Capítulo 17
Tudo o que eu via era o escuro.
Eu não enxergava absolutamente nada. Apenas a sombra que se movia de um lado pro outro no quarto.
“Exatamente isso, Tabattazinha” – eu ouvia o homem dizer – “a sua mamãe me mandou aqui, dar o castigo que você e o seu pai merecem!”
Tabatta: o meu pai não merece castigo, deixa ele em paz! – eu a ouvia gritar, e me pus sentada. Foi ai que notei minhas mãos amarradas. A luz se acendeu.
“ah, aqui está ela...” – ele puxou a venda de meus olhos. Eu o vi melhor. Era musculoso, grande e de cabelos escuros e um tanto compridos. Se não fosse do crime, poderia até que ser um homem bonito, mais eu o reconheci. Ele era o namorado de Kelly, a mãe de Tabatta. – “olá senhora Cullen...” – riu debochadamente.
Eu não disse nada, apenas olhei pra Tabatta quietinha.
Tabatta: deixa ela, John! – ela gritava – ela num fez mau pra ninguém...
Eu via as lágrimas no rosto dela, e o olhar maldito daquele pilantra.
John: Ah, a sua mãe já me pagou, Tabattazinha... Agora eu tenho que castigar você. E castigar o seu pai através dela... – ele fechou o punho no pulso pequenino de Tabatta, e foi minha vez de gritar.
Bella: DEIXA ELA, NÃO FAZ NADA COM ELA... – eu dizia entre berros, desesperada com a possibilidade de ele machucar a minha Tabatta. Ele não pareceu me ouvir – DEIXA ELA, EU FICO NO LUGAR DELA... EU... – senti medo quando ele largou-a me olhando surpreso.
John: sabe que não é má idéia... – ele coçava o queixo e me olhava sorrateiramente com os olhos azuis. – você bem que é bonitinha... – ele se abaixou na minha frente, e tocou a minha cocha. Senti seu toque quente e nojento em minha pele, e gritei. – QUIETINHA gracinha! – Ele me deu um forte tapa na perna. – anda, de pé.
Eu não tive força pra me erguer, ele me pegou pelos cabelos me fazendo levantar do chão e ficar ereta.
Tabatta: o que você vai fazer com ela? DEIXA ELA... – ela gritava.
John: vou fazer com ela o que não posso, quer dizer, eu posso fazer com você. Mais acredite, com ela vai ser bem mais interessante... Não gosto muito disso de ser pedófilo. Não tem a menos graça...
Eu senti meu coração sair pela boca e comecei a me debater. Tentar fugir...
Ele me jogou por cima do ombro me carregando pra outro cômodo, batendo a porta pra que Tabatta ficasse do outro lado.
Eu me senti sendo jogava sobre uma cama estranha, e na hora ele ergueu a minha saia.
Bella: me larga, ME SOLTA!
Ele voou por cima de mim, e senti seu peso esmagador sobre meu corpo. Sua mão estava no cós da minha calcinha, e as minhas pernas tentavam em vão empurrá-lo. Eu só conseguia chorar a chorar...
John: é melhor você calar essa sua boca linda... – a voz dele era repulsiva, horrível. – fica quietinha e vê se aproveita, porque se não quem vai sofrer com isso vai ser a sua Tabattazinha... – ele procurava meu rosto, e eu desviava dele tentando livrar minhas mãos amarradas fortemente.
Bella: não, por favor, me larga... – ele se levantou um pouco e apanhou uma algema e com ela pretendeu o pano que amarrava minhas mãos na madeira da cabeceira. Eu fiquei inerte, apenas com as pernas livre.
Eu tentava chutá-lo, mais ele me imobilizou segurando minhas pernas uma de cada lado do corpo.
John: eu posso fazer gostoso se você relaxar gatinha... Eu não gosto de obrigar... – ele olhava pro meu corpo – mais se você for uma menina má, vou ser obrigado a fazer a força.
Bella: eu nunca vou ceder seu NOJENTO, REPULSIVO, IMUNDO... VOCÊ VAI PAGAR POR ISSO! – ele largou a minha perna direita e me deu um tapa na cara.
Eu senti meu rosto arder, e minha cabeça latejar tamanha a intensidade.
John: cala boca, sua vadiazinha... – as mãos dele rasgaram a minha blusa e eu grunhi. – agora você me deixou bravo, sua piranha...
Eu comecei a gritar e gritar, não querendo acreditar que aquilo estava acontecendo comigo. Eu nunca podia imaginar que um dia eu seria... Estuprada. Eu não podia deixar isso acontecer, eu não podia pertencer a outro homem que não fosse o meu marido! Entrei em desespero ao ouvir Tabatta bater na porta de onde estávamos. Ela chamava meu nome enquanto eu me esquivava dos beijos daquele desgraçado.
Bella: me solta seu cretino... – eu já nem ouviu o que dizia. Eu só sentia dor com os dentes dele repuxando em minha pele, as mãos dele me apertando na perna fortemente... Ele puxou meu sutiã, e sem poder usar as mãos, tentei virar de costas pra ele.
Em resposta me imobilizou com apenas um braço, e começou a deslizar a boca pelo meu corpo. Eu queria vomitar, queria matá-lo. Era como se ele me poluísse e me marcasse de uma forma que eu jamais poderia me limpar ou me curar.
Eu me mexia, se contorcia... Tentando me livrar dele.
Ele me machucava... Machucava muito.
John: fica quietinha sua imbecil... Eu já disse o que vai acontecer se você não se comportar...
Eu não podia me render a esse maldito... Não importa! Ele me bateu mais uma vez, e sem mais, puxou minha calcinha e a rasgou antes de terminar o percurso.
Eu só gritei quando me vi nua a frente daquele nojento, e senti ódio crescer dentro de mim. Ele abriu minhas pernas, mais voltei a fechá-las.
Só de pensar que há algumas horas eu estava com Edward em nossa cama, em nosso quarto... Que era ele quem me tocava e não esse nojento.
Era ridículo! Eu não podia deixar isso acontecer... Mais não tive escolha. Ele enfiou a mão entre os meus joelhos e separou minhas pernas me segurando com força. Eu não parei de resistir, e foi ai que ele puxou uma navalha de dentro da calça que ele tirou do corpo jogando no chão.
Ele estava nu da cintura pra baixo, e eu senti o meu terror crescer.
Bella: não... – não terminei de falar, ele passou aquela navalha prateada e brilhante em minha cocha fazendo um corte profundo. Eu gemi com a dor, e senti as lagrimais quentes em meu rosto.
Senti a pele se rompendo aos poucos e o fluido quente saindo dela. O sangue desceu por minha perna, e ele passou a língua por ele. Eu gritei com a sensação de horror, e ele pousou a navalha em meu pescoço.
John: se você der mais um piu... – ele falava, e eu chorava – vou enfiar esse navalha na sua garganta e depois que eu te matar, mato a sua querida enteada também, assim como aquele mauricinho do seu marido, entendeu maldita?
Eu não tive coragem de falar. Virei meu rosto e senti a minha perna profundamente machucada formigar e perder a força. A outra também fraquejava, logo após também ser perfurada, assim como meus braços presos acima de minha cabeça.
Eu senti minhas defesas caindo ao vê-lo abrir minhas pernas e se acomodar em meio a elas. Eu só chorava baixo, só sentindo aquele nojo continuo, como se eu estivesse sendo morta por dentro.
Ele se forçava pra dentro de mim e a dor era intensa. Eu não sentia prazer, eu não sentia vontade, eu só sentia nojo e dor... Cruelmente, terrivelmente.
Tabatta: Bella! – ela gritava do lado de fora batendo na porta fortemente. Ela chorava muito – por favor, deixa ela em paz! – eu sentia meu coração apertar, minha alma sangrar com ela lá fora chamando por mim.
Ele apertava meu corpo, me machucava pra eu não sentir prazer. Não havia como sentir, uma vez que depois dessa noite a vida vai estar acaba pra mim... Eu não teria mais coragem de me deitar com Edward depois de ser manchada dessa maneira.
Eu tinha jurado pra ele que seria pra sempre dele e de mais ninguém, mais eu não pude cumprir a minha promessa.
Enquanto ele se saciava do meu corpo, me dizendo palavras sujas e asquerosas, me machucando fisicamente... Eu só tentava pensar que aquilo não iria durar pra sempre, e que era só um corpo. Só um corpo que um dia ia deixar de existir...
O corpo que eu sacrificava sem lutar pra manter Edward e Tabatta a salvo.
Uma hora, acabou.
E acabou pra sempre.
0 comentários:
Postar um comentário