Ashley Greene “a garota mais sexy de Twilight” e “a pessoal mais adorável do mundo”:
Alice, sua personagem na série de filmes românticos baseada nos romances de Twilight, é a garota alegre que toda adolescente queria ter como amiga. Se pensou em alguma vez ter uma amiga vampira, é claro. Alice também tem a habilidade de ver o futuro.
Os três primeiros filmes de Twilight faturaram cerca de dois milhões de dólares; A próxima parte, Breaking Dawn,estréia em Novembro. As duas estrelas da série, Robert Pattinson e Kristen Stewart, agora têm que andar com guarda-costas. A casa onde Ashley cresceu, na Flórida, se tornou em uma espécia de destino turístico para suas fãs.
Por isso que queria me sentar para conversar com ela. Uma vez Jodie Foster- atriz ganhadora do Oscar – me disse que ela sentia pena do jovem elenco de “Twilight” porque não tem tempo para se acostumar com o sucesso repentino. Eles são crianças normais, e no dia seguinte seus telefones estão ocupados com ligações, há paparazzi por todo lado, e seus computadores são vítimas de hackers. Minha pergunta é – como é passar do trabalho em uma pista de boliche, para ser parte de um fenômeno mundial adorado por milhões e milhões de pessoas, e ser destaque na lista das pessoas mais sexys? Eu encontrei com Ashley no Cateau Marmont para descobrir. Eu não achei uma estrela qualquer, mas uma mulher de 24 anos que até a própria Jodie Foster teria gostado de abraçar.
ANTES DA FAMA!!
ESQUIRE: Como você era quando criança?
ASHLEY: Eu era durona. Meus pais ficavam “não vá no trampolin, ou você vai quebrar alguma coisa” e eu ia mesmo assim e quebrava um osso. E eu quebrava o mesmo osso novamente. O irmão do meu amigo tinha 14 anos, e eu 10. A diferença de tamanho é imensa nessa idade. Ele pulou, caiu de costas, e quando ele se levantou o joelho dele bateu na minha perna tão forte que a quebrou de verdade. Ele quebrou meu fêmur, que é o osso mais longo e duro do corpo humano. Eu sabia que estava quebrado porque eu já tinha quebrado meu braço duas vezes antes. Mas não acabou por ai. Quando meu fêmur estava sarando, meu irmão estava me levando pra sair em uma cadeira de rodas. Calças largas estavam na moda, então as calças dele cairam, ele soltou minha cadeira para puxá-las e eu voei do outro lado da rua. A primeira coisa que ele disse foi “Não conte a mamãe!”, mas ele quebrou meu fêmur de novo e eu tive que usar um gesso de corpo inteiro. Com sorte nós tínhamos seguro, coitada da mamãe. Eu quebrei meu crânio duas vezes. Uma vez tentando virar cambalhota na piscina. Ao invés de pular para trás eu pulei pra frente, bati com minha cabeça no chão, desmaiei e caí na piscina. Mamãe teve que mergulhar e me salvar. Na segunda vez meu irmão estava correndo atrás de mim pela casa. Eu me virei para ver se ele estava atrás de mim e bati com a cabeça contra uma parede. Eu sinto que não devia contar essas coisas para as pessoas, elas não me fazem parecer muito inteligente.
ESQ: Bem, você teve sorte que nada pior aconteceu.
ASHLEY: Eu ainda tenho as quatro cicatrizes de quando quebrei o fêmur. Eu tive que colocar pinos especiais. Eu pensei que talvez devesse consertá-los, mas estou bem com quem eu sou.
ESQ: Como os homens se comportam ao seu redor?
ASHLEY: Eu sempre quiser ser como meu irmão, porque ele é um ano e meio mais velho do que eu. Foi aí que eu entrei para as artes marciais. Eu nunca pude vencê-lo no taekwondo, mas eu era muito boa. Eu sempre vencia as garotas, então eu tinha que competir com os garotos. Eu tinha uma quedinha por um garoto que todo mundo chamava de Spitfire, porque ele era muito rápido, um dia eu soquei o nariz dele. Então esse relacionamento não deu certo. Tenho certeza que ele acabou me odiando.
ESQ: Quando você soube que queria ser uma atriz?
ASHLEY: Eu descobri com o tempo. Quando eu era pequena nós morávamos na Flórida, em uma cidadezinha chamada Middleburg perto de Jacksonville. Não tínhamos muito dinheiro, mas meu irmão e eu não sabíamos disso na época. Nos divertíamos fazendo tortas de lama. Meu pai era fuzileiro, ele sustentava a casa sozinho. Não podíamos questioná-lo, tínhamos que respeitá-lo. Trabalhava o tempo todo para que minha mãe não precisasse trabalhar. Ela nos criou. Meu irmão e eu não tínhamos vídeo game e não podíamos passar a tarde assistindo televisão. A regra era: uma hora de TV dia sim, dia não.
ESQ: Então o que te fez querer ser uma atriz?
ASHLEY: Nos mudamos para Jacksonville e entramos na escola. Tinha uma aula de direito. Tínhamos uma corte e montávamos julgamentos. Os julgamentos não me fizeram querer ser uma advogada, mas me fizeram querer interpretar uma advogada. Isso me levou a fazer uma aula de atuação, e no momento que entrei pela primeira vez eu apenas soube.
ESQ: Como você foi de Jacksonville para Hollywood?
ASHLEY: Tudo começou com meu piercing no umbigo. Eu queria fazer um quanto tinha 14 anos. Eu pedia um para minha mãe. Eu tinha que ter. Finalmente ela disse que sim: “Se tirar apenas 10 na escola.” Havia outras coisas que teria que fazer, mas a principal era limpar meu quarto por três meses. Mas acabei fazendo tudo que mamãe me pediu e ela teve que deixar que eu colocasse o piercing. Nós duas percebemos que se eu quisesse algo com força suficiente, eu faria qualquer coisa pra conseguí-la.
ESQ: E como o piercing no umbigo te levou para o outro lado do país?
ASHLEY: Eu me cansei dele. Assim que eu consegui, ele perdeu o seu significado para mim. Conseguí-lo era o que significava pra mim. Quando fiz 17 anos, do nada, eu me senti preparada. Disse aos meus pais: “Quero ir morar em Los Angeles para me tornar atriz.” Meu pai disse claro que não, sua filha não ia mudar para o outro lado do país. Todo mundo pensou que eu estava louca. Esperavam que eu fosse pra Universidade da Flórida. Mas meus pais sempre disseram que eu podia fazer qualquer coisa que me dedicasse com esforço. Tinha lhes custado muito para recuar. Pagaram o meu aluguel durante um ano. Me disseram: “Se não funcionar esse ano, vai para a faculdade.”Não é fácil que uma total desconhecida triunfe em apenas um ano. A ingenuidade me ajudou nesse momento. A cidade não me parecia assustadora ou feroz. Estava em êxtase apenas por ter ido sozinha para Los Angeles. Queria que alguém me desse uma oportunidade. Enquanto esperava que os testes saíssem eu trabalhei na recepção de uma pista de boliche chamada Lucky Strike. Muito bom. Levavam comida para você e tudo. Também trabalhei na recepção de um hotel, no turno da noite. Vinham jovens de Hollywood . bêbados e com dinheiro, e tiravam onda com sua cara. Eram exigentes. Não foi fácil. Meu pai me dizia pelo telefone que talvez fosse hora de voltar pra casa.
E A FAMA CHEGOU!!
ESQ: E quando você teve sua grande oportunidade?
ASHLEY: Justamente quando o ano estava acabando me deram o papel de uma garota que foi esfaqueada na sérieCrossing Jordan. Interpretar uma pessoa morta é difícil para um primeiro papel. Na cena, estou com um cara que pega uma faca e me apunhala. Eu não contei a minha mãe que morri na série. Ela ficou muito zangada: “Você não me pode dizer que vou ver como matam a minha filha na TV!” Na verdade, não acho. Porém deve ser difícil para um pai ver como apunhalaram a sua filha.
ESQ: Você fez muitos papéis pequenos. Como você conseguiu o papel em Twilight?
ASHLEY: Minha agente conseguiu um teste para uma grande empresa de casting. Eles me disseram que eu tinha que me concentrar. Eles não estavam preocupados em eu conseguir p papel; eles queriam que eu fizesse uma boa impressão para que fosse chamada para outros projetos. Eles nunca mais iriam querer me ver se eu fosse péssima. A descrição do papel era: garota de 17 anos. Só isso, nada mais. O que eu podia fazer com isso? Então eu pedi o roteiro e minha agente disse que eu não podia tê-lo. “Então você está me dizendo para não estragar tudo mas eu não tenho nada com o que possa trabalhar?” Foi aí que ela me disse que era baseado numa série de livros. Eu não conhecia Crepúsculo, então comprei os livros, os li e li o primeiro em um dia e meio. Eu fiquei obcecada. Eu tive que ler o Segundo livro. Todas as garotas querem ser Bella, a encontrar seu Edward. Vampiros são atraentes. Eles queriam que eu fizesse a audição para a irmã de Edward, Alice. Era o meu personagem favorito. Ela era engraçada, tinha um passado louco. Eu fiz o teste algumas vezes, não podia pensar em nada mais. E eles seguraram sua decisão. Então minha agente me ligou e disse “Eu sinto muito… você vai ter que cortar seu cabelo. Você conseguiu o papel.” Eu gritei tão alto que provavelmente espantei todo mundo. Eu liguei pra minha mãe. Meu pai quase chorou, ele sabia o quanto eu queria o papel. Uma semana antes de ir para as locações minha amiga me disse “isso vai mudar a sua vida”. Nós não sabíamos exatamente o que aquilo significava, mas logo eu descobri. Eu comecei a ter fã-clubes. Eu pensava “fã-clubes?Como?Mas o filme nem saiu ainda!” O livro já era muito popular. Pessoas adoravam os personagens, então elas transferiram esse amor para nós. Os paparazzis começaram a nos seguir antes que filmássemos o filme.
ESQ: Qual foi a reação quando o filme saiu?
ASHLEY: Não sei se alguém pode compreender. Um dia estou tentando sobreviver, e no outro estou no tapete vermelho da premiere. Ou voando para Londres para uma premiere, e têm fãs gritando para mim. Foi surreal. Até mesmo sua família começa a te tratar diferente. Meus primos não sabiam mais como agir comigo. Eu não era só a Ashley mais para eles, me olhavam como seu eu fosse a Alice. Pessoas com quem cresci me olhavam como seu eu fosse outra pessoa, e ficavam nervosas perto de mim. Eu ficava “Cara, eu sou sua prima.”
ESQ: Você esteve romanticamente envolvida com Joe Jonas. Foi difícil lidar com os paparazzis durante aquela época?
ASHLEY: Quando você namora alguém que é muito famoso, pode ser muito intenso. É idiota por tem multidões de paparazzis em volta de você, tropeçando um no outro, andando para trás, tirando fotos, fazendo as perguntas mais idiotas. Eles não percebem que você se sente sufocada.
Você se preocupar em ser estereotipada?
Eu tive sorte que Alice e eu somos parecidas. Então parecia que eu estava usando uma fantasia de Halloween. Eles não precisaram cortar meu cabelo, eu usei uma peruca, maquiagem de vampiro, lentes de contato amarelas. Minha voz é mais alta quando sou Alice. Eu não posso ser esterotipada com esse papel. Quantos vezes posso ser uma vampira alegre?
ESQ: O que você fez depos de Twilight?
ASHLEY: Eu tomei uma curva diferente e fiz The Apparition. É um thriller. Durante uma cena eu na verdade me perdi. Eu estava tão focada na cena que reagi como a personagem teria. Ashley não estava lá mais. Nunca tinha acontecido comigo antes. Eu nunca tinha me ligado emocionalmente a uma personagem. Eu estava chorando no set. Eu fiquei orgulhosa com aquilo, porque se guarder vem naturalmente. Ninguém quer sofrer. Fazer você mesma sentir dor de verdade é uma coisa maluca de se fazer. No almoço eu me perguntei se estava pronta para passar por aquilo de novo. É horrível mas legal ao mesmo tempo. Parte de mim pensava: Não quero me sentir assim de novo. Dói demais. E eu chorava de novo. Você não tem idéia de como fiquei feliz quando acabou. Mas estou feliz que eu o fiz.
ESQ: Você espera continuar experimentando diferentes tipos de projetos?
ASHLEY: Isso é o melhor de Twilight. Me deu um enorme trampolim no qual eu sinto que posso pular sem que nada me detenha.
Enquanto Ashley me conta sobre sua nova comédia Butter, e seu filme com Miley Cyrus LOL, eu percebi que ela ainda é aquela garotinha que pulou do trampolim. Depois que terminamos de jantar, ela abriu os braços e meu deu a despedida mais calorosa que nunca.
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