de concertar meus erros.
-10 milhões. Eu ri não eu gargalhei. Seria impossível movimentar esse dinheiro sem levantar suspeitas.
-Olha aqui Tânia, é impossível eu te dar esse dinheiro, mas eu poderia fazer melhor, que tal se eu te pagar uma... Mesada? Isso, todo mês eu te dou uma mesada bem gorda? Ela pensou por alguns minutos. Eu não me importaria em gastar esse dinheiro, não iria fazer falta.
-Tudo bem, mas eu quero morar aqui com você e o Eddie.
-Ora sua vagabunda, ai você já está pedindo de mais não acha não? Disse nervoso pegando ela pelos braços.
-Dê-se por satisfeita com o que eu te ofereci e suma daqui. Estava saindo do escritório quando ouvi os gritos nervosos vindo da sala. A mulher esta indo embora, mas eu não via a hora de me livrar de Tânia, então a joguei porta a fora e voltei para meu escritório sem falar com ninguém. Fiquei um tempo incontável lá, sem falar com ninguém. Senti-me mal, pois eu estava dando pouca atenção ao Thomas, talvez se eu o levasse para passear no parque da cidade seria bom. Felizmente ele estava entretido com seus brinquedos, e não precisou presenciar a clima tenso que se instalou na casa depois que nossas agradáveis visitas partiram. Ouvi um barulho estrondoso vindo da sala e corri para lá. Quando cheguei, pude ver todos ali. Edward, Bella, Thomas e também Alice e Esme, que estava incrivelmente encantadora. Mas o  motivo principal do barulho era um enorme piano que era carregado para dentro da sala. O sorriso no rosto de Edward era visível.
-De quem foi a idéia de trazer o piano? Perguntou Bella também feliz.
-Carlisle, ele achou que faria bem ao Edward, já que ele gosta quando você toca. Explicou Esme sorrindo carinhosamente para mim. Senti meu peito inflar e meu rosto corar, ao sentir o olhar de todos em mim, mas o que mais me surpreendeu e me fez chorar foi quando Edward veio até mim e me puxou para um abraço apertado. Sincero.
Amoroso. Com não recebia há anos.

POV_WALLACE (DESCONHECIDO)

Eu tinha vontade de rir com a cena na minha frente. Renné estava com uma marca incrivelmente vermelha de uma pequena mão no rosto e o lábio cortado. Era quase possível ver a fumaça sair por seus ouvidos.
-Aquela idiotinha pensa que pode contra mim. Só porque tem Carlisle Cullen ao seu lado. Merda. Merda. Quem aquela garotinha estúpida pensa que é para me tratar daquela forma? Eu nada respondi. Não seria aconselhável atiçar a fera logo agora.
-Tudo culpa sua seu incompetente, se você não tivesse me ligado ela não teria ouvido sobre a verdade. Merda! Porraaaaaaaa. Vamos receber visitas, receba-a muito bem. Disse ela indo para o quarto. Esperei a tal visita chegar e quando finalmente a campainha tocou, fui até a porta atender. Senti meu membro ganhar vida quando uma loira linda com um vestido extremamente curto apareceu na porta. Seus seios praticamente saltavam do decote apertado.
-Posso ajudá-la? Perguntei.
-Eu vim ver a Renné, mas se quiser pode me ajudar mais tarde bonitão. Disse ela entrando sem fazer cerimônia. Renné voltou à sala e sorriu genuinamente ao ver loira gostosa.
-Oh, que bom que veio querida. Disse ela.
-Quem é a moça Renné? Perguntei.
-Eu a encontrei na casa do Cullen, será de muita utilidade para nós.  Explicou Renné.
-Em que posso ser útil? Perguntou sensualmente.
-Temos alguns planos para os Cullens, mas principalmente aos Cullens que estão a caminho.
-O que? Perguntou confusa.
-Os filhos do Edward sua idiota.  Disse Renné impaciente. Ela parecia um pouco chocada com a notícia, talvez ela não soubesse ainda. De surpresa seu semblante foi para raiva.
-Mas o que eu vou ganhar com isso? Perguntou ela. Renné me olhou e eu sabia muito bem do que se tratava, ela tinha bom gosto. Aproximei-me da loira gostosa, eu por trás e Renné pela frente. Segurei a quadril da mulher e a puxei contra minha ereção, e logo Renné chegou perto, segurando os seis fartos dela e sussurrando em seu ouvido.
-Além de muito dinheiro... Você pode se divertir bastante conosco. Em poucos segundos, puxei o vestido da loira de uma só vez, deixando-a nua, enquanto Renné tomava sua boca com fúria. Iríamos acabar com a alegria dos Cullens da forma mais prazerosa e suja.

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