FANFIC - The Only Exception por @TayloversBrazil - #Capitulo2

Capitulo 2

Fiquei ansiosa o resto da noite. Eu não sabia o que esperar. Apesar de estar feliz pela possibilidade de não ter que ir para um orfanato, a voz daquela mulher não saia da minha cabeça:

"Nem conhecemos essa garota, e ainda mais uma humana! Ela nem esta morrendo..."

O que? Pra eu ser adotada por eles, eu precisava estar morrendo?

Se fosse assim preferia ir pro orfanato. Já tinha passado por uma experiência de quase morte e não estava a fim de querer morrer ou pelo menos passar pelo processo.

Dormi mal à noite, ficava virando e revirando na cama. Eu não sabia o que esperar, mas com certeza seria melhor que apodrecer num orfanato.

Um orfanato era o pior dos meus pesadelos! Eu era uma adolescente meio problemática, e viver onde eu não teria atenção e carinho seria a pior coisa... pior que viver com estranhos.

(...)

Já era manhã. Acordei, fiz minha higiene matinal e tomei um banho. Não sabia ao certo o que usar para aquela ocasião. Optei por uma camiseta regata branca e um jeans comum.

Eu já estava pronta esperando Carlisle. O Dr. Cullen entrou em meu quarto dessa vez sem o uniforme branco. Usava um suéter pólo, azul marinho. Digno de ‘O pai moderno esportivo que prática golf aos domingos’. Me perguntei se estava dormindo e tinha parado em uma passarela.

– Está pronta Evelyn? - Ele sorria com aquela típica gentileza

– Err, acho que estou - eu disse me levantando e olhando o quarto que tinha me acolhido nas ultimas semanas,

– Vai ficar tudo bem - ele me tranqüilizou - Vamos dar um jeito nisso querida - Ele disse e eu Assenti.

Fomos pro carro dele. Eu estava esperando o sol e a única coisa que encontrei foi um frio anormal e aquela chuva infernal. No fundo bem no fundo, eu ainda esperava que voltasse pro carro do meu pai e eles estariam lá me esperando, que voltaríamos pra Los Angeles e que tudo isso tinha ficado pra trás. Mas, isso não aconteceria e eu estava indo pra casa de um médico que eu mal conhecia e que conversava com pessoas estranhas.

-    Minhas esposa, Esme está louca pra te conhecer - Dr. Carlisle disse acho que tentando tirar a tensão do lugar

– Acha que ela vai gostar de mim? - perguntei achando que eu era um incomodo pra ele e pra família dele.

– Tenho certeza, querida fique calma - ele passou a mão gelada no meu ombro - Vamos dar um jeito nisso. Você é encantadora, todos irão gostar de você! – Ele disse confiante

– Obrigada Dr. Carlisle, espero não estar sendo um incomodo pra sua família.

– Me chame de Carlisle, não precisa de Dr. - ele sorriu.

– Ok, Carlisle. – sorri - Estamos chegando? - não pude evitar a pergunta.

– Quase quase - ele riu.

Continuamos o caminho em silêncio, mas, estava menos tensa. Chegamos a uma casa que parecia mansão de cinema. Perdi o fôlego quando ele disse "Chegamos" e descemos do carro. Uma moça bem nova com o rosto em formato de coração estava nos esperando.

–    Olá querida! – Disse Carlisle dando um selinho na moça que sorrio. Eu sorri também, achei muito fofo isso - Esme, essa é Evelyn - Ela sorriu largamente.

– Oi, querida. Seja bem vinda! - ela me abraçou e ou eu estava quente demais ou ela estava muito gelada.

– Oi - eu disse timidamente – Muito Obrigada! – sorri – Esme era muito bonita e jovial. Se toda família fosse assim linda... estaria na cara que eu fui adotada.

Esme sorrio encantada

-    Pode entrar, Evelyn! Por favor, fique a vontade!

-    Com licença...

Entramos na casa e era bem iluminada, uma decoração clássica. Uma mulher loira, escultural e deslumbrantemente linda apareceu na ponta da escada.

– Carlisle, essa é Evelyn? - Até a voz da mulher era incrível

– Sim Rose, essa é a Evelyn. Evelyn, essa é Rosalie Hale – Respondeu Carlisle. Reconheci imediatamente a voz e o nome. Ela era a tal que me referiu como ‘humana’

– Oi... – Eu a cumprimentei timidamente, e ela meio que sorriu de volta.

De um corredor atrás da sala surgiu outro grupo de pessoas, todos lindos como Carlisle, Esme e Rosalie. Era uma baixinha que eu diria ter a minha idade, um grandalhão bem malhado do tipo ‘armário quatro portas’, e um loiro meio estranho. Todos eles lindos e pálidos

– Oi! Eu sou Alice! E você deve ser a Evelyn! Seja bem vinda! – Disse a baixinha se aproximando mais e me abraçando. Pude sentir que sua mão também era gelada, mesmo por cima da minha blusa.

– Obrigada! – eu disse sorrindo sinceramente. Me senti muito bem acolhida

– Tenho certeza que seremos grandes amigas! – ela continuou animada. – Esse é Jasper, meu noivo, e Emmett, meu irmão, noivo de Rosalie.

– E ai Evelyn?! – disse simpaticamente o grandão, o tal Emmett

– Como vai Evelyn, é um prazer finalmente conhecê-la – Disse Jasper, o loiro.

Eu sorri

– É um prazer conhecer todos vocês também! Obrigada por tudo! – Era estranho, mas eu fui invadida por uma boa sensação. Eu estava me sentindo em casa entre amigos.

De repente, entrou pela porta de entrada um casal abraçado

– Oi pessoal. Como estão? – Disse um homem também de aspecto jovial e cabelos cor de bronze desalinhado. Ele olhou em minha direção e disse – Então você deve ser a Evelyn...?

– Sim... prazer... - sorri

– Sou Edward Cullen, essa é minha esposa, Bella. – A moça de seu lado sorriu.

– Então você é a Evelyn não é? Você tem a mesma idade de minha filha Reneesme, acho que vocês serão grandes amigas! – Disse Bella

Eu parei e refleti por um minuto. Bella aparentava ter no Maximo uns 20 anos. Como ela poderia ter uma filha de 16?. Preferi não comentar nada.

– Bom, muito obrigada a todos, estou sendo muito bem acolhida e foi um prazer conhecer vocês! Obrigada mesmo!

Todos sorriram.

– E então Carlisle, resolveu aquele problema? – Perguntou Edward para Carlisle, mais reservadamente.

– Ainda não. Vamos lá ver. – Disse eles e subiram escada acima.

Alice veio por trás de mim e me chamou

– Vem Evelyn, Esme e eu vamos te mostrar o resto da casa e você vai nos contar um pouco sobre você! – Disse ela me puxando em direção a cozinha e eu as segui.

POV Renesmee

Estava voltando para a mansão, atrasada como sempre. Carlisle disse que tínhamos todos que estar lá para conhecer a tal Evelyn, mas infelizmente me atrasei. Eu não morava com meus pais, Edward e Bella. Eu morava com o resto dos Cullen na mansão. Não gostava de ficar no Chalé de Pedra com meu pai lá invadindo a privacidade da minha mente. Agora eu ocupava seu antigo quarto na mansão. É claro, depois que Esme e Alice fizeram uma reforma nele.

Minha velocidade na floresta nem se comparava com a da minha família, mas deu para chegar rapidamente na mansão. Entrei pela porta da frente e não havia ninguém na sala. Subi as escadas e ouvi conversas vindo do escritório de Carlisle.

Segui pelo corredor do segundo andar e encontrei a porta do escritório de Carlisle entre aberta.

– Oi... cheguei! – Disse a todos ao entrar. No escritório estava Carlisle, Rosalie, meu pai e minha mãe. Todos conversando

– Atrasada de novo, não é Renesmee?! – Disse minha mãe, Bella, perdendo um pouco a calma.

– Em La Push de novo, Renesmee? – Disse meu pai, Edward com aquela sua tranqüilidade cotidiana invadindo minha mente

– Desculpa! Desculpa! Eu tentei não me atrasar! Juro! – Eu disse entrando e ignorando os olhares de desaprovação pra mim. Me sentei em um puff, Peguei uma revista e comecei a folheá-la prestando atenção na conversa disfarçadamente.

– E então Edward, o que ela estava pensando? – Perguntou Carlisle ao meu pai

– Ela ouviu nossa conversa no hospital e ouviu Rose se referir a ela como ‘humana’. – Respondeu meu pai. Tia Rose revirou os olhos.

– Continue – Pediu Carlisle

– Ela esta grata por esta sendo bem acolhida, e estranhou Bella dizer que tem uma filha de 16 anos sendo que Bella aparenta ter 20 anos... – Ergui os olhos da revista para ver a expressão de todos. Os olhos de meu pai encontraram os meus, e imediatamente me voltei pra revista.

– Então... teremos que esclarecer tudo com ela logo. – Continuou meu avô, Carlisle – Nessie?

Ergui os olhos da revista novamente como se estivesse distraída, sem prestar atenção na conversa

– Sim? – Perguntei

– Por que não vai conhecer Evelyn, tentar deixá-la mais a vontade? Logo teremos que esclarecer com ela que somos vampiros e ela vai precisar de uma amiga como você.

– Tudo bem então. – Eu disse me levantando e indo em direção a porta

– E tem mais uma coisa... – Chamou minha mãe

– Sim? – Voltei

– Você pode dividir seu quarto com ela?

– Mas há vários quartos aqui! Por que justo o meu?

– É para ela não se sentir sozinha, Nessie.

– Tudo bem então – Assenti e desci as escadas antes que meu pai pudesse invadir meus pensamentos cheios de palavrões de frustração

Desci as escadas e fui até a cozinha onde Tia Alice estava sentada conversando com a tal Evelyn, que estava de costas para mim. Minha avó Esme perambulava pela cozinha para parecer estar ‘cozinhando’.

– Oi pessoal! – Cumprimentei a todos

– Hey! Olha ela ai! – Disse Alice. A tal Evelyn se virou com um olhar admirado e curioso para mim. Aparentemente, ela era legal. – Nessie, esta é Evelyn, a qual Carlisle tanto falava. Evelyn, essa é a filha da Bella, Renesmee.

– Oi Evelyn! Como vai? É um prazer conhecê-la! – Eu disse sendo agradável.

– Oi Reneesme. É um prazer conhecê-la também! – ela sorriu

– Me chame só de Nessie. Eu sei, meu nome é meio complicado.

– Viu? Já estão se tornando amigas! – Disse Esme animada e simpática como sempre. – Nessie, por que não vai levar a Evelyn para conhecer o quarto enquanto eu faço o almoço de vocês?

– Claro. Vem Evelyn! E me conta sobre você! – Eu disse a chamando. Com aquilo que disse, minha vó Esme quis dizer ‘Por que não vão dar uma voltinha enquanto eu ponho alguma comida pronta no microondas e finjo que fui eu que fiz?’

Evelyn me seguiu e eu fui em direção ao meu quarto. Quando abri, para a minha surpresa, já havia 2 camas. Naturalmente, obra de Alice e Esme.

A Evelyn olhava o quarto não surpresa, mas, curiosa.

– Você tem uma irmã? - ela perguntou observando as duas camas.

– Não - eu disse rápido demais - Na verdade, acho que essa cama é pra você - Fui sincera

– Pra mim? - Ela olhou espantada - Como o Dr. Carlisle acha que vai conseguir que eu venha pra cá? Na verdade como ele já coloca uma cama antes mesmo de saber se posso ou não? - Não era eu que tinha que responder essas perguntas...

– Se eu disser que eles vão explicar tudo pra você, você vai ficar chateada? – Perguntei me sentando na cama - Acho que eles podem te explicar melhor... Mas, fica calma... Vovô Carlisle vai achar um jeito. Ele sempre acha.

Ela me olhou desconfiada

– Nada ilegal né? - A cara dela me fazia pensar que ela tava imaginando Vovô Carlisle como um Mafioso, seqüestrador de crianças. Não consegui segurar a risada,

– Não, não... Pode ficar calma - eu disse entre risos.

– Meio difícil - ela disse baixo.

Senti cheiro de comida e essa era a hora de sair dessa conversa embaraçosa

– Está com fome? - me levantei.

-    De verdade? - ela perguntou sorrindo envergonhada e eu assenti - Sim.

– Então vamos - Esperei ela na porta. Antes de sair ela olhou o Ela me acompanhou em silêncio.

Quando chegamos à cozinha Esme tinha deixado uns pratos sujos, imaginei que seria pra dizer que já tínhamos comido... Eles precisavam manter as aparências ainda.

– Que bom que voltaram - Esme colocou um prato na bancada - Vai comer Nessie? - reprimi o riso.

– Não, comi no Jake. – respondi

– Evelyn querida, coma. Sei que está com fome... Espero que goste – Disse Esme com sua animação de sempre

Evelyn se sentou e começou a comer em silêncio. Fiquei observando-a.

Apesar dos machucados que já estavam quase curados, a pele da Evelyn era branca meio rose Ada, ela tinha olhos azuis e grandes cílios, a boca dela era perfeita também, lábios carnudos. Os cabelos eram longos, castanhos e meio ondulados nas pontas, ela era um pouco mais baixa que eu, mas, o corpo perfeito também... Ela parecia uma boneca, era realmente bonita, bem bonita mesmo...

Evelyn terminou de comer e depois de quase travar uma batalha com Esme, voltou a se sentar pois Esme não deixou ela lavar a louça. Eu ri

– Evelyn, Carlisle está te chamando, vamos pra baixo? – Chamou minha mãe aparecendo na cozinha. Evelyn pareceu meia atordoada mas, levantou sem hesitar. - Esme, Alice... Todos.

Esme largou os pratos e Alice dançou pra perto de nós. Estava na hora de contar a Evelyn o que éramos.

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