Capítulo 13
BELLA POV
Eu estava voando?
Se não era isso, era algo parecidíssimo. Acordei na cama dele, como me era de costume a uns dias... Mais com uma diferença; eu estava nua.
Tateei a cama em busca de algum sinal dele, mais Edward não estava ali. O sol entrava pela janela fortemente, forçando meus olhos em direção a seus raios fortes.
Deveria ser umas onze, talvez meio dia. Droga! A escola... Perdi a aula!
Me sentei, e me deparei com o espelho do teto escrito com batom vermelho...
“Bom dia, senhora Cullen.
Eu te amo”.
Eu ri comigo mesma, e depois de uns segundos encarando o teto e pensando como ele conseguira escrever ali, me pus de pé e senti tudo doer.
Suspirei. Ardeu, e minhas pernas tinham dificuldade em ficar fechadas. Eu ri sozinha, ele ia me pagar! Tinha me aleijado!
Me arrastei até o banheiro sentindo uma dor que vinha de dentro, literalmente. E quando lá cheguei, o espelho do banheiro, escrito com o mesmo batom, ele me deixara outro recado.
“Espero que não fique chateada comigo.
Não tive coragem de te acordar de manhã, você me parecia tão doce dormindo...
Tive que ir trabalhar, mais quero que saiba que daria tudo pra estar com você.
Comprei uma coisinha pra você, espero que use-a agora mesmo, e depois me ligue pra dizer o resultado.
Preciso repetir que te amo?
Eu te amo,
Edward”.
Sorri, e olhei abaixo do espelho.
Havia um embrulhinho vermelho,e envolto numa fita de presente azul. Apanhei curiosa, e desfiz o embrulho retangular com cuidado. Eu ri alto quando vi do que se tratava. Será possível? Um teste de gravidez.
No mesmo instante, percebi o que aquilo significava. Eu tinha dezessete anos, estava casada com um homem maravilhoso e que eu amava imensamente. Eu tinha tudo de bom na vida, e agora, eu era de fato, uma mulher.
Tão mulher, que eu podia estar grávida.
Como aquilo soou irônico! Se a alguns meses alguém me dissesse que eu podia estar grávida, provavelmente eu entraria em pânico profundo!
Mais agora, estando casada e “pronta” pra ter um bebê, não me parecia uma idéia ruim, mesmo sabendo que NÃO ERA A HORA pra rolar. Mais se fosse, viria e seria bem recebido.
Pela fita azul, julguei que Edward preferiria um menino. Lavei o rosto, sem ir ao banheiro. Deveria ser realizado com o primeiro xixi do dia. Tomei um banho segurando o máximo que pude o xixi, e sai rápido, correndo pra fazer o teste.
Coloquei no meu xixi, e assim que começou o momento de “espera”, sem ver o resultado, o coloquei na caixinha de volta, e corri pra escrever um bilhete.
Assim que o escrevi, embrulhei o pacotinho, e entreguei a Pierre.
Bella: entregue a Edward na empresa, diga a ele que é muito importante que receba rápido! Pelo amor de Deus, NÃO PERDE! - ele assentiu, e apanhou o embrulho e o bilhete. - nas mãos dele, heim!
Pierre: pode deixar senhora, vai estar nas mãos dele daqui a vinte minutos! - ele saiu rápido, e eu fiquei ali, com o coração na boca. Fora no mínimo um sacrifício pra mim fazer aquilo, sem ver o resultado.
Voltei para dentro de casa, comi alguma coisa, e vi Marie vir em minha direção.
Marie: senhora, telefone pra você. - ela me estendeu o fone, e feliz, pensei que era Edward.
Travers: senhora Cullen?
Bella: Quem fala? - eu quase cai da cadeira ao ouvir a voz do homem do outro lado. Que voz macabra! Não era aquela coisa bela e sensual que eu esperava.
Travers: Travers, o detetive que a senhora contratou! - eu exclamei - liguei pra avisar que já localizei a menina e a mulher que a senhora procura...
Bella: Já? - eu sai da mesa, e subi em direção ao quarto.
Travers: sim, elas moram num bairro bem pobre aqui mesmo em Los Angeles. A tal da Kelly é mesmo uma prostituta. Trabalha numa boate chamada seducion’s todos os dias da semana, tem vinte e nove anos, namora com um desempregado que tem duas passagens pela policia, uma por roubo, outra por suspeita de estupro. - minha boca foi ao chão - ela tem uma filha chamada Tabatta Elizabeth como me informou, a garotinha tem exatos seis anos, freqüente uma pré escola perto de casa, e passa a maior parte do tempo em casa, sozinha. Seu marido paga pensão alimentícia, sabia? E uma bem alta pelo que posso ver aqui... Quatro mil por mês, e a menina vivem em péssimas condições, mais a mãe... Só anda de roupas glamorosas e infestada de coisas caras. Se eu fosse você eu...
Bella: Quero que me encontre o MELHOR advogado desse país, Travers. E inicie agora uma luta na justiça pela guarda dessa menina, entendeu? Eu pago quanto for preciso... Edward não pode saber de nada, está bem? - eu tremia só de escutar o que ele dizia. Era como se eu pudesse ver o rostinho dela em minha frente.
Travers: vai ser fácil, senhora. Você e seu marido tem tudo pra ficar com a guarda, mais... Essa mulher, a tal da Kelly tem parte com muitas facções criminosas, é arriscado desafiá-la.
Bella: não me importa! Quero que me passe o endereço dela, JÁ! - ele hesitou, mais no fim, me passou. - amanhã mesmo irei vê-las... Pode ir comigo?
Travers: claro, eu não deixaria a senhora ir desacompanhada!
Marcamos um horário em que Edward estava na empresa... A tarde. Estava tudo combinado.
Bella: Agradeço pelos seus serviços, Travers.
Travers: você é uma boa cliente, senhora Cullen. Até. - Desliguei, e comecei a caminha de um lado pro outro.
Passei a tarde toda descabelando! Um ladrão estuprador... Deus! O que essa menina já deveria ter passado? Uma prostituta que tem parte com facções criminosas?
Ela tinha um pai maravilhoso, e não precisava passar por isso. Mais se Edward descobrisse que eu estava mexendo com isso, iria ficar no mínimo LOUCO! Eu é quem não entendia o porque dele ficar de mãos abanando, quando a filha dele passava por uma situação dessas... Tinha mais coisa nessa história do que eu pensava! Ah se tinha...
EDWARD POV
Já eram mais de três quando o motorista entrou em minha sala com o pacotinho que eu mesmo tinha deixado pra Bella de manhã.
Pierre: ela mandou entregar pro senhor... - falou num fio de voz - pessoalmente.
Edward: Ah, Obrigado Pierre... - ele saiu, e eu continuei a encarar o bilhete e o embrulhinho.
Desfiz o bilhete, e o li.
“Edward,
Quando acordei, senti sua falta. Mais não estou chateada. Como poderia estar depois da melhor noite da minha vida? Eu também te amo (respondendo ao recado do espelho sobre a cama), e eu também queria estar com você, mais te entendo (respondendo em parte, ao espelho do banheiro). Sobre suas mãos, neste momento, deve estar o teste de gravidez que você me deixou. Sim, eu o fiz! Mais não, não conferi o resultado. Deixei essa parte com você... Espero que ai esteja algo que te agrade. Pois seja qual for o resultado, ele não me amedronta. Você está comigo, e nada pode ser melhor.
Preciso repetir que te amo? [2
Eu te amo,
Bella.”
Eu ri sozinho, e desembrulhei o pacotinho.
Mirei a caixinha, e tirei de lá algo parecido com um palito de sorvete. Era o teste mais confiável do mercado, era noventa e oito por cento correto.
Encerei, e apanhei a bula de resultados. No de Bella, um sinal de mais em azul aparecia.
Sinal em azul: negativo.
Sinal em vermelho: positivo.
Eu ri comigo mesmo, e coloquei o teste, e o papel do embrulho no lixo. Só o bilhete guardei comigo...
Não, não seria desta vez. Ainda éramos dois... Só eu e Bella. Foi ai que a minha depressão voltou... Eu não podia esquecer da minha filha.
Eu tinha uma filha... Sim, eu TINHA!
Tabatta... Eu queria tanto vê-la! Queria tanto poder lutar por ela... Tentei afastar a realidade de mim, e apanhei minhas coisas e sai dizendo para a nova secretária (Liss foi demitida) que eu só voltaria amanhã.
Entrei no carro, e parti em direção a periferia de Los Angeles. Eu tentei desviar o caminho, mais quando vi, a pré escola estadual onde ela freqüentava estava a minha frente.
As crianças saiam animadamente, e ela estava lá, sentada sobre um banquinho, com os tornozelos que não tocavam o chão entrelaçados, usando um short-saia azul marinho, uma blusinha com o símbolo da escola, e os cabelos longos até a cintura emoldurando seu rosto.
Senti meu coração se apertar. Ela estava com um livro sobre o colo, que pude ver ser um conto de fadas... Rapunzel. Mostrava para o amiguinho que seu dente havia caído, exibindo um buraco em sua boca.
Ele ria, e ela também.
Senti minha mão ir até a trava do carro, senti se encher de suor, e paralisar. O amiguinho dela foi embora, e seus olhos verdes eram pura tristes enquanto via o pai do amigo o guiando pela mão. Ela era tão linda...
Olhei para todos os lados, e nem sinal de Kelly.
Liguei o carro, e rondei o quarteirão... Nem sinal dela. Voltei para frente da pré escola, agora, Tabatta estava sozinha sem ninguém, só ela e uma professora.
Será que ela deixaria minha filha ir embora comigo? Será que eu seria louco o suficiente pra fazer isso? E Bella? Como ela reagiria quando eu entrasse com a minha filha com outra mulher em casa?
Era irracional, idiota, mais eu já estava atravessando a rua.
Ela olhava para o livro, e quando cheguei perto o suficiente, ergueu o rosto para me olhar. Seu choque foi nítido, ela exclamou alto, enquanto fechava o livro. Será que se lembrava de mim? Ela era muito pequena quando me viu pela ultima vez, deveria ter três ou quatro anos.
Edward: Olá Tabatta. - sorri com as mãos no bolso, rezando para que Kelly não apareça. Ela apenas me olhava, seus olhos verdes idênticos aos meus presos em mim.
Professora: Até que enfim! - disse chegando perto de nós - escute senhor, precisa vir mais cedo buscar a sua filha... A Tabatta fica todos os dias até quase uma hora depois do horário. Estou avisando, vou dar parte no conselho tutelar.
Sem dizer nada, assenti.
Edward: não vai se repetir. - falei tremendo em voz - vamos?
Será que ela iria querer ir comigo? Uma vez que me rejeitou um dia... Sem hesitar, ergueu a mão, e apanhou a minha.
Deus! O que eu estava fazendo?
1 comentários:
muito lindo nao vejo a hora de ler mais adorei
Postar um comentário