Nova entrevista de Kristen Stewart para o The West Australian, Kristen comenta sobre se despedir do personagem Bella Swan da Saga Crepúsculo, cenas de ação em Branca de Neve e o Caçador e muito mais. Confira:
The West Australian: Se você estiver produzindo um clássico conto de fadas com relevância contemporânea, isso ajudará se você tiver como protagonista uma atriz que fala para sua geração.
Diretor Rupert Sanders admite que ele viu apenas o primeiro filme de Crepúsculo - mas ele sabia quando se tratava de encontrar uma menina que encarna todas as qualidades da heroína corajosa no centro de seu primeiro longa-metragem, Branca de Neve e o Caçador, não poderia haver ninguém mais adequado para o papel que Kristen Stewart.
"Ela é muito contemporânea e muito animada”, diz Sanders da estrela de 22 anos de idade, que se tornou um nome familiar interpretando Bella Swan na franquia de filmes de sucesso dos vampiros.
"Ela carrega muito peso em seus ombros e faz isso com muito mais experiência do que a idade que realmente tem. Havia apenas algo sobre esse espírito que estava indefinido e cru o que nos levou a ela. Ela é muito desenfreada e um pouco descuidada.”
É depois de amanhã a estreia australiana de Branca de Neve e o Caçador (ou SWATH como o filme é conhecido no Twitter), do ambicioso Sanders ', adaptação de grande orçamento do conto de fadas dos Irmãos Grimm, com um elenco estelar, incluindo o australiano Chris Hemsworth e a vencedora do Oscar a atriz Charlize Theron.
Em Sydney no conforto do Park Hyatt Hotel, Sanders está sentado ao lado de sua protagonista, cuja ocasional leggings, velha camiseta cinza e camisa de flanela, desmentem o fato de que ela foi, naquela manhã, nomeada pela revista Forbes como a atriz mais bem paga em Hollywood.
"Bem, ela vale cada centavo", acrescenta, dando ao desconfortável olhar da atriz um sorriso tranquilizador.
Sanders, um respeitado diretor de comerciais cujo curriculo inclui anuncios para Sears, Toyota e o video game Halo 3:ODST, foi considerado para vários filmes de destaque, incluindo Jogos Vorazes, antes de ter sido contratato pela Universal para dirigir o filme de $170 milhões Branca de Neve e o Caçador.
Depois de ter lido o roteiro de Evan Daugherty - que é mais na linha do conto de fadas original publicado pela primeira vez em 1812 do que a animação de Disney de 1937 - o britânico de 41 anos percebeu que tinha uma oportunidade de "criar um mundo que as pessoas não tinham visto antes".
Existem elementos da história que as gerações mais velhas irão se identificar - um espelho, uma maça vermelha, uma rainha má e, claro, um bando alegre de anões - mas misturando tudo tem grandes batalhas, uma rebelião, efeitos especiais deslumbrantes e uma mensagem subjacente "que nos ensina a compreender a mortalidade e não entrerrar-nos na inveja ou raiva" e se torna completamente num negócio visualmente suntuoso e maduro.
" É com certeza mais sombrio do que Disney mas não acho que é mais sombrio que a versão dor irmãos Grimm", Sanders disse. " É como um conto de fadas original - eles te assustam para te prevenir. E as pessoas gostam de serem assustadas um pouco. "
Nós não estamos assustando as pessoas gratuitamente. É o medo periférico, não é de terror. Faz você vibrar e torna a viagem mais intensa".
Stewart, cujos filmes fora da franquia Crepúsculo incluem Into the Wild e The Runaways, admitiu na premiere australiana de Branca de Neve e o Caçador na terça-feira que ela nunca realmente gostou do conto de fadas original.
"Não é que eu não fosse fã," ela disse. "Eu só não podia me relacionar com o crescimento de Branca de Neve. Então quando ouvi pela primeira vez sobre o projeto pensei, "Branca de Neve? Porque?""
Como Sanders, ela mudou de idéia depois de ler o roteiro e se identicar com uma personagem que não estava preparada para ser relegada a ser salva por outra pessoa. Sanders a descreve como uma "Luke Skywalker feminina".
"Tem havido um vazio de mulheres sendo fortes em filmes e finalmente foi feito um bem", Stewart disse.
"Você reconhece Branca de Neve mas é como todas as suas qualidades perfeitas fossem colocadas no fundo de um poço de lama para ver se ela pode encontrá-las, pegá-las e limpá-las."
Realmente Sanders pressionou todas as suas estrelas até seus limites físico e mental durante os 80 dias de filmagens debaixo de chuva forte e lama em algumas das áreas mais remotas da Grã-Bretanha durante o inverno.
Para Stewart, que a certa altura durante as filmagens teve que saltar num lago congelado, a parte mais desconfortável do seu papel foi ter que montar a cavalo.
"Isto foi de longe o maior obstáculo que eu tinha que superar", ela disse. "Me apavorava. Eu acho que no entanto foi bom - medo genuíno e desconforto é legal na tela".
Para Sanders o desconforto veio logo no início quando ele viu a grandiosidade de ter que adaptar um conto de fadas tão adorado para o cinema.
"Você fica um pouco nervoso sempre que você faz alguma coisa na vida em que você se abre", ele disse
"Eu não acho que meu trabalho era mais desesperador do que o de Kristen ou Chris que são a cara. Eu provavelmente poderia sair no anonimato e nunca mais trabalhar se tivesse sido um desastre. Acho que há uma pressão sobre todos nós".
Com comentários sólidos, bons resultados nas bilheterias e conversas sobre uma continuação, Sanders não tem que se preocupar muito com seu futuro. No que diz respeito a Stewart, ela vai pegar um mês de descanso antes de começar a trabalhar no seu próximo filme - um thriller chamado Cali do diretor de The Notebook Nick Cassavets.
"É difícil falar sobre isso porque eu ainda não estou por dentro. Literalmente assim que chegar em casa, nós precisamos escalar o elenco..sentar com o roteiro", disse Stewart .
"Mas é bastante extremo em todos os sentidos. Me lembra filmes dos 90 - filmes de cult estranhos".
Ela logo aparecerá no cinema como a desinibida Marylou na adaptação para o cinema do romance clássico de Jack Kerouac, On the Road, que estreia na Australia em setembro.
Depois claro tem um filme pequeno que estreia em novembro - a parte final da saga Crepúsculo - Amanhecer: Parte 2
Embora entusiasmada em avançar com papéis novos e desafiadores, Stewart admite que foi difícil dizer adeus ao personagem que ela tem vivido nos últimos quatro anos.
"É sempre a mesma sensação no final de alguma coisa coisa que você investiu", ela disse.Neste caso foi apenas mais longo.
"Eu provavelmente terei que falar sobre isto (o papel de Bella) pelo resto da minha vida mas tenho sorte porque é uma grata lembrança."
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