segunda-feira, abril 23, 2012
@Lovers_Taylor

No instante em que “Na Estrada”, adaptação
da obra de Jack Kerouac pelas mãos do brasileiro Walter Salles, estrear
no 65º Festival de Cannes, uma jornada de mais de 30 anos estará
concluída.
O caminho que ontem deu na seleção oficial do evento (de 16 a 27/5)
começou em 1979, quando Francis Ford Coppola comprou os direitos para
cinema. Desde então, o cineasta tentava levar o texto às telas. Mas o
projeto só tomou forma quando Salles subiu a bordo, em 2004.
A reportagem é de Rodrigo Salem, publicada na edição desta sexta-feira (20) da Folha. A íntegra do texto está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.
“Alguém da produtora dele viu ‘Diários de Motocicleta’ e nos
encontramos para falar de ‘On the Road’”, lembra Salles, 56. “O livro
tinha me impactado, aos 18 anos. Fiquei marcado pela liberdade radical
dos personagens. Era o oposto do que vivíamos no Brasil dos anos 1970.”
“As dificuldades que encontramos foram sobretudo ligadas à
complexidade do projeto e à necessidade de fazer o filme com um
orçamento apertado [de US$ 25 milhões]. Mas os limites funcionaram a
favor do longa.”
Outros pontos ajudaram a produção, como a paixão dos atores pela obra
original. Caso de Kristen Stewart, que vive Marylou. “‘On the Road’ era
um dos livro de cabeceira dela”, diz Salles, que dirigiu a estrela de
“Crepúsculo” sem problemas, mesmo nas cenas de nudez total.
“Há uma qualidade libertária em Marylou, um desejo de experimentação,
que Kristen conhecia bem.” Sam Riley, que faz o alter ego de Kerouac,
Sal Paradise, e Garrett Hedlund (o amigo Dean Moriarty), embarcaram logo
depois. Mas quem impressionou foi Viggo Mortensen, no papel de William
Burroughs. “Ele chegou pronto no set, com a roupa do personagem, a
máquina de escrever e o revólver que ele usava em 1949. Foi uma
transformação impressionante.”
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