quarta-feira, 23 de maio de 2012

Cannes 2012: Entrevista com o produtor Roman Coppola


Quando eu conversei com Roman Coppola semana passada, e além de falar sobre “Moorise Kingdom e “A Glimpse Inside the Mind of Charles Swan III” ele também falou sobre o seu envolvimento com On The Road,a adaptação atrasada do livro de Jack Kerouac.
Com On The Road prestes a estreiar em Cannes, pareceu a oportunidade perfeita para dividir o que ele tinha a dizer sobre a difícil jornada do filme para as telas.
“Uma versão rápida da história é que meu pai,sua companhia American Zoetrope – a qual eu sou muito envolvido – comprou os direitos do livro em 1979, então durante trinta anos esteve lá com a intenção de fazer um filme. É um daqueles famosos projetos que se torna famosamente difícil de se ter o roteiro certo,ter os atores certos e mesmo nos dias de Kerouac havia uma conversa sobre “Monty Cliff” de Brando. É um desses livros que ficou muito complicado de se tornar filme.
Meu papel através dos anos vem sendo diferentes coisas. Eu tentei sugerir Gus van Sant, ele estava interessado  por algum tempo. Eu até quis ser o diretor,em certo ponto, eu tinha minha versão do roteiro.
Em todo caso, diferentes capítulos e anos se passaram e finalmente Walter Salles foi sugerido e depois de assistir Diários de Motocicleta e seus outros filmes, ele pareceu se encaixar perfeitamente para o encargo.Eu tinha muito respeito e admiração por Walter, então meutrabalho como produtor, assim que se decidiu de que ele seria o diretor, era ter certeza de que ele conseguiria o que queria.Não importa o que ele quisesse como diretor, eu faria o que pudesse para ter certeza de que estava satisfeito.Então minha função como produtor era menos criativo, mas – eu não quero dizer difícil porque não houveram dificuldades – mas era como “o que Walter quer?” e o que ele queria, eu iria atrás para ter isso.
Foram literalmente trinta anos. O contrato, os direitos foram muito complicados. As pessoas se involveram e compraram os direitos de TV,e então a filha de Jack Kerouac achou que ela tinha algum direito,legalmente, foi muito complexo.
Também o clima de espírito mais artístico nos filmes independentes…agora é um período bem difícil.Então isso seria causa para puxar os cabelos, mas felizmente MK2,uma produtora francesa, sentiu que eles estavam realmente cometidos em fazer o filme acontecer, e eles fizeram,eles financiaram e estão distribuindo o filme,fizeram grandes parceiros para realizá-lo.
Eu não vi o filme todo,eu vi um vídeo e tive a oportunidade de vê-lo completo mas disse que queria assistir apenas no festival.
[Baseado no que ele viu] é muito bonito e Walter não desapontou com sua sensibilidade e seuolho. É um ótimo elenco.”

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