Capítulo 8
“Você
é livre para fazer as escolhas, mas é prisioneiro das consequências.” (Pablo
Neruda).
POV_BELLA
Acordei
sentindo braços fortes ao meu redor e um corpo quente atrás de mim. Continuei
de olhos fechados por alguns minutos até sentir os lábios suaves de Edward
distribuir beijos cálidos por minha nuca, me deixando completamente arrepiada.
Flashes da noite passada tomaram conta de minha mente e eu senti meu rosto
ficar corado. Eu estremeci, apenas de me lembrar das sensações que ele me
proporcionou ontem.
-Bom
dia minha pequena. Sussurrou ele com a voz mais rouca que o normal.
-Bom
dia Edward. Disse timidamente. Eu queria correr para o banheiro, pois deveria
estar horrível já que havia acabado de acordar. Mas antes de fazer isso, ele me
virou para si e sorriu ternamente. Olhei para seu rosto com expressão de paz,
as bochechas estavam coradas, os lábios vermelhos e um pouco inchado e havia
algumas marcas de mordidas em seu pescoço. Deus do céu! Eu fiz isso mesmo?
-O
que foi? Porque está corando? Perguntou baixinho abraçando meu corpo para me
levar para perto de si.
-Nada.
Amaldiçoei-me por minha voz ter quebrado ao falar essa simples palavra. Mas
qualquer coisa foi esquecida quando senti os lábios quentes dele cobrindo os
meus. Ele iria pedir passagem com a língua, mas eu me afastei antes, deveria
estar com mau hálito matinal. Escondi meu rosto em seu peito, me deliciando com
a explosão de sentimentos e sensações que meu corpo sentia com a presença de Edward
aqui. Ser acordada por ele assim, todos os dias seria a melhor coisa que
poderia acontecer.
-Me
dá alguns minutos humanos? Preciso de um banho. Falei.
-Para
ser sincero acho que não. Disse ele.
Olhei para seu rosto e sua expressão era de divertimento, porém, um pouco
hesitante. Eu não sei se estou pronto
para me separar de você agora. Disse gentilmente afagando meus cabelos com
delicadeza.
-Então
vem comigo. Sussurrei sem ter certeza que ele ouviu. Não houve resposta e eu me
amaldiçoei por propor isso. Ele deve estar pensando que sou algum tipo de
tarada.
-Acho
que você vai criar um monstro assim. Disse divertido. -Não deveria ter
permitido que eu me viciasse em você.
-Mas
eu permiti, e agora não tem mais volta. Disse olhando fundo em seus olhos, querendo
que ele entendesse o duplo sentido das minhas palavras. O que eu queria dizer
sobre não ter mais volta, era a nossa união. Estávamos, agora, ligados por
laços não apenas sentimentais.
-Pode
ter certeza que eu não estou reclamando. Sussurrou contra meus lábios e depois
me beijou com fervor. Não tinha forças para impedir. Não com a fome que ele
estava, ela era igual a minha. Meu corpo estava nu debaixo das cobertas, assim
como o seu e o contato quente entre as peles, fez meu corpo acender. O beijo
quente que trocávamos me impediu de sentir os braços dele ao meu redor e eu só
fui notar que ele havia me carregado para o banheiro, quando senti a água
quente deslizar por meu corpo. Ele parou o beijo e pegou o sabonete, olhando
para mim como se me pedisse permissão para tocar em meu corpo. Sorri
timidamente sem ter forças para falar e logo senti seu corpo se posicionando
atrás de mim e o sabonete deslizando por minha barriga. Fechei os olhos, apreciando
o carinho tímido e não pude evitar um gemido fraco quando senti sua mão que
segurava o sabonete chegar ao meu seio. Ele fazia movimentos dolorosamente
lentos, ele beliscava os mamilos delicadamente. Meu corpo estava todo escorado
no seu, eu não tinha força para nada. Ouvi seu ofegar descontrolado em meu
ouvido. Ele estava se descobrindo também, estava lidando com os novos instintos
que surgiam em seu corpo e isso foi confirmado quando senti sua mão deslizar
lentamente para minha intimidade e ouvir o seu gemido de redenção. Ele
circulava minha entrada com a ponta dos dedos, sem penetrar e isso estava me
enlouquecendo. Ouvi o som do sabonete caindo no chão e enquanto suas mãos
trabalhavam em meu corpo, seus lábios estavam em meu ombro e pescoço. Sua
língua deslizava todo o local, me fazendo revirar os olhos de prazer.
-Céus...
Seu gosto é divino! Disse ele com a voz rouca. Não agüentando esperar mais, me
virei de frente para ele e busquei seus lábios com pressa. Nossas línguas se
encontravam em uma batalha deliciosa, minhas mãos estavam em suas costas largas
e eu arranhava, tentando controlar o desejo louco. Suas mãos estavam uma em meu
seio e a outra em minha cintura, subindo e descendo pela lateral do corpo.
Quando o ar nos faltou, comecei a beijar seu peitoral, queria dizer que o gosto
dele era bom também, mas não tinha vontade de interromper os beijos para dizer
nada. Ele mordia o lóbulo da minha orelha e suas mãos foram para meu traseiro e
senti-o me dando impulso para envolver sua cintura com minhas pernas. Assim o
fiz, e logo senti a parede gelada do box em minhas costas. Seus lábios estavam
em meu pescoço, lambendo deliciosamente. Era para deixar marcas, eu sabia, ele
estava se vingando, senti meu rosto ganhar um sorriso largo por esse pensamento
bobo em uma hora bem... Inapropriada. Minha mente ficou vazia de qualquer coisa
quando senti seu corpo deslizar para dentro do meu suavemente. Joguei minha
cabeça para trás, me deliciando com as sensações de choques que meu corpo
sentia. Seu rosto agora estava repousando em meu ombro enquanto ele continuava
com os movimentos suaves e lentos, porém deliciosamente forte e possessivo. Eu
me sentia totalmente preenchida, cada parte de minha intimidade estava cheia
dele. Sim, essa era a palavra correta. Tudo ali o remetia, só havia ele e eu
nesse momento. Eu sentia medo do futuro, da hora que sairíamos daqui e
voltaríamos para o mundo real. Mas, novamente foi impedida de continuar com
qualquer pensamento quando senti meu prazer aproximando. Sentindo o ápice
chegar com violência. Meu corpo tremia, assim como o dele, choques corriam por
todo meu corpo e a sensação de entrega era total. Nossas respirações estavam
rápidas. Pousei minha mão em seu peito e me surpreendi com as batidas
incrivelmente rápidas de seu coração. Minha cabeça rodava, me sentia
embriagada, e realmente estava. Senti seus beijos em meu rosto e abri os olhos,
me perdendo em seus olhos esmeraldas que transbordavam amor, desejo e ternura.
Eu me sentia segura ali, nos braços dele.
-Eu
te amo. Ele sussurrou. Apenas aproximei nossos lábios e beijei com extremo
carinho, não era preciso dizer palavras de minha parte, pois eu tinha certeza
que ele me amava também.
POV_CARLISLE
-O que você esta falando sua louca?
-Quando eu fui embora com o Aro, eu
estava grávida de você. Disse
simplesmente.
-Como assim? Porque você não me falou
nada? Porque me escondeu meu filho. Perguntei irado.
-Oras Carlisle, você já tem o Edward,
deixasse esse apenas para mim e Aro.
-Você não tinha o direito de fazer
isso. Era um filho. Gritei enfurecido.
-Tem razão. Disse sarcástica. - Era, pois agora não é
mais, pois ele morreu.
-Morreu do que sua vagabunda? Aposto
que você nem se importou em cuidar dele.
-O pobrezinho nasceu com uma doença
muito grave, aposto que herdou do pai.
-Porque me escondeu isso? Perguntei
derrotado, caindo no sofá atrás de mim.
-Já disse, você tem o Edward, eu
queria o Anthony para mim. Bom, já fiz a minha parte, se você quiser ir à
missa, vai ser na mesma igreja onde nos casamos.
-Porque se deu ao trabalho de vir me
contar isso? Perguntei com desprezo.
-Porque eu queria te mostrar como
você é imprestável. Nem mesmo para fazer um filho saudável você serve. Até mais
ver. Disse ela se retirando da sala. Deus, eu tinha um filho. E era meu,
somente meu. Queria tanto ter acompanhado sua infância. Fiz as contas
mentalmente, se ela foi embora quando Edward tinha oito anos, meu filho teria
agora nove anos. Anthony. Como seria ele? Parecido comigo, ou talvez com a
Elizabeth? Eu queria tanto saber sobre ele, sobre a vida dele. Mas eu havia
perdido tudo. Havia o perdido sem nem ao menos ter. Uma dor profunda
apoderou-se do eu ser. Já havia passado da hora de dizer toda a verdade para
Edward, ele tinha o direito de saber a verdade sobre a mãe que ele tanto
idolatra. Eu deveria fazer a coisa, certa, não poderia perdê-lo também. Perder
dois filhos seria insuportável Eu não sabia o que faria em relação a Anthony,
mas eu gostaria de apenas poder me despedir do meu filho.
-Carlisle, posso entrar? Perguntou Sam, o detetive que eu havia
contratado.
-Claro Sam, fique a vontade.
Descobriu alguma coisa?
-Sim. Tenho tudo sobre a vida de
Isabela Swan aqui. Disse ele me entregando uma pasta.
Peguei-a em minhas mãos e analisei os papeis. Havia uma foto da menina,
muito bonita por sinal. Combinava com Edward, tinha traços delicados e
sensíveis, assim como ele, trabalhava em um bar e fazia faculdade de medicina.
-O que vai fazer com a menina
Carlisle? Perguntou Sam.
-Não sei amigo. Realmente não sei. Eu
precisava achar uma maneira de afastar Edward dessa menina sem machucá-la. Mas
como fazer isso sem que machuque o coração do meu filho?
-Tenho
outra missão para você Sam.
-O
que é Carlisle?
-Quero
que você encontre tudo sobre a vida de Anthony, filho de Elizabeth e Aro.
-Pode
deixar amigo, eu vou fazer isso agora e em algumas horas lhe trarei o resultado.
-Certo.
Obrigado Sam. Fiquei o tempo todo em meu escritório, esperando o tempo passar.
Um filho. Mais que merda, eu perdi um filho. Como aquela vadia pôde esconder a
criança de mim. Depois de tudo que eu havia feito por ela? Até hoje eu me
sentia amargurado, traído e enganado. Eu nunca sabia qual era a coisa certa a
fazer, qual caminho seguir. Sempre tomava as decisões que achava ser correta,
mas que no fim, sempre resultava em algo ruim. Eu já sabia o que faria para
separar Edward de Isabella. Eu sabia que estaria perdendo outro filho, mas eu
não poderia permitir que a vida me desse uma rasteira. Eu não poderia correr o
risco de ela descobrir tudo e me denunciar. Eu não poderia perder para Aro e
Eliza. Não seria o fim. Lembro-me do dia em que fui embora de minha antiga
cidade com Edward. O dia em que ele se despediu de seus amigos e embarcou para
uma vida triste e vazia.
Flashback ON
Estava
dentro do carro em frente da residência dos Hale. A expressão de tristeza no
rosto de Edward era notável, assim como de seus amigos. A menina ficou muitos
minutos abraçados a ele e o pequeno rapaz também. Vi as lágrimas brotando de
seus olhos e senti as minhas próprias molharem meu rosto. Eu queria dizer que
estava tudo bem e que ele poderia ficar feliz, pois continuaríamos ali. Mas eu
não conseguiria, pois ficar aqui era demais para mim. As lembranças, a casa
estava cheia delas. Seria demais para mim.
Flashback OFF
Eu
faria a mesma coisa agora. Não estava feliz com essa decisão, eu sabia muito bem
a dor que era quando se está longe da pessoa amada. Mas isso seria bom para ele
também, as mulheres são traiçoeiras e malignas, eu nunca esperava uma atitude
do tipo vinda de Eliza, ela era uma mulher doce e se transformou em uma
completa estranha. Edward não havia passado a noite em casa e eu já sabia muito
bem onde ele estava, ou melhor, com quem. Isso já estava passando dos limites e
eu tinha que colocar um ponto final.
-Maria,
na hora que Edward chegar, mande-o ir até meu escritório. Pedi a empregada e fui diretamente para lá.
Eu
já sabia o que eu faria. Seria uma despedida limpa, pelo menos para ela.
-Mandou
me chamar? Perguntou Edward com o semblante frio, mas lá no fundo eu podia ver
a felicidade do garoto.
-Sim.
Temos muitas coisas a conversar.
-Sou
todo ouvido. Disse ele se sentando na cadeira em minha frente.
-Eu
e sua mãe escondemos uma coisa muito seria de você. Eu não sou seu pai
biológico. Seu rosto foi de surpresa a dor.
-Você
o quê?
-Lembra-se
do homem que foi em casa há anos atrás e debochou do seu nome? Perguntei
viajando entre as lembranças.
-Vagamente.
Falou ele em um sussurro.
-Ele
é seu pai. Sua mãe ficou grávida e ele não quis assumir, eu a amava muito,
então me ofereci para cuidar de vocês, mas esse tempo todo ela me enganou,
mentiu para mim e você. Ficou comigo o tempo que deu apenas para me arrancar o
máximo de dinheiro possível e ao mesmo tempo ela continuava com Aro. A
expressão dele era de dor. Isso me causava dor também, eu não me importava dele
não ser meu filho biológico, isso não era nada, mas eu tinha medo. Medo das
conseqüências que se formaria por ele saber disso.
-Esse
tempo todo... Tudo mentira? Mentiram para mim esse tempo todo? Gritou ele através
das lagrimas.
-Eu
não queria te falar isso, mas agora isso envolve muito mais que a nós dois. Sua
mãe veio ontem aqui. Sabe o que ela me disse, ela me disse que você tem um
irmão. Ela fugiu com Aro grávida de um filho meu. E agora, ele está morto. Ela
veio aqui me convidar para a missa de sétimo dia de um filho que eu nem sabia
que existia. Eu também chorava, assim como ele. Os soluços escapavam de ambos.
A tensão do local era papável. Eu queria voltar atrás, corrigir meu erro. Fazer
diferente dessa vez. Meu filho me odeia e vai me odiar ainda mais.
-Tenho
outra coisa para te falar. Ele nada respondeu apenas me olhava frio, sem
sentimentos, não havia mais vida em seus olhos.
-Vamos
nos mudar daqui.
-O
QUE? NÃO! JAMAIS. Gritou ele.
-Eu
sei por que você quer ficar aqui. É por causa de Isabella Swan não é?
-Não
se atreva a fazer nada contra ela. Disse
ele vindo para cima de mim. Vesti uma máscara fria e calculista, escondendo a
dor que sentia em fazer isso e continuei.
-Eu
não farei nada contra a menina, desde que você faça tudo o que eu mandar.
-Eu
faço qualquer coisa. Disse ele derrotado caindo sentado na cadeira.
POV_BELLA
Depois
que Edward foi embora, fui direto para casa e como imaginava, fui interrogada
por Esme e Alice. A manhã toda conversamos sobre a noite incrível que eu tive.
Sentia-me feliz, cheia de vida, amando e principalmente sendo amada. Fui
trabalhar cedo, não me importava nada seria capaz de estragar minha alegria. Eu
atendi a todos, mas realmente estava ansiosa para atender uma pessoa especial.
Só que ele estava demorando muito para chegar. Estava ansiosa, queria ver seu
sorriso novamente. Ouvi o barulho dos sinos indicando cliente novo. Virei-me,
mas me decepcionei em saber que não era Edward. Apenas um homem loiro muito
bonito e jovem. Ele se sentou em uma mesa afastada e eu fui atendê-lo.
-Posso
ajudá-lo? Perguntei gentilmente, seu semblante era cansado.
-Apenas
um café, chame o gerente, por favor, quero falar com ele.
-Certo,
um momento. Não entendia o que aquele homem queria conversar com o gerente. Mas
deixei isso de lado. Tinha outra coisa que estava me prendendo a atenção no
momento. Alguns minutos depois do meu chefe conversar com o homem, ele veio até
mim.
-Bella,
aquele senhor quer conversar com você.
-O
quê? Mas eu nem conheço ele. Disse assustada.
-O
que ele tem para te falar é importante. Pegue o resto da noite de folga.
-Mas...
Ele não me deixou terminar. Troquei minha roupa e me sentei-me à mesa do
senhor. Ele parecia perdido em pensamentos
-Gostaria
de falar comigo?
-Sim,
claro. Eu sou Carlisle, pai de Edward. Choque tomou conta de mim na hora que
ele falou essas palavras. Eu tinha vontade de gritar com ele, dizer algumas
verdades e mostrar o mal que ele fez para o próprio filho. Mas não era esse o
momento, pois se ele estava aqui, alguma coisa havia acontecido com Edward.
-Sei,
e o que quer comigo? Perguntei rudemente.
-Eu
não trago boas notícias. Seu semblante era frio, não havia emoção nem uma ali.
Eu precisava saber o que estava acontecendo e logo.
-Fale
o que houve com Edward. O desespero me tomou
o que diabos tinha acontecido.
-Ele
morreu.
As
palavras giraram em minha mente por alguns minutos. Eu não sabia o que fazer,
ou o que falar. Sentia-me perdida, sem chão, sem rumo. Eu sentia as lágrimas correndo
por meu rosto, mas nenhum som saia de mim. Olhei para a face fria do homem e
explodi.
-O
que você fez com ele desgraçado? Gritei chamando a atenção dos outros clientes.
-Eu
não fiz nada. Disse na defensiva. -Não tenho culpa se ele não te falou da
doença.
-Mas
que doença? Perguntei angustiada.
-Um
câncer, causado pelas drogas que ele usava.
-Não.
Não. Não pode ser. O meu Edward não. Eu
chorava copiosamente. Eu olhava para os lados procurando uma saída, uma
solução. Era um pesadelo. Um sonho ruim. Eu iria acordar com ele ao meu lado.
Com os braços ao redor do meu corpo. Eu acordei, mas foi para a realidade com a
voz do homem me chamando.
-Eu
sinto muito. Disse ele com pesar. -Acho que você gostaria de ficar com isso. Ele
me entregou um bolo de papeis e saiu.
-Bella,
você está bem? Perguntou Alice do meu lado.
-Sim.
Menti. -Vou dar uma volta. Sai de lá correndo, sem saber para onde ir. Quando
vi já estava na praça onde nós formos uma noite. As lembranças dominavam minha
mente. Eu sentia uma dor dilacerante, eu estava sendo rasgada por dentro.
Lentamente. A dor era tamanha que eu não resisti. Um grito de desespero escapou
por meus lábios. Poucos segundos e mesmo assim não serviu em nada para aliviar
a dor. Sentei-me no chão, segurando com força os papeis em minha mão. Abri um
cuidadosamente.
Amor,
Era isso que eu sentia no momento em
que olhei para os olhos de chocolate daquela garota. A forma mais pura e
intensa de amor. O sentimento mais sincero e delicado que eu poderia imaginar. A
única vez que eu senti um sentimento assim tão forte foi com minha mãe, mas era
tudo mentira. Minha vida era uma mentira. Apenas ela era verdade. Seu amor pro
mim. Eu só precisava apenas disso. Eu só queria isso. Nada mais importava. A
maneira terna e carinhosa que ela me tratou-me fez afogar em um mar de alegria
e sentimentos. Ela era a única alegria da minha vida. A única razão para eu lutar
contra o meu passado. Eu a amo. Incondicional e irrevogavelmente.
Eu
chorava. Gritava. Debatia-me. Eu queria tirar a dor de dentro de mim. Eu
precisava tirar ela de mim. Era demais. Eu não agüentaria. Eu poderia ter perdido ele. Ter perdido o meu
Edward. O que seria agora. Como seria? Eu precisava dele. Ele precisava de mim.
Eu não fui capaz de salva-lo. Eu pedia a Deus uma luz para continuar. Eu não
queria continuar. Nada mais fazia sentido. Eu queria morrer. A dor era forte. Sentia-me
sendo levada para um mundo de escuridão. Tudo estava rodando. Senti gotas
geladas cair em minha pele. A chuva veio forte e intensa. Em poucos minutos eu
estava ensopara dos pés a cabeça. Mas eu não importava. Sentia meu estomago
revirar também. Vomitei tudo o que havia comido durante o dia. Mas também tinha
um pouco de sangue. Eu não tinha mais força. Deitei-me no chão ensopado. A
posição fetal me dava falsa sensação de proteção. Mas a proteção só veio quando
a escuridão me tomou. Fui submetida à escuridão sombria. Mas eu não queria sair
de lá. Pois ali não havia dor. Apenas a escuridão.
1 comentários:
aaaah que tristeza!! Carlisle está muito mal, e coitada da Bella e do Edward... Búa
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