Capítulo 30
“Não é porque sofreram que podem achar que tudo acabou. Ainda temos contas a acertar, e está próximo o dia em que voltarei para buscar o que de fato, pertence a mim.”
Mamãe.
Edward: novamente.
Tabatta: pai! Essa foi a sétima vez que eu li. - olhei na direção de Edward, que parecia estático mirando o aparelho do telefone enquanto a voz de Tabatta saia de dentro dele.
Bella: não precisamos de mais uma vez. Precisamos fazer algo, e rápido! - Edward me olhou depois de muito tempo, e assentiu.
Edward: Ok filha, ligamos depois. Não se preocupe, você vai ficar bem. - ele mantinha o dedo sobre o “Off” do aparelho.
Tabatta: Ok, amo vocês. - e o telefone foi desligado.
Me encostei na cama, e fiquei parada segundos apenas olhando para a preocupação evidente de Edward, que parecia que iria explodir a qualquer momento.
Bella: temos que proteger a Tabatta. - foi tudo que pude dizer, quando Edward ergueu o rosto para me olhar. - o que mais a Kelly quer de nós, se não a Tabatta? Ela vai atrás dela pra nos fazer sofrer, eu tenho certeza.
Edward: não podemos agir precipitadamente. - sua voz era longínqua, ele estava pensando consigo mesmo enquanto falávamos - Bella, um passo em falso... E a Kelly nos engole completamente. Não podemos errar. Não podemos...
Bella: só tem um jeito... - agora ele me olhou, e manteve o rosto em minha direção - temos que trazer a Tabatta de volta... Vamos reunir os nossos filhos novamente. Enquanto ela não nos dá a pista do que vai fazer, temos que estar com eles juntos.
Edward: você tem razão. - concordou, e ao mesmo tempo se pós de pé apanhando o telefone novamente. - vamos pra Europa amanhã. América do Sul, cancelado. - com o fone na orelha, Edward reservou duas passagens.
Bella: e os gêmeos? - perguntei nervosa. - vamos deixá-los?
Edward: Devemos, não é? Se levarmos, só vamos atrasar mais as coisas. Sem contar que vai ser arriscado. Se for uma armadilha pra tirarmos eles do pais e ela fazer algo contra?
Bella: Você tem razão. Aqui estão seguros. A policia está sempre por perto... Não há como entrarem aqui. - olhei para os lados - a Tabatta é o problema da Kelly. Quanto antes estivermos com ela, melhor.
Edward Pov
Eu não estava tão certo quanto a minha decisão. Mas para Bella, salvar Tabatta naquele momento era o que podia solucionar...
Edward: Bella, é melhor você ficar... - ela jogava todas ou qualquer roupa dentro da mala de viajem - não acho uma boa idéia deixar os gêmeos no país sozinhos.
Bella: Ué, mudou de idéia? - me olhou estreitando o olhar.
Edward: não é que tenha mudado, é que pensei melhor.
Bella: não, eu vou com você. - estava tudo muito quieto ao nosso redor. Era praticamente o meio da madrugada, e todos na casa estavam dormindo. - Edward... - falou uns três minutos depois do silêncio se iniciar - se te acontece alguma coisa... Eu... - começou a gaguejar com a mão sobre o peito - Eu... Não se esqueça que ela quer se vingar de MIM. Ela acha que fui EU quem “roubou” a Tabatta e você dela. - com passos rápidos e tremendo, ela atravessou o quarto e me enlaçou pelo pescoço - eu me firo se você se ferir... Eu não respiro se você não respirar. Eu morro, se algo te acontece!
Edward: não, Bella... Shh... - a abracei igualmente apertado, cheio de sentimento. Ela chorava, e eu não via como dizer não. - Ok, você vai comigo! Mais o gêmeos ficam na casa dos nossos pais, ok?
Bella: Claro, assim me sinto muito melhor... Não acho essa Barbara muito... Confiável.
Edward: ótimo. - ela me soltou, e me beijou. Logo após, voltou a arrumar as malas - vou ligar pros meus pais, e vamos pra lá agora.
Bella: Ok.
Liguei pros meus pais, e com as malas prontas, Bella e eu fomos cuidar dos gêmeos.
Me dirigi ao quarto de Madu, e a vi dormindo no berço como um anjo, de macacão rosa de elefantes, e o cabelo loiro na altura do pescoço completamente desordenado.
Na verdade, naquele momento ela parecia-se mais com um bebê gigante, já que com aquele macacão, as lembranças de quando ela era mesmo só um bebê vieram a minha mente. O tempo passou rápido demais, e agora, o bebê numero dois que eu vi nascer um dia, já estava a caminho de ser uma criança.
Visando-me observá-la, tive a noção de que eu tinha que fazer alguma coisa. Eu não podia deixar nada nem ninguém tocar num dos fios daquele cabelo loiro.
Fui até o guarda roupas e apanhei uma pilha de roupas, fraudas e calcinhas. Logo após, documentos, remédios, chupetas e assim que obtive a mala cor de rosa cheia, a peguei de dentro do berço com todo o cuidado para não acordá-la.
Ela resmungou, mais permaneceu quieta enfiando o rosto na curva de meu pescoço, e se roçando contra mim buscando o calor que deixara no berço.
Seu perfume de bebê me embriagava, e me deixava cada vez mais preocupado com o bem estar daquela pequena neném, sem nenhuma defesa contra uma louca varrida como Kelly.
Assim que sai do quarto com Maria Eduarda no colo, vi Bella com Thomas bem desperto em seu colo, e uma pequena mala azul nos braços.
Bella: não vai ser por muito tempo, filho... - dizia aos sussurros para Thomas, que tinha os olhos castanhos e tristonhos colados no rosto da mãe. - o papai e eu vamos buscar a Tabatta, e logo vamos estar de volta.
Thomas: pomete? - suas mãos agarraram fortemente o pescoço de Bella - não vai iquecê eu e a Madu não, né? - Bella sorriu, e depositou um beijo na testa de Tom, sobre seus cabelos loiros.
Bella: é lógico que não amor... Eu amo você. Muito. - eles me olharam, e Thomas sorriu. - pronto? - murmurou, observando Madu dormindo e resmungando em meu colo.
Assenti.
Logo mais descemos as escadas em direção ao estacionamento, e Bella acomodou Thomas na cadeirinha de bebê. Madu pareceu não querer me largar, e permaneceu em meu colo, dormindo. Ajudei Bella como pude a colocar as malas no carro, e a solução foi ela ir dirigindo.
Edward: Bella... Ainda acho melhor você ficar. - falei observando Madu dormindo serenamente sobre mim. - Eu não gosto da idéia de deixá-los sem os dois pais.
Bella: Edward, nós ficamos todos os dias com Madu e Tom. TODOS! E me diz quantos dias ficamos com a Tabatta? Quantas vezes já a deixamos sem os dois pais? - ela dirigia, as vezes me olhando - eles vão ficar bem. Estarão com os nossos pais e a policia estará lá. NADA vai dar errado. Ok?
Edward: esta bem. - eu não queria brigar, mais em parte, ela tinha razão. Eu não podia negar que no fundo, mesmo sabendo que Bella amava muito Tabatta, eu ainda tinha minhas duvidas sobre esse sentimento. Mais agora, todas elas foram esquecidas. Bella amava mesmo Tabatta. Tanto quanto amava os nossos filhos de verdade. E isso, era impagável.
Chegando a casa de meus pais, os gêmeos dormiam, e o olhar de minha mãe ao abrir a porta me deixou mais pasmo do que nunca.
Esme: porque buscar a Tabatta tão cedo? - quis saber, quando Bella deitou Thomas no sofá. - o que está havendo com vocês?
Edward: mãe, não é hora de explicar, ok? - não, ninguém tinha a real certeza do que nos passava. Bella e eu não gostávamos de expor nossa vida assim, mesmo que seja para nossos próprios pais. - só te peço que fique com os gêmeos por três dias, e não os deixe nas mãos de ninguém. Pode fazer isso?
Esme: Sim, claro. Mais assim que voltarem, vou querer saber de todos os detalhes! - minha mãe deixou as malas dos gêmeos que segurava no sofá, e apanhou Thomas do mesmo - trás a Madu...
Comecei a segui-la, assim como Bella que vinha logo atrás de mim. Adentramos a um dos quartos de hospedes, e minha mãe acomodou Thomas na cama. Coloquei Madu ao lado do irmão, mais assim que a soltei, suas mãos agarraram minha blusa.
Edward: Madu, o papai tem que ir... - falei tentando tirar as mãos dela de minha roupa. Parecia ma missão impossível... Mesmo com dedo pequeninos, ela me puxava contra si com uma força grande.
Maria Eduarda: não papai... Não vai. - choramingava - eu não quelo. Se você for... Não vai volta. - seus olhos se abriram, e ela me olhou triste. Lágrimas saltavam de seus olhos castanhos. - por favor, não deixa eu.
Edward: Madu... - falei triste, mas no momento seguinte minha mãe a pegou no colo, e pega de surpresa, Madu soltou minha blusa.
Esme: Shh... Não chora pequenininha. O papai vai voltar claro que vai... - um escândalo se iniciou, e Bella parecia apavorada. Thomas, com um tremendo sono de ferro não cedeu aos berros da irmã. - Vão, ela vai ficar bem... Não se preocupem! - disse minha mãe, a ninando calmamente. - Shh... Quietinha Madu, quietinha! - E em meio as gritos de Madu chamando o meu nome, descemos para o estacionamento.
Bella Pov
Bella: se tudo isso não terminar bem... - eu dizia em meio a viajem - já sei o que vou fazer.
Não precisei olhar para sentir os olhos de Edward presos em minha face.
Edward: Bella, do que está falando?
1 comentários:
nossa a cada capitulo a historia vai ficando mais tensa.... estou amando s2' kkkk
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