segunda-feira, 14 de novembro de 2011

"TWILIGHT SAGA" NÃO É UM FENÔMENO SÓ PARA ADOLESCENTES!

Você acha que a história de Bella e Edward é coisa de adolescente? Confira casos de gente crescida que sucumbiu à onda, investindo fortunas e a própria pele em adereços e tatuagens relacionados à saga.


A paraense Márcia Fernandes é apaixonada pela saga Crepúsculo desde 2009. Só o último livro da série, Amanhecer, ela já leu cinco vezes. Fora das páginas e da tela, sua paixão pela história se transformou em um verdadeiro acervo. Livros, CDs, pôsteres, revistas, bonecos, canecas e almofadas foram comprados ao custo de cerca de 4.000 reais. Ela sente um ciúme enorme da coleção, em que não deixa quase ninguém tocar. “Eu respiro Crepúsculo. Eu vivo para Crepúsculo”, diz.

Márcia poderia ser mais uma das milhares de adolescentes fissuradas pelo romance meloso da desajeitada Isabella Swan (Kristen Stewart) e do misterioso Edward Cullen (Robert Pattinson), não fosse a idade. Aos 28 anos, a auditora de Paragominas (PA) é da turma dos bem crescidos que mergulharam de cabeça em um dos maiores fenômenos mundiais dos últimos anos:

Vânia Pontes, de 28 anos, faz cosplay da vampira Alice, personagem da saga Crepúsculo

saga criada pela americana Stephenie Meyer, que só no Brasil vendeu quase 5,5 milhões de livros, fazendo o bruxinho Harry Potter, da britânica J. K. Rowling, comer poeira, com 3,6 milhões de exemplares vendidos de seus sete volumes.

Outra crescidinha, a paranaense Fabiane Sales, de 25 anos, foi mais longe. Ela resolveu eternizar seu amor pela saga na própria pele, tatuando uma frase do primeiro livro, Crepúsculo, na perna: “Você é minha vida, agora”, dita por Edward (Robert Pattinson) a Bella Swan (Kristen Stewart). O símbolo do infinito que completa a tatuagem representa o casal de atores Kristen Stewart e Robert Pattinson, chamados pelos fãs de Robsten. “Meu amor por eles é infinito. Sou Robsten até a morte”, afirma Fabiane, que, como uma adolescente, sonha um dia poder vê-los pessoalmente.

Depois de completar a leitura da saga Crepúsculo, Fabiane seguiu devorando obras de Stephanie Meyer relacionadas à série, como "A Breve Segunda Vida de Bree Tanner" (Intrínseca), sobre a menininha que é transformada em vampira e morta em Eclipse. Seu movimento – de Crepúsculo para outros livros – se somou a outros que têm dado corpo a um nicho em expansão no país, o da literatura de fantasia. “Há uma avalanche desses livros no mercado”, reconhece a editora Gabriela Nascimento, da Gutenberg, do grupo Autêntica, para quem o nicho passou a ser mais respeitado no mercado editorial após Harry Potter e Crepúsculo. Respeitado e buscado. “Todo mundo quer, de alguma maneira, lançar um novo fenômeno como esses.” 

Mas não é só o mercado de livros que vibra com a fome desses leitores. As fabricantes de fantasia têm boa demanda de fãs que buscam trazer para a realidade os ídolos fictícios – usando o próprio corpo como veículo. É o caso das paulistas Ana Paula Pereira Ribeiro, 23 anos, e Vânia Pontes, 28. As cosplayers, como são chamadas as pessoas que se vestem como um personagem, já reservaram novas fantasias para os eventos inspirados na estreia de Amanhecer - Parte 1, que entra em cartaz nesta sexta, dia 18. 

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