O Final? Não, é apenas o começa!
Parte Final.
Na Plenitude da felicidade, cada dia
é uma vida inteira. (Johan Goethe).
POV_EDWARD
Minhas
mãos estavam suando, mas meu corpo estava gelado. Ansioso. Era assim que eu me
sentia no momento. Medo. Era outro sentimento também. Mas eu me perguntava
“medo de que?“ ela não vai me abandonar no altar. Sim, eu estava agora no final
do corredor de um tapete branco a espera de Bella. Depois de toda a confusão do
seqüestro e da morte de sua mãe, decidimos que era melhor nós unirmos o mai
rápido, de todas as formas humanamente possíveis. E aqui estou eu, vestindo um
smoking perfeitamente alinhado com meu pai e Sam ao lado, me olhando divertido.
Emmet e Rose também estavam ali e Bella fez questão de convidar o Dean também. Esme
e Alice estavam com Bella em algum lugar, e eu me perguntava por que elas
demoravam tanto. Aidan, Ally e Enzo estavam com Maria perto de mim, fiz questão
de deixá-los a minha vista. Suspirei frustrado com demora e vi meu pai prender
a gargalhada junto com Sam.
-Muito
engraçado mesmo. Disse sarcástico.
-Calma
filho, ela não vai fugir. Disse ele tentando
me acalmar.
-Mesmo
que ainda haja tempo. Disse Sam
divertido. O relacionamento dele com Alice estava melhor do que nunca e eu não
duvidava que logo eles anunciariam casamento, ou um filho. Quando vi Esme no
fim do tapete, andando apressada com um sorriso carinhoso no rosto, entendi que
finalmente havia chegado a hora. Todos se levantaram e uma música suave começou
a preencher o ambiente. Alice apareceu radiante no final do tapete, mas o único
problema é que ela andava lentamente, e eu queria poder gritar, vai mais
rápido. Seu sorriso era encantador, e seus olhos estavam completamente ligados
ao de Sam, que tinha um sorriso bobo na cara. Eu que deveria rir dele agora. Depois
de um tempo, vi Thomas entrar também, trajando um terno branco e com uma
pequena almofada nas mãos. Na falta de uma menina para trazer as alianças,
sobrou para ele. Mas depois as observações que eu estava fazendo sobre cada um
foi esquecida. Os pouquíssimos convidados se levantaram e prestaram atenção na
entrada. Minha mente ficou focada apenas no ser entrando divinamente pela
porta. Bella. Hum... Isabella. Tão perfeitamente linda, que eu tinha vontade de
andar pelo corredor para ir buscá-la, já que ela fez questão de entrar sozinha,
alegando que ninguém substituiria o lugar de seu pai. Enquanto olhava para seus olhos de chocolate
derretidos, minha mente foi inundada de lembranças de um tempo não muito
distante.
-Você não se vê com muita clareza Isabella.
Disse segurando em sua mão, fazendo-a olhar diretamente para meus olhos.
-Me chame de Bella. Disse olhando-me
profundamente com seus olhos de chocolates derretidos. A primeira vez que
passeamos pelas ruas, do menino “enviado pelo maligno” ter mandado aquele
bilhete estranho.
-Posso te pedir uma coisa? Pediu ela
com o rosto começando a ficar corado.
-O quê? Perguntei curioso.
-Me beija?Pediu olhando para nossas
mãos entrelaçadas. Levantei-me do chão, fazendo-a se levantar também e abracei
seu corpo pequeno. Beijei sua testa, suas têmporas, a pontinha de seu nariz,
suas bochechas coradas e depois dei um selinho em seus lábios quentes. Comecei
a abrir seus lábios com minha língua, bem suavemente, sem querer assustá-la.
Suguei seu lábio inferior e ela fez a mesma coisa. Apertei minhas mãos em suas
costas, trazendo-a mais para perto. Senti minha língua tocando levemente a sua
e uma explosão de calor acumular-se em meu interior. O beijo que inicialmente
era tímido e delicado tornou-se rápido e urgente. Eu sugava sua língua com
fome, seu gosto era tão refinado, doce que estava me levando à loucura. Senti
que o ar faltou para nos dois e diminuir a intensidade do beijo, dando apenas
selinhos para depois me afastar.
-Obrigada. Sussurrou corada.
-Você fica tão linda assim,
vermelhinha. Disse rindo. Nosso incrível primeiro beijo.
Ela
sorriu genuinamente e me abraçou. Eu estava tão satisfeito por ter lhe contado
a verdade, ela não havia fugido de mim, ela não me abandonou.
-Eu amo você. Sussurrei olhando
diretamente em seus olhos. Sim, eu a amava, mais do que qualquer outra coisa. -Obrigado
por me trazer de volta a vida. Ela apenas ficou me olhando com seus olhos de
chocolates, que agora pareciam mel.
-Me deixe te amar Edward? Deixe-me te
amar e me ame também. Sussurrou olhando fundo em meus olhos.
A
forma como ela me aceitou, mesmo depois de saber a realidade da minha vida, e ainda
me pediu para fazer amor com ela. Ela entregou-se a mim de corpo e alma. Merda.
Ela me amava. Ela me ama. Deu-me dois filhos perfeitos. E eu imagino como seria
se ela não tivesse aparecido em minha vida. Se eu não tivesse entrado naquele
café. Se eu não tivesse recebido seus inúmeros sorrisos incrivelmente
encantadores todas as sextas-feiras. O que seria de mim se eu não tivesse
falado com ela nunca. Nada.
Seria
apenas vazio. Talvez Carlisle não tivesse mudado talvez eu nem tivesse o meu
pai de volta, e nem o Thomas. Talvez. E
se? Deixei de lado esses pensamentos que não estavam me levando a nada e me
concentrei na menina a poucos passos de mim. Quando finalmente ela estava ao
meu alcance, deu alguns passos ao seu encontro e ouvi os risos abafados de alguns. Não me importei, eu já havia esperado de
mais. Seus olhos estavam cravados nos meus em uma intensidade gritante. Eu
tinha vontade de pedir ao padre para ir logo com a coisa, para assim pegá-la em
meus braços e correr para algum lugar tranqüilo onde eu possa amá-la sem
reservas. As palavras do padre mal
entravam por meus ouvidos, eu estavam concentradas nas pequenas mãos agarradas
as minhas, os olhos um pouco avermelhados, com pequenas lágrimas descendo por
suas bochechas levemente rosadas. Ela tinha um pequeno sorriso nos lábios eu
simplesmente a olhava com se ela fosse algum premio de loteria. Sem deixar
nenhum som sair, mexi minha boca para dizer Eu Te Amo. Ela apenas sorriu e fez o gesto de dizer Eu Também. Não tinha como eu ser mais
feliz.
POV_BELLA
Explosões.
Era isso que eu sentia dentro de mim. Grandes explosões de sentimentos. Era
como se meu coração estivesse se deslocando dentro do peito para fazer com que
todo o amor que eu sentia se abrigasse e crescesse gradativamente. Era muito
amor para uma pessoa só. Eu sentia como se fosse morrer de amor, mas depois de
tudo que eu já passei nessa vida tenho certeza que agora, quando eu finalmente
estou com a felicidade batendo em minha porta, não era o momento de partir. Agora
era meu momento. De ser feliz com minha nova família. Com a família que eu
estava formando e com a que eu ganhei. Rose, Emmet, Sam e Dean, pessoas
incríveis que ganhei depois que Edward chegou a minha vida. Edward, ah meu
amor. As forças que seus olhos me transmitiam amor eram tão intensas, que eu
tinha certeza que poderia enfrentar qualquer coisa com ele ao meu lado. Eu não
via à hora de voltar a cursar a faculdade. Edward poderia tentar também, já que
agora tinha concluído os estudos. Mas é claro que eu esperaria meus bebês estarem
maiores. As palavras do padre ecoavam por minha mente, mas eu não prestava
atenção em nada, apenas nos olhos que me olhavam com devoção.
-Sim.
Sussurrou Edward com pequenas lágrimas
deslizando por seu rosto. Sua voz estava um pouco afetada, mas não deixava de
ser suave e aveludada.
-Sim.
Sussurrei sufocada. Eu tinha vontade de
gritar, Sim porra! É lógico que eu caso.
Mas do nada o barulho do telefone celular preencheu o ambiente. Dean pediu
desculpas e saiu correndo para longe. Mas
a cerimônia já estava encerrada e agora havia a pequena festa que Alice e Esme
haviam preparado. Eu simplesmente
não via à hora de ter um momento a sós com o
Meu Marido.
[...]
Edward
estava com Ally e eu estava com Enzo, todos estavam reunidos no jardim da casa
de Carlisle. A festa era tranquila, nada de grande coisa e apenas os amigos
íntimos estavam ali. Sam e Dean haviam sumido e isso de alguma forma estava me
preocupando.
-Algum
problema Bella? Perguntou Edward suavemente.
-Nada.
Nada de mais. Mas ele não engoliu, me conhecia o suficiente para saber que
alguma coisa me incomodava. Sam e Dean finalmente voltaram e suas expressões
eram sombrias. Senti meu corpo ficar tenso.
-Temos
um anúncio. Disse Dean com a voz tensa. Edward apertou Ally em seus braços e me
abraçou protetoramente.
-É
sobre Tânia. Disse Sam.
-Fale
de uma vez Sam. Disse Carlisle.
-Ela
foi encontrada em Londres, quase foi presa por estar agarrando um homem loiro e
chamando-o de Carlisle. Nesse momento ela está sendo levada para um manicômio.
O silêncio foi total, depois gargalhadas foram ouvidas por nossos amigos.
Edward relaxou ao meu lado e Dean e Sam sorriu.
-Vocês
deveriam ser autores e não advogado. Disse Alice sorridente.
[...]
O
turbilhão de sentimentos que passavam por mim nesse momento fez com que minhas
pernas falhassem. Ele me segurou pelos braços e sua proximidade foi demais para
mim. Seus olhos me transmitiam tamanho desejo e carinho que não fui capaz de me
controlar. Tomei sua boca na minha e deixei meu corpo totalmente entregue a
ele. Senti seus beijos por todo meu rosto. Entramos em meu quarto sem nem ao
menos ver. Totalmente tomados pelo desejo. O calor que emanava de seu corpo faz
com que o meu se curve ao prazer. A maciez do seu toque envolvia minha alma com
luxúria a sensibilidade. Retirei sua camisa com pressa de sentir mais contato
entre nossos corpos e ele faz o mesmo. Nossos corpos se tocando distribuía
choques por entre nós. Nossas bocas afoitas travavam uma batalha louca e
sedutora. Deixando-me cada vez mais alucinada. Suas mãos tocaram minha cintura
na altura da saia e logo o senti deslizar pelas minhas pernas. Os lábios
quentes dele fazem um caminho de fogo pelo meu pescoço, lambendo e sugando.
Depois desceu para a barriga, contornando o umbigo com sua língua macia. Retirei
sua calça com uma pressa louca e visualizei seu desejo por mim escondido na cueca
boxer. Não hesitei em tirá-la, o membro duro e pulsante saltou para fora me
enlouquecendo de vez. Enquanto suas mãos trabalhavam em retirar minha lingerie
e deixar-me completamente nua, sentia seu membro entre minhas mãos. Pulsando.
Seu gemido é como músicas para mim. Os nossos corpos nus em um show de
sensações faziam com que a aura do meu quarto ficasse repleta de luxúria e um cheiro delicioso. De
excitação. Deixou-me sentada na beira da cama e se ajoelhou em minha frente. Sua
língua feroz foi direcionada ao meu ponto extremo de prazer. Senti o ápice chegar
enquanto sua língua sugava meu clitóris com vontade. Puxei-o pelos cabelos não
permitindo que terminasse seu trabalho e o beijei. Sua língua continha meu
sabor e isso me enlouquecia. Deitou-se novamente em cima de mim e me penetrou.
Os seus movimentos carinhosos e ligeiros enlouquecem-me cada vez mais. Sem me
deixar raciocinar. Meu coração descompensado fazendo-me morrer por alguns segundos.
Suas mãos molduram minhas curvas, o suor preencheu seu rosto lindo e eu sentia
vontade de sugar com a ponta da língua. Seus movimentos rápidos dentro de mim
me faziam aproximar-me cada vez mais de um orgasmo intenso. Sua língua
contornando meu pescoço, minhas mãos agarradas em seus cabelos, minhas unhas na
carne macia de seu traseiro, puxando-o mais para mim. Mais para dentro. Seus
olhos se conectaram com os meus e seus sussurros me permitiram sentir-me
realizada.
-Eu te amo... Amo. Amo. Amo. Era
como se fosse nossa primeira vez. Tudo era tão intenso e fervoroso. Estávamos em minha antiga casa. Decidimos que não iríamos viajar, pois não
queríamos ficar longe das crianças, mas isso não seria empecilho para nós
entregarmos ao desejo de unir nossos corpos.
Epílogo
“Nossas dúvidas são traidoras e nós
fazem perder o que, com freqüência, poderíamos ganhar, por simples medo de
ariscar.” (Willian Shakespeare).
UM ANO E MEIO DEPOIS
POV_BELLA
-Isabella
Marie Cullen. Ouvi a voz de o meu professor Jeremy me chamar e fui a caminho do
palco. Os passos incertos com medo de cair de cima daqueles saltos enormes.
Finalmente. Conclui meu curso de medicina e estávamos em minha formatura.
Enquanto tirava algumas fotos, olhei para as pessoas que eu mais amava ali. O
semblante de Edward era de amor e orgulho. Em seus braços estavam Ally e Enzo,
que me olhavam atentamente enquanto ele esticava os bracinhos para que eu
pudesse pega-lo. Eu tinha vontade de correr até lá, para ficar bem pertinho
deles. Ultimamente o tempo estava passando mais rápido que o normal. Não
parecia que os meus bebês já estavam com quase dois anos de vida. Para resumir
esses últimos meses era necessária apenas uma palavra. FELICIDADE.
Definitivamente esse era o momento para eu
ser feliz. Respirei fundo e processei as palavras que deveria pronunciar.
Eu havia sido escolhida para ser a
oradora da nossa turma, e mesmo com minha timidez, aceitei. A palavra que iria
dizer, em muitas partes, tinha a ver com a realidade de minha vida.
-A vida não passa de uma viagem de
trem, cheia de embarques e desembarques, alguns acidentes, agradáveis surpresas
e muitos embarques e grandes tristezas em alguns desembarques. Muitas pessoas
embarcaram nesse trem apenas a passeio, outras encontrarão no seu trajeto somente
tristezas. Lembrei-me de Renné e de todo o mal que
causou a mim. -E ainda outras pessoas circularão
por trem, prontas a ajudar quem precisa. Lembrei-me de Sam, Dean e de
Safrina, que muito nos ajudou há alguns tempos. -Vários dos viajantes quando desembarcam deixam saudades eternas. Meu
pai era uma dessas pessoas. -Outros
tantos quando desocupa seu assento, ninguém nem sequer percebe. Assim era
com o falso Doutor Jacob Black. -Mas não
importa, é assim a viagem, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperanças,
despedidas, porém, jamais retornos. Nesse trecho pensei em Carlisle e em
tudo pelo qual ele passou para estar aqui. -Façamos
essa viagem então, da melhor maneira possível, tentando nós relacionar bem com
os outros, procurando em cada um deles o que tiverem de melhor. Essa servia
também para Carlisle, ele era uma pessoa incrível, era apenas conhecê-lo. -Lembrando sempre que em algum momento,
eles poderão fraquejar e precisamos entender, porque provavelmente também
fraquejamos, com certeza haverá alguém para nos ajudar com seu carinho e sua
atenção. Amigos, façamos que a nossa estada nesse trem seja tranqüila, que
tenha valido a pena e quando chegar a hora de desembarcar o nosso lugar vazio
traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem a viagem.
Algumas
lágrimas desciam pelo rosto lindo de Edward, Carlisle me olhava com carinho e
Esme com admiração. Quando estava descendo do palco, me surpreendi com a
chegada de Thomas com um buque de rosas na mão. Aposto que isso seria coisa do
Edward. Andei segurando sua pequena mãozinha até chegar aos meus familiares.
Recebia abraços, parabéns e tudo mais. Mas eu sentia falta de algum. Ou melhor,
de três pessoas. Alice, Sam e o pequeno Jared. Eu ainda estava em choque com os
últimos acontecimentos. Alice havia ido junto de Sam para viajar pelo mundo, no
entanto eles voltaram alguns meses depois casados e com Alice de dois meses. As
coisas estavam fluindo tão tranquilamente em nossas vidas, que eu me sentia em
um filme. Edward estava fazendo faculdade também, iria se formar em pediatria,
era incrível sua fascinação por crianças, em especial os nossos filhos. Ele era
o pai perfeito, o marido perfeito. Às vezes eu desconfiava que ele se lembrasse
de alguma coisa do passado, do seu passado triste, mas ele nunca havia me dito
nada, e eu também não iria perguntar. Era como no meu discurso, iramos seguir a
nossa viagem da vida, sem olhar para trás, se ele não se importava com o antes,
não seria eu a desenterrá-lo. Realmente eu estava em um filme, daqueles de
final feliz e tudo. Poderíamos ter muitas barreiras em nosso caminho, mas não
havia nada que eu não enfrentaria estando com Edward e meus filhos ao meu lado.
Lembrei-me mais uma vez do trecho da carta que meu pai havia deixado.
Lute!
Por tudo o que você quer.
Sempre que se sentir sozinha e
confusa em relação a alguma decisão, pergunte-se: Porque não?
Era
realmente assim que tinha que ser. Sem medo de lutar. Eu lutei por Edward,
lutei por nosso amor e se fosse preciso faria tudo de novo. Agora sempre me pergunto:
Porque não? Sou Isabella Cullen, não tenho muito que dizer sobre minha vida,
apenas que em minha vida eu tenho tudo.
FIM
Quem vence sem risco, triunfa sem
gloria... Não tenha medo da vida, não tenha medo de vivê-la... (Augusto Cury).
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