domingo, 27 de maio de 2012

A NOVA VIDA POR @OHYEAHROB #FANFIC #CAPÍTULO09



Capítulo 9

POV_EDWARD

Após deixar Bella no café, fui para minha casa e logo que entrei fui abordado por Maria.
-Seu pai está te chamando no escritório menino.
-Certo, eu já vou. Obrigado. Não poderia imaginar o que ele queria conversar comigo, ele nunca se dava ao trabalho de me direcionar a palavra. Fui direto para o escritório, lugar onde ele passa a maior parte do tempo, e o encontrei com a expressão pensativa e distante.
-Mandou me chamar? Perguntei para ganhar sua atenção. Eu estava tentando não demonstrar nem uma surpresa por ele querer falar comigo.
-Sim. Temos muitas coisas a conversar. Sua face estava distorcida em dúvida e hesitação. O que de tão grave ele teria para falar comigo?
-Sou todo ouvido.  Disse me sentando em uma cadeira a sua frente.
-Eu e sua mãe escondemos uma coisa muito seria de você. Eu não... Eu não sou seu pai biológico. Ele disse isso como se fosse uma coisa simples, banal e eu demorei alguns minutos para absorver as palavras ditas por ele. Se isso fosse verdade, muitas coisas seriam explicadas.
-Você... O que? As palavras saíram desconectas até mesmo para mim. Minha vida toda foi uma mentira. Minha mãe, a mulher que eu coloquei em um pedestal mentiu para mim esse tempo todo. Agora eu sabia por que Carlisle não se importava comigo, eu não era seu filho de verdade, era apenas um estorvo.
-Lembra-se do homem que foi em casa há anos atrás e debochou do seu nome? Perguntou ele com a voz falha perdido em pensamentos. Eu lembrava sim daquele homem, eu não havia gostado dele.
-Vagamente. Tentei pronunciar a palavras sem que minha voz tremesse.
-Ele é seu pai. Sua mãe ficou grávida e ele não quis assumir. Eu a amava muito, então me ofereci para cuidar de vocês. Mas esse tempo todo ela me enganou, mentiu para mim e você. Ficou comigo o tempo que deu apenas para me arrancar o máximo de dinheiro possível e ao mesmo tempo ela continuava com Aro. Ele vez tudo isso para ajudar minha mãe e ela o apunhalou pelas costas? Como ela teve coragem de fazer isso com uma pessoa que o tempo todo estava tentando ajudá-la? Como ela pode ser tão fria? Essa não era a minha mãe. Para ser sincero, a partir desse momento eu não tinha mais uma mãe. Nem mesmo o que Carlisle fez, pode ser considerado mais... Cruel do que isso. Ele me olhava temeroso, como se tivesse pena de mim. E eu não sabia qual era meu sentimento por ele.
-Esse tempo todo... Tudo mentira? Mentiram para mim esse tempo todo? Eu não agüentei. Não havia como não explodir. As lágrimas banhavam meu rosto freneticamente.
-Eu não queria te falar isso, mas agora isso envolve muito mais que a nois dois. Sua mãe veio ontem aqui, sabe o que ela me disse, ela me disse que você tem um irmão. Ela fugiu com Aro grávida de um filho meu. E agora ele está morto. Ela veio aqui me convidar para a missa de sétimo dia de um filho que eu nem sabia que existia. Ele chorava também. Eu chorava. A dor era de ambos. Meu pai era só um homem amargurado que foi traído pela mulher que ele amava. Não havia como nós dois sairmos ileso dessa história toda.
-Tenho outra coisa para te falar. Disse ele com a voz baixa. Parecia que ele não queria que eu ouvisse.
Eu o olhava inexplicavelmente. Eu não conseguia sentir nada no momento. A única coisa que eu sentia era minha própria dor.
-Vamos nos mudar daqui. Disse ele de uma só vez;
-O QUE? NÃO! JAMAIS. Não. Isso eu não poderia concordar.
-Eu sei por que você quer ficar aqui. É por causa de Isabella Swan não é? Agora seu rosto transmitia sarcasmo, ironia. Desafio. Ele sabia que eu não poderia permitir que nada acontecesse com ela. Ele sabia que por ela eu faria qualquer coisa.
-Não se atreva a fazer nada contra ela. Disse me levantando, mas tentando me controlar para não socar-lhe a cara. Ele estava impassível agora. Seus olhos transbordavam frieza.
-Eu não farei nada contra a menina. Desde que você faça tudo o que eu mandar.
-Eu faço qualquer coisa. Concordei, sem mais forças para lutar. Meu corpo caiu contra a cadeira, eu me sentia sem chão.
-Se você simplesmente disser que vai embora e que não a quer mais, ela vai sofrer. Eu não quero isso. Ele pensava no sofrimento dela, mas no meu não. -Eu tive uma ideia, acho que seria a melhor solução. Solução para os problemas dele é claro.
-Você vai fingir que morreu assim ela não vai ficar atrás de você e também não vai ficar sofrendo pelos cantos por ter sido abandonada. Uma despedida limpa. Era isso que ele propunha. Só que ele não enxergava que eu seria a pessoa que mais sofreria com isso. Seria mesmo muito mais fácil morrer do que ficar longe dela. Ela era a única coisa que me prendia aqui. Era como se todo esse tempo, tudo que eu enfrente, era apenas para encontrá-la um dia. Mas não imaginava que iria perdê-la antes mesmo de ter verdadeiramente.
-E como vamos fazer isso? Perguntei rudemente.
-Eu vou até o café onde ela trabalha e darei a notícia. Enquanto isso arrume suas malas, partiremos hoje de noite. Não me dei ao trabalho de perguntar para onde iria. Nada mais faria sentido. Fui para meu quarto e Maria estava arrumando minhas coisas. Pensei em tudo o que Carlisle disse. Sobre minha mãe tê-lo abandonado, sobre o filho que ele havia perdido. Mas principalmente sobre o que ele estava-me obrigando a fazer. Eu já via como minha vida seria lá, seja lá onde nós formos. Eu não teria Bella, então eu não teria nem um objetivo na vida. Eu não estudava, não trabalhava. Seria fácil morrer, eu não faria nem uma falta mesmo. Quando tudo finalmente estava entrando nos eixos, começa a desmoronar a felicidade não era para mim. Isso já estava claro. Peguei algumas folhas de papel e comecei a escrever uma espécie de carta de despedida, mas ela imaginaria que isso seria fragmento de algum diário meu. Era uma despedida silenciosa. Sem traumas. Eu esperava que ela seguisse sua vida bem, que ela fosse feliz com alguém que merecesse todo seu amor. Mesmo que ela fosse feliz longe de mim, eu já estaria satisfeito. Após escrever muitas palavras de despedida, fui até o escritório e pedi para Carlisle lhe entregar a carta. Ele não se opôs. Voltei para o quarto e minhas coisas já estavam todas arrumadas e prontas para ir embora. Deixei meu corpo cansado cair na cama e as lágrimas banharam meu rosto. Eu não me sentia desesperado, eu apenas tinha medo de sabe se eu resistiria à falta que ela me faria. Eu já estava acostumado com a dor, mas  a dor de não estar com ela era profundamente intensa e avassaladora. Eu não resistiria por muito tempo. Ouvi a porta do quarto se abrir a Carlisle com a expressão fria aparecer.
-Está feito. Pegue suas coisas e me espere lá embaixo. Estávamos no avião rumo a Washington. Seria para lá que fugiríamos. Eu não conseguia parar de pensar se ela estava bem. Como será que ela reagiu a minha “morte”? Será que isso a atingiu muito? Queria perguntar a Carlisle, mas não tinha forças para proferir nem uma palavra. Principalmente para ele. A viagem parecia infinita, não acabava mais, as horas se arrastavam. Eu sentia o tédio de não ter nenhuma... Expectativa de vida. Era isso, eu não tinha mais porque lutar. Eu não tinha mais saída. Quando chegamos a nossa nova casa, a única coisa que eu notei foi ostentação ao luxo que havia ali. Carlisle sempre gostou de mordomias e luxo, todas as casas dele eram assim e essa não era diferente. Procurei por um quarto para eu ficar, a casa era cheia deles, mas nenhum me agradava. Todos pareciam com prisões sinistras e sombrias. Andei por mais alguns cômodos da casa até encontrar uma espécie de porão. Não era nada do tipo que se vê em filmes, cheio de teias de aranha e todo empoeirado. Era o cômodo mais simples da casa e era ali mesmo que eu iria ficar. Havia muitos baús antigos e ali vi a oportunidade perfeita para me distrair um pouco. O resto do dia eu fiquei ali, me organizando no meu novo refugio. Carlisle não veio falar comigo, apenas Maria, a empregada que viajou conosco veio me chamar para almoçar e jantar. Mas não havia fome. Eu não sentia mais nada. Eu estava oco, vazio pó dentro. Os primeiros dias daquela semana fadiga foram terríveis. Em um momento a fome ficou insuportável e eu tive que comer, mas nunca sair dali, Maria sempre vinha para me trazer algum lanche. Carlisle passava o tempo todo fora de casa e nunca se dava ao trabalho de vir falar comigo. Melhor assim, não tínhamos mais assuntos mesmo. Na segunda semana eu já estava ficando louco. Eu via e ouvia a voz de Bella. O cheiro dela estava presente ali e as alucinações eram cada vez mais constantes. Eu precisava de alguma coisa para acalmar meu corpo. Eu necessitava de achar uma maneira de relaxar e desfazer as alucinações que me perseguiam. Pela primeira vez em dias eu sair do quarto e andei desesperado pela casa. Eu precisava encontrar algo, alguma coisa. A sala estava cheia de objetos de valores. E ali eu achei uma saída para meu problema. Mesmo que eu me arrependesse depois. Era necessário.

POV_CARLISLE

Os dias se passaram tortuosamente lentos. Eu não conseguia ficar em casa, era demais para ver o que eu havia feito para Edward. O tempo todo ele ficava trancado no quarto, não saia nem para comer. Eu via a vida do meu filho passar por meus olhos e não tinha forças para fazer mais nada. O tempo todo eu ficava no escritório de Sam. Ele me deixava ficar lá, mas nem mesmo eu sabia o que fazia ali. Ficava o tempo todo o olhando trabalhar. Até que ele veio falar comigo sobre Anthony.
-Tenho algumas noticias do seu interesse.
-O que descobriu Sam? Perguntei ansioso.
-Anthony tinha uma doença de pele, a família não se importou em dar o devido tratamento para ele e isso causou sua morte.
-Aquela desgraçada. Se não queria cuidar da criança, era só entregá-la para mim.
-Espere amigo, ainda não terminei.
-Tem mais? Perguntei assustado. Eu não era a melhor pessoa do mundo e também não fui um bom pai, mas eu tinha medo do que Eliza ainda me escondia.
-Não havia apenas Anthony. Você teve gêmeo, o outro é o Thomas. Ele está vivo, mas tem a mesma doença. Se você não der um jeito, ele terá o mesmo fim que Anthony. A vida havia me dado uma segunda chance. Eu não  iria desperdiçá-la. Eu faria o que era certo dessa vez. Não importa se as conseqüências fossem terríveis. Para mim. Mesmo que minha vida acabasse e eu apodrecesse na prisão, eu iria cuidar do meu filho biológico e iria ganhar o perdão do meu filho de coração.
-E o melhor de tudo isso, eles moram aqui em Washington. Não esperei nem um minuto  mais, fui direto para o endereço que Sam havia me dado. Uma senhora me atendeu na imensa casa onde Aro vivia com Eliza, mas o que me surpreendeu foi que, por fora a casa era de luxo e por dentro, tudo estava quase vazio. Não havia mobília completa, eu poderia usar isso ao meu favor. A senhora me levou até o escritório e eu tive vontade de rir, pois ali também não havia quase nem um móvel. Esperei alguns minutos e logo o vi entrar. Sua expressão era de estresse e cansaço.
-Ora, ora. Quem é vivo sempre aparece. Disse ele sarcástico. -O que quer aqui Carlisle?
-Preciso falar com você e Eliza. Disse serio.
-Então fale logo que eu não quero perder tempo com você. Disse ela entrando pela mesma porta que Carlisle.
-Eu quero fazer negócio com vocês.
-Que tipo de negócio? Perguntou Aro interessado.
-Bom, eu vi que a situação financeira de vocês não esta muito boa. Disse tentando prender o riso.
-E o que você tem com isso? Perguntou Eliza friamente.
-Tenho que eu posso ajudar vocês. Com muito dinheiro. Vocês poderiam investir e recuperar o que perdeu. Foi em jogos, não é? Perguntei me lembrado de como Aro gostava de jogar.
-E o que você vai querer em troca? Perguntou Aro realmente interessado.
-Eu quero o Thomas para mim. Disse simplesmente. Eles ficaram se olhando por alguns segundo, como se conversasse mentalmente.
-Como soube? Perguntou Eliza.
-Não vem ao caso, você querem ou não? Eu já estava impaciente, quanto mais tempo perdíamos, mais perto da morte meu filho estava.
-Para que você quer aquele menino, ele é um inválido? Falou Eliza com desdenha.
-Ele não é inválido. Disse entre dentes. -Viu você nem se importa com a criança, deixe-me levá-la e cuidar dele. Ela parecia meio hesitante em concordar, mas eu conhecia Eliza, e sabia que ela preferia dinheiro a um filho doente.
-Tudo bem, você pode ficar com ele.
-Eu tenho algumas condições.
-Que tipo de condições? Perguntou Aro confuso.
-Será tudo feito dentro da lei. Vocês irão assinar os documentos me dando total responsabilidade por ele. Não poderão tentar encontrá-lo e vão esquecer que um dia essa criança nasceu.
-Certo, e o dinheiro? Perguntou Aro.
-Eu coloco em sua conta na hora que vocês assinarem os documentos.
-E quando será isso? Perguntou Eliza.
-Agora. Respondeu Sam entrando pela porta acompanhada da empregada. Eles assinaram o papel sem nenhuma hesitação e eu liguei para meu advogado, permitindo que a transferência fosse feita.
-Onde ele esta? Perguntei.
-Me acompanhe. Disse Eliza subindo as escadas sendo acompanhada por mim. Entramos em um quarto que estava trancado com chave e isso me enfureceu. Eles mantêm a criança em cativeiro. Entrei no quarto cheio de brinquedos e vi o pequeno menino sentado na cama com um vídeo game na mão. Ele olhou para Eliza e sua expressão era de medo e pavor
-Venha aqui menino. Disse rudemente. O menino não se mexeu, seus olhos estavam cheios de lágrimas, mas ele parecia se esforçar para não chorar.
-Anda logo moleque. Gritou.
-Não grite com ele  sua idiota. Falei tentando me controlar para não assustar o menino. Aproximei-me dele, hesitante e com medo de assustá-lo e me sentei ao seu lado.
-Olá Thomas. Falei com voz baixa, eu o olhava hipnotizado.
-Oi. Disse ele timidamente.
-Como vai você? Perguntei.
-Estou bem, os enjôos passaram. Disse ele coçando os olhinhos cheios de lágrimas não derramadas.
-Thomas, temos uma coisa para falar para você, que pode ficar confuso. Falei com falsa calma.
-Lembra quando Aro disse que não era seu pai? Perguntou Eliza friamente.
-Sim, me lembro. Disse ele com o olhar confuso.
-Esse homem é seu pai e ele veio aqui para te buscar. Disse ela simplesmente. -Eu vou arrumar suas coisas. Disse saindo do quarto com pressa.
-Se você é meu pai, porque só está aqui agora? Perguntou confuso.
-Eu não sabia de você, mas não precisa ficar com medo, pois vou cuidar muito bem de você. Disse calmamente. Ele me olhava com dúvida, como se tivesse medo de falar.
-Você não vai me bater como eles faziam não é? Perguntou ele com ambas as mãos do lado da boca, como se tivesse medo que alguém ouvisse suas palavras.
-Não se preocupe Thomas. Eu prometo para você nunca te machucar. Eu vou cuidar muito bem de você, e vou te amar muito. Disse com os olhos cheios de lágrimas, não aguentando segurar todos os medos que eu sentia dentro de mim. Surpreendi-me quando senti suas pequenas mãozinhas secando minhas lágrimas.
-Eu gostei de você.  Disse simplesmente. -Você também era pai do Anthony? Ele perguntou.
-Sim, eu sinto muito pelo o que aconteceu.
-Eu sinto falta dele. Ele sempre brincava comigo. Disse ele triste.
-Mas sabe de uma coisa? Você vai ter outro irmão. Edward
-Serio? Perguntou animado. -Quantos anos ele tem?-
-Ele já tem 19 anos.
-UAU, eu tenho um irmão mais velho. Disse ele sorrindo.
-Pronto! Vocês já podem ir.  Disse Eliza ao lado de Aro com uma mala grande.
-Eu não vou mais ver você mãe? Perguntou ele.
-Nos conversaremos sobre isso em casa filho. Disse sem nem ao menos notar que havia chamado-o de filho. Peguei a mala das mãos de Aro e olhei para Thomas, que pegava alguns brinquedos.
-Posso levar? Pediu ele.
-Faça o que quiser moleque. Disse Eliza.
-Vamos Thomas. Disse tentando conter a fúria contra aquela mulher. Ele veio até mim com dificuldade por causa dos brinquedos que segurava e me entregou. Surpreendi-me na hora que ele segurou minha mão. Mas mesmo assim fomos embora sem nem ao menos olhar para trás. Já era tarde da noite, não havia mais lojas abertas e eu nem ao menos sabia o que deveria comprar para suprir as necessidades dele. Eu já havia feito a primeira coisa certa em anos, agora era a vez de me acertar com Edward. Chegamos em casa e ele ficou surpreso por ser uma casa maior que a de Aro e Eliza.
-Vamos morar aqui? Perguntou.
-Sim, algum problema?
-Não, só é diferente.
-Você se acostuma. Então... Ainda não temos um quarto preparado para você, mas amanhã mesmo eu vou preparar um. O que acha de conhecer seu irmão.
-Será que ele vai gostar de mim? Perguntou na dúvida.
-Claro que vai. Fui interrompido pela Maria entrando assustada pela porta.
-Graças a Deus o senhor chegou, tentei falar com você o dia todo.
-O que ouve Maria? Perguntei desesperado enquanto ela olhava para Thomas.
-O hospital ligou e disse que Edward havia sido internado lá, eu não entendi o que  o médico disse, mas ele falou que foi por causa de drogas. Merda. Merda. Tudo culpa minha. Ele havia tido outra recaída.
-Maria, você vai comigo para o hospital.
-Quem é a acriança senhor? Perguntou hesitante.
-Thomas, meu filho com Eliza.
-Oh. Falou surpresa. Eu dirigia rápido pelas ruas, tinha pressa em saber como meu filho estava. Cheguei lá e fui atendido pelo doutor Marcus.
-Como está meu filho? Perguntei desesperado. Maria estava ao meu lado com Thomas no colo.
-Calma senhor ele está bem. Foi só um susto e ele precisou tomar soro, ele é usuário de drogas? Perguntou.
-Ele estava limpo. Foi uma recaída. Disse me amaldiçoando por deixar a situação chegar a esse ponto.
-Claro, deve colocá-lo de volta em uma clínica para isso não acontecer novamente. Já podem ir vê-lo. Tinha certeza que ele não iria querer me ver, então aproveitei a oportunidade de estar no hospital e fui atrás de um pediatra. Deixando Thomas e Maria me esperando na sala principal.
-Em que posso ajudá-lo senhor?
-Meu filho tem uma doença na pele. Eu não sei muito bem, pois só descobri que tinha um filho agora. Continuei conversando com o pediatra Nahuel esperando ansiosamente por estar fazendo a coisa certa.

POV_EDWARD

Quando eu senti meu corpo relaxado por causa da cocaína que entrou em meu organismo, foi bom. Mas depois veio o enjôo, a tontura e tudo se apagaram. A instantânea sensação de paz durou pouco infelizmente. Mas na casa ainda havia muitos objetos de valores e eu poderia utilizá-los para comprar a mercadoria. Acordei com o corpo dolorido. Tudo estava branco ao meu redor e eu notei que estava em um hospital. Merda é claro que alguém ajudaria um pobre drogado. A luz do quarto fazia meus olhos arder, mas quando eu focalizei a realidade, me assustei com a presença de um menino ao meu lado.
-Oi. Disse ele tímido.
-Olá. Falei com a voz rouca.
-Eu sou o Thomas, você é o Edward não é? De onde esse menino me conhecia?
-Sim, mas você me conhece de onde?
-Você é meu irmão, eu sou filho do seu pai e da minha mãe. Espera ai, mas como assim? O nome dele não era Anthony, ele não havia morrido?
-Como assim? Meu pai disse que você havia morrido. Falei mais para mim mesmo.
-Não, foi o Anthony que morreu. Eu ainda estou vivo. Disse ele pegando em minha mão para me mostrar que era de carne e osso. Eu quase ri com essa atitude.
-O que faz aqui Thomas? Perguntei confuso.
-Depois que chegamos à sua casa que é minha também, a mulher disse que você estava aqui. Então viemos correndo. Mas como assim ele iria morar lá também. Carlisle não ficou satisfeito de estragar minha vida, agora queria fazer o mesmo com esse menino também? Eu não poderia permitir, mas também não tinha forças para lutar contra ele. Eu era um covarde. Dessa vez eu fugiria, e não teria mais volta.

POV_BELLA

(Nota da autora: a narração começa a partir do dia que Bella desmaiou na rua). Eu senti que estava em um lugar quente e tranqüilo. Ouvia o barulho da chuva lá fora e nada mais. Abri os olhos e estava em meu quarto, enrolada nos cobertores. As lembranças inundaram minha mente e eu senti as lágrimas quentes banhar meu rosto. Alice entrou pela porta com a expressão preocupara.
-O que houve com você Bella?
-Ele morreu Alice. O pai dele veio falar isso. Ele tinha uma doença e não me contou.
-Oh, minha miga. Eu sinto tanto. Alice me abraçou e eu me encolhi nos braços dela, com medo de me perder em minha própria dor. Alguns dias depois eu me amaldiçoei por não ter falado direto com o homem. Eu não perguntei onde seria o enterro dele. Eu queria estar lá, me despedir do meu amor. Mas agora não dava mais para voltar atrás.
Eu me sentia definhando, a cada dia era mais e mais difícil seguir em frente sabendo ele não estaria mais aqui comigo. A cada dia antes de dormir eu lia um nota do seu diário e parecia mais uma carta de despedida. Como se ele soubesse que iria partir. Eu não comia e dormia muito mal. Afastei-me do café, pois não tinha mais forças para trabalhar. E no apartamento eu nem sonhava em ir, pois sabia que iria desmoronar com isso. Os dias foram passando lentamente. Eu não tinha mais vontade para nada. Eu senti tontura, vomitava, e não saia da cama. Alice me obrigou a ir a um médico e eu fiz alguns exames. Já estávamos esperando pelo resultado. O médico não chegava e eu queria voltar para casa e continuar vegetando
-Como vai senhorita Swan? Perguntou ele.
-Bem. Menti.
-O que ela tem doutor, está doente? É grave.
Ele sorriu audível.
-Não tem nada de grave moça. Sua amiga não está doente. O que ela tem não é uma coisa relacionada à morte e sim a vida. Ela está grávida. Era isso. Essa a luz que eu precisava para continuar a viver. Edward poderia ter partido para sempre. Mas ele havia deixado uma parte dele dentro de mim. Teríamos um filho, e era por ele que eu lutaria para ter de volta minha vida. Por meu filho, a lembrança eterna do meu amor.

POV_CARLISLE

Depois que eu conversei com o médico que cuidaria de Thomas, fomos embora. Eu não falaria com o Edward naquele dia, ele não estaria pronto para me ouvir pedir perdão. Eu o deixaria livre para fazer o que quisesse da vida dele. Se ele me quiser fora de seu caminho, eu vou deixá-lo ir, mesmo com pesar. Mas eu faria a coisa certa dessa vez. A coisa certa para ele, pois a vida havia me dado uma chance, eu não desperdiçaria. Essa chance serviu para consertar a vida dos outros, que eu estraguei e não a minha. Minha vida já não importava mais, a única coisa que importava era fazer a coisa certa dessa vez. Eu sabia por onde eu iria começar. Eu iria atrás dela. Atrás da única pessoa que meu filho realmente amou. Não queria deixá-lo sozinho no hospital, mas Maria lhe faria companhia. Não queria ficar longe de Thomas, então decidi por levá-lo junto a mim. E assim o fiz, fui de avião até os arredores de Port Angeles e iria direto para o café onde a menina trabalhava. Eu imploraria por seu perdão, se fosse necessário. Eu faria qualquer coisa para levá-la de volta para a vida de meu filho. Ela o merecia, ela não era como Eliza, eu via isso nos olhos de chocolate da menina. Estava indo de carro até Port Angeles, Thomas dormia em meu colo. Eu ficava impressionado com a forma que ele me recebeu em sua vida. Ele não me chamava de pai, mas me tratava como um. Olhava para o menino em meu colo, com os olhos fechado e expressão de tranqüilidade. Como eu poderia ter deixado às coisas sair do controle dessa maneira? Não foi correto o que fiz todo esse tempo. Mas eu estava me esforçando para consertar. Assustei-me com o barulho do celular tocando. Era de casa. De repete fiquei assustado. O que será que aconteceu. Seria com Edward?
-Maria o que houve? Perguntei angustiado.
-O menino Edward fugiu do hospital senhor, ninguém sabe para onde ele foi. Eu fiquei alguns minutos parado, sem saber o que fazer ou falar. Eu estava perdido, sem rumo e sem saída. Não, eu tinha uma saída. Uma única saída. Isabella. Só ela poderia me ajudar agora. Mas eu sei que ela  faria, por Edward. Depois que acertar tudo de errado que eu fiz nessa vida, cuidaria para que eu fosse punido da maneira necessária.

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