sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

FanFic - "Welcome Home" por @Cella_es #Capítulo Único


Capítulo Único

“Senti sua falta.”
Essa foi a primeira frase que ela pronunciou assim que ele abrigou seu corpo pequeno junto ao dele; Rob imediatamente sentiu o cheiro doce dos longos cabelos escuros de Kristen, agora presos em um coque que estava prestes a despencar. Ele não perdeu tempo e enterrou os dedos longos por entre os fios, deixando-os cair em cascata pelas costas esguias dela. Ouviu um suspiro e notou que ela estava com o rosto enterrado nos ombros dele, mordendo sua pele de leve. Tão delicada, tão sua.
“Também senti, isso aqui não é nada sem você.” Ele murmurou, beijando-a no rosto repetidas vezes enquanto a guiava pela sala da casa deles, em algum lugar sossegado e escondido de Los Angeles. Um lugar onde apenas Robert e Kristen tinham permissão de pôr os pés.
“Onde está o meu menino?” Kristen perguntou e quase no mesmo instante ouviu o ruído familiar das patinhas de Bear deslizando pelo chão da casa. Sempre tão desastrado e adorável.
“Meu amor, mamãe sentiu tanto a sua falta.” Ela se desvencilhou do abraço de Robert e dobrou o joelho para ficar na altura do cachorro, que não parava de se mexer e sacudir o rabo em sinal de extrema felicidade. Kristen até ganhou uma longa lambida no rosto tamanha era a alegria de Bear.
“Ele parece mais magro, você o levou no veterinário na semana passada como combinamos?” desviou o olhar para cima para que pudesse fitar Robert. Ele fez que sim com a cabeça e ela deu um meio sorriso satisfeito; voltou-se para Bear e disse: “vamos lá pra cima, meninão, mamãe está cansada e precisa da cama dela e do papai abraçando-a bem forte.”
“Opa, dessa parte eu gostei.” Rob riu e enlaçou-a por trás, fazendo com que ela colasse as costas no peito dele; aproveitou para beijar-lhe o topo da cabeça ao mesmo tempo em que sentia os dedos finos e macios apertando os seus com firmeza.
“Wow, como é bom poder finalmente deitar na minha cama, em minha casa, com os meus dois amores...” ela sibilou jogando-se na cama e engatinhando para repousar a cabeça no peito de Robert. Bear por sua vez agitava-se como nunca, pulando de um lado para o outro sobre o colchão e provocando uma série de gargalhadas.
“É bom você estar de volta. Seu cheiro estava quase sumindo do travesseiro.” Robert comentou passando os dedos pela curva da cintura de Kristen apenas para deixar um rastro de arrepios sobre a pele dela. Como ele amava causar aquele tipo de reação nela.
Eles ficaram algum tempo ali na cama, só observando o jeito que Bear latia e rolava no colchão para chamar-lhes a atenção. Quando o cãozinho meio desengonçado cansou, simplesmente pulou para fora da cama e saiu do quarto, deixando seus “pais” a sós. Kristen foi a primeira a quebrar o silêncio com uma risada fraquinha.
“Ele é uma figura. Pula, rola, late e do nada para tudo e vai embora. Dá pra entender?” ela perguntou virando a cabeça para o lado de modo que pudesse encarar Robert diretamente nos olhos.
“Bear é um garoto esperto, percebeu que a gente queria ficar sozinhos um pouco e quis nos dar privacidade.” Ele sibilou aninhando Kristen um pouco mais junto ao seu peito enquanto deslizava uma das mãos pelo rosto dela, retirando alguns fios de cabelo que insistiam em grudar em suas bochechas coradas.
“Me ame, Robert. Agora.” Kristen pediu em uma voz embargada por um misto de saudade, anseios e uma pitada de desespero. Ela o queria tanto que doía-lhe a alma passar tempo demais longe de Robert.
Ele não disse uma palavra, apenas deitou Kristen sobre a montanha de travesseiros da enorme cama que eles dividiam e buscou seus lábios sem pressa, mas com vontade. Beijou-a do jeito que ela pedia e merecia, degustando-a, amando-a como ela lhe pedira. Sua língua tocou-lhe o canto da boca rosada, fazendo com ela gemesse baixinho e arqueasse o corpo de encontro ao dele. Robert pôde sentir a rigidez dos seios pequenos de Kristen arranhando seu peito.
As roupas de ambos logo transformaram-se em um amontoado de pano em um canto qualquer do quarto. O toque de Robert sobre a pele de Kristen parecia o de uma pluma, mas uma pluma que queimava por onde passava. Era suave e quente, ardido, doce e delicado. Insuportavelmente delicado.
Sua boca parecia querer estar em todos os cantos do corpo de Kristen, sequiosa, faminta, desesperada. Mas ainda assim ela só sentia a agonia de tê-lo tão superficialmente junto dela. Ela queria mais. Exigia, na verdade. Queria poder senti-lo, plena e totalmente.
Quando Robert voltou a buscar sua boca em mais um beijo profundo, lento e torturante, Kristen aproveitou para acabar de vez com a dor de não tê-lo dentro de si. Arqueou as pernas e dobrou-as sobre a cintura de Robert, resfolegando alto ao senti-lo centímetro por centímetro invadindo-a, desvendando-a. Devorando-a.
Rob – sem reação – apenas fitou o rosto de Kristen em busca de algo que pudesse fazê-lo entender o que estava acontecendo. Parecia tão irreal aquele tipo de sensação que se apoderava de seu corpo que ele precisava de algum sinal para ter certeza de que não estava sonhando. O sorriso macio deslizando pelos lábios de Kristen foi o suficiente para fazê-lo acreditar que aquilo era totalmente real e estava acontecendo.
Seus corpos então iniciaram uma espécie de coreografia, tão perfeita, milimetricamente ensaiada... Kristen colou a testa na de Robert e roçou o nariz no dele ao mesmo tempo em que ele rodeava seus quadris com as mãos cheias de vontade. Os dedos dela apertando seus cabelos com força causavam em Robert um imenso de desejo de sorrir. E foi isso que ele fez, sendo imediatamente correspondido por Kristen.
Nenhum dos dois teve pressa de terminar o ato, tempo para eles era algo supérfluo e dispensável; por isso, Robert tocou sua boca, provou seu corpo e mergulhou em sua alma. Profundamente. Até o fundo e então emergiu, satisfeito e feliz. Muito, muito feliz.
Silêncio naquele quarto parecia a sinfonia perfeito para embalar aquele momento que pertencia somente a eles dois. Robert riu baixinho quando Kristen pulou para fora da cama só para pegar sua camisa, que estava embolada no chão do quarto. Ela vestiu a peça e voltou para os braços de Robert, sendo prontamente amparada por eles.
“Eu amo você.” Ela sussurrou mordendo a ponta de seu queixo levemente barbudo.
“Não mais do que eu amo você.” Ele respondeu beijando-a na testa com delicadeza. Eles ficaram alguns minutos calados, apenas rindo esporadicamente quando Robert conseguia fazer cócegas na cintura fina de Kristen.
“Você não vai fazer isso que estou pensando que vai, não é?” Robert perguntou ao ver Kristen ligando a tv e sintonizando-a no canal de culinária. Ele já deveria esperar por isso.
“Você quer um jantar gostoso, não quer? Então me deixe ver o programa, ah droga, está acabando. Anda, Rob, pega meu caderninho de receitas ali na gaveta antes que termine.” Ele gargalhou descrente, mas fez o que ela pedira.
Ficou apenas observando-a com os olhos fixos na televisão enquanto acomodava o queixo na curva do ombro dela e beijava um pouco abaixo de sua orelha. Começou a sussurrar palavras de carinho, alternando-as com leves selinhos que pouco a pouco foram deixando Kristen mole. O caderninho colorido caindo no chão foi o sinal que ele precisava para voltar a tomá-la nos braços e cobri-la com sua boca voraz.
“Enquanto você estiver aqui comigo, nessa cama, eu não preciso de qualquer comida para me alimentar. Eu só preciso de você agora, Kristen. Só de você...” ela riu e deixou que ele novamente a amasse, devotado e livre de qualquer pressa. Com o olhar, o toque e as palavras que pareciam tatuar cada pedacinho da alma de Kristen.
Robert tinha razão, no fim das contas. Ela só precisava dele naquela noite, para saciá-la e amá-la como só ele sabia fazer.
[...]


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